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domingo, 12 de maio de 2013

Pequenos produtores são afetados pela pulverização aérea em Mato Grosso



Fonte: 24 Horas News e Rádio Sorriso

As extensas monoculturas de soja e milho que simbolizam a riqueza econômica do Estado estão se conflitando com as atividades dos pequenos produtores rurais no norte de Mato Grosso. Motivo: o veneno oriundo de aeronaves, que fazem a pulverização das grandes lavouras. A pulverização está afetando diretamente a plantação de hortaliças e gerando prejuízos consideráveis aos pequenos produtores em Sorriso, no Norte do Estado.

A queixa contra o uso de defensivos nas monoculturas foi feita inicialmente pelo proprietário de uma chácara próximo ao Clube Sol Nascente. Seguindo ele, o gotejamento do veneno afeta as hortaliças que acabam morrendo e causando prejuízos. Ele apresentou uma fatura de prejuízos na ordem de R$ 30 mil. A Prefeitura esteve no local e constatou que as perdas foi por conta de aeronaves agrícolas que sobrevoaram a horta.

Em outra propriedade, no fim da Avenida Imigrantes, próximo ao Parque Ecológico de Sorriso, a situação também se confirmou O proprietário Ney Raissiki lamentou que sua produção foi quase num total morta pelo veneno dissecante expelido pelas aeronaves que sobrevoam o local. Em entrevista a Rádio Sorriso, Ney relata que está há quatro anos trabalhando no ramo de hortaliças e que há 3 anos vem constatando que na época do plantio das fazendas ocorre o problema. “Freqüentemente passam aeronaves por este local e infelizmente vou ter que replantar quase tudo perdido” – disse.

O problema não é novo. O técnico agrícola, Maycon Miotto, gestor de segurança operacional e piloto de avião, relata que a legislação permite a aplicação na área rural. A aplicação, segundo ele, deve ter autorização e consenso do proprietário da lavoura sem que haja prejuízos para terceiros. O técnico agrícola deve estar junto com o piloto na aeronave mostrando se há condições de vôo e que não vai afetar ninguém próximo.

Funcionários do Ministério da Agricultura alertaram que a fiscalização deve ser feita na região. Segundo ela, as aeronaves devem manter uma distância mínima de 500 metros de povoação e de 250 metros de mananciais de água. As penas são muitas, variam desde auto de infração e multa. Em últimos casos até o cancelamento do registro da empresa.

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