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terça-feira, 30 de abril de 2013

Impactos dos agrotóxicos na saúde dos trabalhadores do campo


 Pesquisas médicas apontam que os agrotóxicos prejudicam a saúde das pessoas que trabalham com essas substâncias químicas. Os agrotóxicos estão entre os principais agentes tóxicos no país, com índices abaixo apenas de medicamentos, animais peçonhentos e produtos sanitários. Esse impacto pode ser definido de forma mais evidente a partir dos chamados efeitos agudos nos trabalhadores, mas há também os efeitos crônicos.

De acordo com dados de 2007, do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), 28% dos mais de 8 mil casos de contaminação estão relacionados a circunstâncias profissionais. São Paulo e Rio Grande do Sul estão nas primeiras posições. Os índices são elevados também na Bahia e em Santa Catarina. A Sinitox também apontou que foram registrados, no país, mais de 19 mil casos de intoxicação por agrotóxico.

O médico e professor da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), Wanderlei Antonio Pignati, enumera as doenças causadas pelos agrotóxicos nos trabalhadores.

“São agravos, na saúde, agudos e crônicos. Intoxicações agudas e crônicas, má formação fetal de mulheres gestantes, neoplasia (que causa câncer), distúrbios endócrinos (na tiroide, suprarrenal, e alguns mimetizam diabetes), distúrbios neurológicos, distúrbios respiratórias (vários são irritantes pulmonares)”

A juventude está entre os principais afetados. O produto Adicarbe, mais conhecido no campo como “chumbinho”, é desviado para os centros urbanos para ser usado como raticida. O produto glifosato, aplicado no cultivo de soja transgênica, apresenta Classe 1 de contaminação, o que significa um índice elevado de intoxicação, sendo que a cultura da soja, onde o glifosato é aplicado, é responsável por 51% do uso de agrotóxicos no país.

Há, no Brasil, cerca de 451 produtos ativos e 1,4 mil produtos no mercado, cada um com nocividade específica. Os especialista admitem que é difícil desvendar o nexo entre a doença e o produto que a causou. Um dos problemas é a chamada subnotificação das ocorrências, que acontece porque os empresários não reconhecem o vínculo entre a doença do trabalhador e a sua causa. Por isso, os dados de intoxicação são ainda maiores.

No Mato Grosso, o médico Pignati realiza estudos comparando dados epidemiológicos das regiões do estado com diferentes níveis de utilização de agrotóxicos. Nas três regiões do agronegócio da soja, milho e algodão, há uma incidência três vezes maior de intoxicação aguda.

“Analisando por regiões o sistema de notificação de intoxicação aguda da secretaria municipal, estadual e do Ministério da Saúde, percebemos que onde a produção é maior, há mais casos de intoxicação aguda, como diarreia, vômitos, desmaios, mortes, distúrbios cardíacos e pulmonares, além de doenças subcrônicas que aparecem um mês ou dois meses depois da exposição, de tipo neurológico e psiquiátrico, como a depressão. Há agrotóxicos que causam irritação ocular e auditiva. Outros dão lesão neurológica, com hemiplegia, neurite da coluna neurológica cervical”.

De acordo com Gilberto Salviano da Silva, assessor da Secretaria de Saúde do Trabalhador da Central Única dos Trabalhadores (CUT), há uma política de saúde do trabalhador mais consistente entre os trabalhadores urbanos. Mas os casos de acidentes e doenças na zona rural ainda têm menor notificação.

“O que notamos é que todas as normas em saúde do trabalhador têm sido focadas no trabalhador da cidade, então existem normas mais presentes e avançadas no setor da metalurgia, no setor financeiro, químico, da construção civil, e nem por isso, com estas normas, se conseguiu diminuir o número de acidentes de trabalho no Brasil; temos que entender que sempre foram subnotificados. Temos o problema dos empresários que negam as doenças e não comunicam.”

Salviano entende que o índice de notificações é insuficiente. Desde abril de 2007, começou a aumentar devido ao novo modelo de concessão de benefícios do INSS, denominado como Nexo Técnico Epidemiológico da Previdência Social (Netep).

Dessa forma, tem aumentado o número de registros de acidentes e doenças no Brasil. De acordo com o assessor da CUT, em 2006 foram registrados 510 mil acidentes. Em 2008, as estatísticas apontavam para quase 750 mil acidentes de trabalho.

“Essa subnotificação de doenças dificulta a visibilidade sobre o que acontece no local de trabalho. E o setor rural, isso é muito evidente, a ausência das informações, doenças e mortes por consequência do agrotóxico dificulta as ações de políticas públicas; esta subnotificação, no campo, é parecida com a da cidade. Os empresários negam que os trabalhadores fiquem doentes no campo. O serviço médico não está preparado para o diagnóstico; às vezes, os trabalhadores se contaminam ou morrem, e aparecem outras doenças. Então, as dificuldades, no campo, têm sido maiores”

Para a prevenção dos acidentes, Salviano compara as ações realizadas contra o uso do material amianto na construção civil. Hoje o amianto está proibido em uma série de estados do Brasil, por meio da articulação internacional com entidades contrárias ao uso deste material.

“Começar a chamar a atenção civil e criminal daqueles que fabricam produtos que provocam impacto no meio-ambiente, morte e doença dos trabalhadores, caminho possível para fazer valer a justiça social”

O uso de agrotóxicos provoca efeitos graves na saúde humana, como o desequilíbrio do sistema endócrino, infertilidade masculina, más formações e abortos, efeitos nas crianças e doenças nos sistema nervoso.

Nas terras da Chapada do Apodi e do Tabuleiro das Russas, no baixo vale do Jaguaribe, no Ceará, as pessoas vivem sob o regime de trabalho de empresas produtoras de abacaxi. Os cultivos são ao redor dos locais de moradia. Se uma área recebe oito pulverizações por ano, mais de 4,5 milhões de litros de caldas tóxicas foram lançadas sobre as comunidades nos últimos dez anos.

Todas as noites, 82 mil litros de agrotóxicos são jogados sobre 1,3 mil hectares de cultivo de abacaxi. Do total de trabalhadores pesquisados na região, 53% já têm marcas da exposição diária a agrotóxicos.

Os impactos para a saúde dos trabalhadores do campo, pelo uso dos agrotóxicos, evidenciam a necessidade de um debate sobre o tema no amplo conjunto da sociedade. O integrante do setor de Saúde do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), André Rocha, propõe um modelo de produção baseado na saúde ambiental.

“Saúde ambiental é uma área da saúde [que analisa] as interferências do homem no meio ambiente... como o meio influi na saúde humana, [como se dá] essa relação entre saúde e meio ambiente. Nós, do MST, nos dividimos em dois eixos: produção saudável e do saneamento ecológico/habitação saudável. Nossos locais de vivência e centros de formação. Construir espaços saudáveis, produção saudável. Cada bioma é uma realidade específica, um trabalho específico, mas o da produção saudável, produzir a soberania alimentar e consequentemente ter saúde questão contra os transgênicos, agrotóxicos”.

Reportagem: Pedro Carrano.
Fonte: Radioagência NP

Veja também:


Todavia, é a partir de 1975, com o Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que cuidou da abertura do Brasil ao comércio internacional desses produtos, que ocorrerá um verdadeiro boom na utilização de agrotóxicos no trabalho rural. Nos termos do PND, o agricultor estava obrigado a comprar tais produtos para obter recursos do crédito rural. Em cada financiamento requerido, era obrigatoriamente incluída uma cota definida de agrotóxicos (Garcia, 1996; Meirelles, 1996; Sayad, 1984) e essa obrigatoriedade, somada à propaganda dos fabricantes, determinou o enorme incremento e disseminação da utilização dos agrotóxicos no Brasil (Garcia, 1996; Meirelles, 1996).

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232005000400013

Ciência & Saúde Coletiva - Agrotóxico e trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador rural

Áreas agrícolas registram mais casos de mortes por câncer

AGROTÓXICOS PODEM CAUSAM CÂNCER DE MEDULA

Ciência & Saúde Coletiva - Agrotóxico e trabalho: uma combinação perigosa para a saúde do trabalhador rural



Ciência & Saúde Coletiva - Pesticides and work: a dangerous combination for the Brazilian agricultural worker’s health: "Observamos ainda uma participação significativa do trabalho do menor e ocorrência do trabalho escravo em algumas regiões. Este cenário cria as condições para a composição de um quadro bastante desfavorável para a saúde dos trabalhadores do setor."

Exposição combinada

A contaminação e a mistura de agrotóxicos é situação muito presente na realidade do trabalho agrícola, seja por causa das impurezas, dos inertes, seja pela aquisição de produtos associados ou pelo uso simultâneo de várias substâncias (Novato-Silva et al., 1999; Silva et al., 1999; Silva, 2000; Soares et al., 2003).

A imensa maioria dos estudos não considera a interação que os diversos compostos químicos podem estabelecer entre si e sistemas biológicos orgânicos, sendo que essa interação pode até mesmo modificar o comportamento tóxico de um determinado produto, acarretando efeitos diversos sobre a saúde do grupo de trabalhadores expostos.

Os conhecimentos atuais são muito incompletos no que se refere aos efeitos para a saúde produzidos por exposição combinada a vários fatores biológicos, químicos, físicos e psicossociais; até agora existem apenas dados sobre as respostas sinérgicas resultantes da interação dos diversos fatores relacionados com o trabalho (OMS, 1981).

Este é um aspecto extremamente importante em relação à análise dos riscos e danos à saúde da população exposta e ao meio ambiente. Ressalte-se que a mistura de produtos se dá não apenas no campo, pela ação direta dos agricultores, mas também por meio das próprias empresas. De acordo com o Sindag, entre os produtos que estavam em comercialização no ano de 2003, vários deles eram misturas de ingredientes ativos, tais como 2,4-D + Diazinon (herbicida), Benalaxy + Mancozeb (fungicida) ou Deltametrina + Triazophos (inseticida).

A exposição combinada às substâncias químicas pode causar três tipos de efeitos sobre a saúde humana: independentes, sinérgicos (aditivos ou potencializados) e antagônicos. Apesar de ainda pouco estudada, alguns trabalhos demonstram que a resposta do organismo humano diante das exposições laborais combinadas pode ser influenciada por algumas características pessoais, tais como tabagismo, alcoolismo e o estado nutricional. Concordam, ainda, quanto a:

1) Substâncias químicas e temperaturas elevadas – o aumento da temperatura atmosférica aumenta a volatilidade e a pressão de vapor das substâncias químicas, aumentando sua disponibilidade para inalação e/ou absorção cutânea. Aumenta também a velocidade circulatória, aumentando ainda mais a absorção.

2) Substâncias químicas e esforço laboral – o esforço físico aumenta a ventilação pulmonar. Assim, o organismo se vê exposto a maiores quantidades de tóxicos existentes no ar.

Estes aspectos são relevantes, tendo em vista que os agricultores em geral desenvolvem as atividades de preparo e aplicação dos agrotóxicos numa situação em que estão presentes, ao mesmo tempo, misturas de agrotóxicos, esforço físico e temperaturas elevadas.

Os agrotóxicos são absorvidos pelo corpo humano pelas vias respiratória e dérmica e, em menor quantidade, também pela via oral. Uma vez no organismo humano, poderão causar quadros de intoxicação aguda ou crônica.

Sabe-se que a exposição a um determinado produto químico em grandes doses por um curto período causa os chamados efeitos agudos, eventos amplamente descritos na literatura médica. A associação causa/efeito é, geralmente, fácil de ser estabelecida. Em linhas gerais, o quadro agudo varia de intensidade, desde leve até grave, podendo ser caracterizado por náusea, vômito, cefaléia, tontura, desorientação, hiperexcitabilidade, parestesias, irritação de pele e mucosas, fasciculação muscular, dificuldade respiratória, hemorragia, convulsões, coma e morte.

Ao contrário, os chamados efeitos crônicos, que estão relacionados com exposições por longos períodos e em baixas concentrações, são de reconhecimento clínico bem mais difícil, principalmente quando há exposição a múltiplos contaminantes, situação bastante comum no trabalho agrícola. Há, neste caso, maior dificuldade para o reconhecimento de uma associação causa/efeito. Entre os inúmeros efeitos crônicos sobre a saúde humana são descritas alterações imunológicas, genéticas, malformações congênitas, câncer, efeitos deletérios sobre os sistemas nervoso, hematopoético, respiratório, cardiovascular, geniturinário, trato gastrintestinal, hepático, reprodutivo, endócrino, pele e olhos, além de reações alérgicas a estas drogas, alterações comportamentais etc. (Alavanja et al., 2004; Brasil, 1997; Colosso et al., 2003, Garcia, 1996; Silva et al., 1999; Silva, 2000). O quadro 1 apresenta uma síntese dos principais sinais e sintomas agudos e crônicos.


domingo, 28 de abril de 2013

Agricultores assentados plantam goiaba para mercado em São Paulo



Agricultores assentados no estado de São Paulo estão deixando de trabalhar só para o sustento da própria família e se tornando empreendedores. Encontraram no cultivo da goiaba o mote para essa transformação, e o produto de qualidade tem agradado o consumidor.

É na feira de domingo que os assentados do sudoeste paulista vendem boa parte da goiaba que sai dos seus lotes. O início de todo assentamento é praticamente o mesmo. Com a regularização das terras, as famílias dos agricultores se dedicam, em um primeiro momento, às atividades de subsistência: o plantio do feijão, da mandioca, a criação do gado de leite.

Com o passar do tempo, vem a descoberta da vocação agrícola do lote. Em uma região de São Paulo, é a fruticultura que aparece como a principal fonte de renda de muitos assentados, e o destaque é a goiaba.
O produto agrada tanto os consumidores da cidade. A cerca de 100 quilômetros da capital São Paulo, transitando entre os municípios de Iperó e Porto Feliz, em 1998, o Instituto de Terras do Estado de São Paulo incentivou o desenvolvimento De uma lavoura entre os assentados.

A agrônoma Maria Izabel Dorizzotto acompanha esse trabalho desde o início, e viu a plantação crescer até os atuais 1.200 pés de goiaba, principalmente das variedades Pedro Sato e Tailandesa.

“Nós entendemos que é uma atividade que tem tudo a ver com a agricultura familiar: o intenso uso de mão de obra, uma rentabilidade grande em pequenas áreas e a proximidade com o grande centro consumidor. A goiaba tem muita aceitabilidade no mercado, e nós entendemos que é uma cultura que deveria ser estimulada”, afirma Dorizzotto.

Para oferecer uma goiaba de qualidade, os assentados tiveram que adotar uma série de técnicas para produzir mais e melhor. O grampeador e o saquinho de papel têm muito a ver com um dos principais procedimentos adotados por aqui: o ensacamento dos frutos.

“Para prevenir o ataque da mosca-da-fruta. O fruto não fica bom para o comércio. Perda total no fruto quando ela pega”, diz o agricultor Claudinei Lemes, que consegue ensacar em torno de 2.000 a 2.500 frutos por dia.
Com a lavoura “enfeitada”, os agricultores conseguiram reduzir, e muito, o número de pulverizações para controlar as principais pragas que atacam a cultura. Nos frutos ensacados, fica até difícil encontrar o já conhecido bicho da goiaba.
A larva da mosca-da-fruta fura a goiaba e faz um estrago no seu interior. Para o controle dessa e de outras pragas, os agricultores costumavam fazer de dez a 12 pulverizações ao ano. Com o uso do saquinho, a aplicação não passa de duas ou três vezes no ano. Isso é feito antes do ensacamento, quando os frutos ainda estão pequenos.

Já acostumado a caprichar nos cuidados da sua lavoura, o agricultor Carlos Dellai resolveu aprimorar a técnica do saquinho. Abandonou o papel e adotou o plástico. “Estou fazendo essa experiência com saquinho plástico por conta da época de chuvas. Na época de chuvas, o saquinho de papel rasga muito”, diz.
“A gente faz um pequeno corte no fundo do saquinho onde o fruto transpira aqui e não tem o problema de danificar o fruto. Já é a segunda vez que a gente está fazendo a experiência e tem dado certo”, explica Dellai, que também faz uso de outras técnicas.

O consórcio entre goiaba e limão também é usado no lote de Dellai e tem dado bons resultados. “A gente entende que o limão é uma planta que cresce alta, é uma planta vigorosa e, além de dar frutos, também acaba servindo de quebra-vento para a goiaba, protegendo a goiabeira, tanto a planta quanto o ensacamento que a gente faz dos frutos”, afirma.

Com os 100 pés de goiaba que tem na propriedade, Dellai consegue produzir algo em torno de 2.500 quilos da fruta por ano, em duas safras, mas isso só é possível graças à irrigação.

Com os pés distribuídos de maneira estratégica, até o limão plantado nas linhas se beneficia da água dos aspersores. “É importante, na instalação da irrigação, a gente comprar aspersores que jogue a água mais na horizontal, porque a água batendo constantemente com a irrigação nos brotos novos da goiaba, ele vai danificar e aí vai permitir a entrada de doença”, diz o agricultor.

Com o intuito de se profissionalizar, Edilson Faccini também decidiu ensacar as goiabas do seu pomar. Foi um dos últimos assentados a adotar essa técnica. “Pelo fato até da condição financeira, porque é um custo mais caro para ensacar, e a mão de obra. Vamos gastar aí na faixa de R$ 20 o milheiro de saquinho, só que aí vem a mão de obra, que a gente tem que se desdobrar muito”, justifica.

Élcio da Silva é o enteado de Edilson e seu braço direito na lida com a goiaba. Em um talhão, está fazendo a poda e o raleio da plantas para estimular a brotação dos pés. Com a lavoura dividida em talhões, Élcio e Edilson têm plantas em floração, ensacadas, a ensacar e em produção.

O dia da colheita é o dia da prova para saber se a trabalheira de ensacar todas as goiabas realmente valeu a pena. Para saber se a goiaba está pronta para a colheita, basta olhar a coloração dentro do saquinho.

Enquanto Edilson tira os frutos maduros dos pés, Élcio se responsabiliza pela seleção das goiabas. “Separo as boas e as que têm algum descarte, que passarinho bicou e está mais machucadinha, descarto”, diz.
O fruto é vendido na feira de todo domingo no bairro Júlio de Mesquita, em Sorocaba, lugar movimentado e que hoje conta com a ajuda de Celina, esposa do Edilson e mãe de Élcio.

O quilo da goiaba na feira de Sorocaba sai por R$ 3.50. Além da venda na banca, os assentados também entregam a fruta para o comércio da cidade e para o programa Fome Zero.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Áreas agrícolas registram mais casos de mortes por câncer



Análise de medula óssea revela alteração genética em 11 de 43 trabalhadores agrícolas com riscos ao câncer

Petrolina (PE) / Fortaleza (CE). Regiões agrícolas têm apresentado mais casos de câncer do que onde não há atividade com grande uso de agrotóxicos. Isso se tem observado em Estados como Ceará, Pernambuco, Mato Grosso e Rio de Janeiro. Não apenas levantamentos estatísticos comprovam isso, mas estudos clínicos e epidemiológicos, alguns com quase dez anos, feitos por especialistas em áreas como Toxicologia, Hematologia e Biogenética, tendo como área de pesquisa as cidades agrícolas de Limoeiro do Norte (CE), Petrolina (PE), Lucas do Rio Verde (MT) e Paty dos Alferes (RJ).

Potencial carcinogênico

Mesmo que, de forma isolada, diversos agrotóxicos tenham comprovado potencial carcinogênico, os atuais estudos dão maior segurança a quem entende a complexidade que há em se estabelecer nexo entre a exposição ao veneno e a doença para dizer: "sim, os agrotóxicos causam câncer, estão causando e há um número significativo de pessoas morrendo devido a esse problema", explica Chelda Bedor, biofarmacêutica com doutorado em Ciências da Saúde, pesquisadora da Universidade do Vale do São Francisco (Univasf), em Petrolina (PE), que há cinco anos publicou um dos primeiros estudos amplos sobre o potencial carcinogênico dos agrotóxicos.

Com um elaborado modelo de Química Quântica (sugerido à Anvisa), Chelda demonstra toda a complexidade que relaciona as fórmulas estruturais dos venenos e em que medida elas se dispõem com as células humanas, por meio da transferência de elétrons, que constituem a parte mais externa dos átomos (menor partícula da natureza).

Em quase duas décadas, foi crescente o número de óbitos por neoplasias (câncer) na polo agrícola do Vale do São Francisco, entre Pernambuco e Bahia. Saiu de 12,2, em 1980; para 14, em 1993, e 31,8, em 2004 para grupos de 100 mil habitantes.

Maior incidência

Na região do Vale do Jaguaribe, no Ceará, a incidência de mortes por câncer é 38% maior em relação aos municípios não-agrícolas também do Ceará, conforme estudos do Núcleo Trabalho, Meio Ambiente e Saúde para a Sustentabilidade (Tramas), da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). "Nos casos gerais de câncer, o maior número de localizações anatômicas de neoplasias têm se conferido em agricultores", aponta Raquel Rigotto, coordenadora do estudo.

De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde do Ceará (Sesa), de 2001 a 2010, 424 pessoas morreram de câncer somente em Limoeiro do Norte (cidade tem 56 mil habitantes), média de uma morte por câncer a cada onze dias.

A suspeita de que os agrotóxicos participam deste dado é reforçada por estudo genético coordenado pelos médicos hematologistas Ronald Pinheiro e Luiz Ivando, comprovando alterações cromossômicas em trabalhadores da Chapada do Apodi, em Limoeiro do Norte.

Foram coletadas 43 amostras de medula óssea, entre trabalhadores da cultura da banana para exportação e da agricultura familiar. Do total, 11 apresentaram alterações cromossômicas. "Elas são muito frequentes em doenças hematológicas como Leucemia Mielóide Aguda e Síndromes Mielodisplásicas. Precisamos ficar vigilantes com esses trabalhadores. Eles devem ser afastados do veneno. O câncer precisa de várias etapas para o aparecimento e, nestes casos, a primeira etapa apareceu", afirma Luiz Ivando, médico hematologista do Hospital Universitário Walter Cantídio, em Fortaleza.

No município de Lucas do Rio Verde, em Mato Grosso, um dos campeões brasileiros no uso de agrotóxicos na soja e no algodão, foram detectados agrotóxicos no leite materno de 100% das 62 amostras coletadas entre a 3ª e a 8ª semanas após o parto. Endosulfan, DDT e Deltametrina estão entre as substâncias encontradas. Outros estudos da Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT) apontaram, com dados entre 2000 e 2006, que a incidência de câncer de mama em mulheres e de esôfago e estômago em homens foi de 20% a 50% maior nos municípios com alto uso de pesticidas do que se comparado às populações de áreas não-agrícolas.

Agrotóxicos com potencial carcinogênicos / mutagênicos são proibidos no Brasil. Na prática, existem dezenas desses produtos com registro autorizado para uso. É o caso do ácido giberélico, dimetoato, carbofurano, glifosato, folpete e metamidofós, encontrados nas lavouras de Petrolina (PE) quanto em Limoeiro do Norte (CE).

Limitações

"A avaliação conjunta de neoplasias diferentes utilizada em vários estudos também dificulta a interpretação dos achados. Além disso, o uso da ocupação como única maneira de identificar os sujeitos expostos (nos estudos que compararam agricultores a outras categorias ou à população geral) pode levar à distorção dos resultados", pondera a pesquisadora Maria Luiza Cunha, médica do Departamento de Saúde Coletiva da Santa Casa de São Paulo.

A intoxicação aguda é o tipo mais comum que chega aos registros do Sistema Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox). A intoxicação crônica, pelo longo período de exposição, tem menos chance de ser diagnosticada quanto mais deficiente é o sistema de vigilância em saúde em rastrear o problema a partir de um estudo epidemiológico.

Para Chelda Bedor, há desinformação, tanto das equipes médicas que não traçam perfil histórico (anamnese laboral)dos agricultores durante as consultas, quanto desconhecimento desses próprios pacientes de associar veneno aos sintomas.

Casca de banana pode descontaminar águas poluídas com pesticida, diz pesquisa da USP


Um estudo da USP identificou que a casca de banana pode ser utilizada no tratamento de água contaminada pelos pesticidas atrazina e ametrina. Pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) fizeram testes com amostras coletadas nos rios Piracicaba e Capivari, no interior do estado de São Paulo, que comprovaram a absorção de 70% dos químicos pela casca.

Embora ainda não comprovada a toxicidade desses pesticidas em seres humanos, a utilização de ametrina é proibida nos Estados Unidos por ter provocado mutação em espécies aquáticas.

"Já existiam outros estudos de uso da casca para absorção de metais, como urânio, cromo, então veio a ideia de utilizá-la para os pesticidas. A atrazina e a ametrina são muito utilizadas aqui na região [de Piracicaba] nas plantações de cana-de-açúcar e milho.Constatamos uma boa absorção também desses compostos orgânicos", explicou à Agência Brasil a pós-doutoranda Claudineia Silva, uma das pesquisadoras envolvidas com o trabalho. Os químicos, ao serem utilizados nas lavouras, contaminam indiretamente os rios.


Processo envolve exposição ao sol

Para que seja utilizada como agente de descontaminação, a casca da banana, que pode ser recolhida inclusive no lixo, é ressecada ao sol por uma semana ou em estufa a 60 graus Celsius (°C), o que diminui o tempo do processo para um dia.

Após a secagem, o material é triturado e peneirado para formar um pó para ser despejado na água. "[Em laboratório,] variamos a quantidade de casca de banana, tempo de agitação e verificamos quais seriam as melhores condições para conseguirmos o melhor resultado", disse Claudineia.

A casca da banana corresponde de 30% a 40% do peso total da fruta. A presença de grupos de hidroxila e carboxila da pectina na composição na casca é que garantem a capacidade de absorção de metais pesados e compostos orgânicos.

Testes piloto

A pesquisadora disse que até o momento foram feitos testes somente em laboratório, com pequenas quantidades, e que seria necessário fazer testes piloto para atestar a eficácia em grandes proporções. "Encerramos a primeira etapa. A proposta é continuar com o trabalho com um volume maior de água, 100 litros em um tanque por exemplo, pôr casca de banana e ir monitorando a absorção", disse.

A nova etapa possibilitaria que a casca de banana pudesse ser utilizada como descontaminante em larga escala. "É um mecanismo de baixo custo", disse. Silva aponta que, futuramente, o ideal é que essa descoberta seja utilizada em estações de tratamento de água. "Descartar toneladas de casca de banana nos rios iria gerar poluição e talvez uma contaminação em cadeia. A casca absorve do rio, o peixe come e a gente come os peixes", explicou.

De acordo com a pesquisadora, atualmente, a atrazina e ametrina são retirados da água por meio de carvão ativado. "É um custo maior, considerando que a casca iria para o lixo", disse.

Agrotóxicos e câncer



O Instituto Nacional de Câncer abre suas portas para discutir grave problema de saúde pública: a relação entre agroquímicos e carcinogênese. Este vídeo-reportagem capta alguns momentos e reflexões do 1º Seminário Agrotóxicos e Câncer, realizado no Rio de Janeiro nos dias 7 e 8 de novembro

Práticas Agroecológicas - Caldas e Biofertilizantes

terça-feira, 23 de abril de 2013

‘BRS Vitória’ Nova cultivar de uva de mesa sem sementes com sabor especial e tolerante ao míldio


‘BRS Vitória’ poderá ser uma excelente opção para os produtores orgânicos porque ela tem um nível de tolerância ao míldio ( principal doença) bem maior em relação a Niagara  Rosada que já é explorada com sucesso em sistema orgânico - VEJA VÍDEO

Embrapa lança variedade de uva resistente ao míldio

Nova cultivar tem alto teor de açúcar e sabor aframboesado

A primeira variedade brasileira de uva sem semente e resistente ao míldio foi lançada, em Marialva -PR(Norte), durante a Festa da Uva.

A BRS Vitória foi desenvolvida por meio de cruzamento convencional pela Embrapa Uva e Vinho, localizada em Bento Gonçalves (RS). Entre as principais características da cultivar estão o ciclo precoce, a alta produtividade e o elevado teor de açúcar.

O pesquisador João Dimas Garcia Maia explica que o míldio é a principal doença da videira no Brasil e, no caso das variedades suscetíveis, pode gerar perda de até 100% da produção se não for pulverizada de forma correta. ”O míldio é responsável por 60% das aplicações de fungicidas nos parreirais e a estimativa é de que com o uso da BRS Vitória ocorra uma redução de 40% a 50% nas pulverizações contra a doença”, calcula Maia.

Além do Norte do Paraná, a nova variedade foi avaliada no Noroeste e Sudeste de São Paulo, Norte de Minas Gerais e na região do Vale do Rio São Francisco, onde apresentou desempenho positivo. O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho afirma que o ciclo produtivo da BRS Vitória, da poda até a colheita, tem duração de 130 dias no Paraná, sendo viável nas duas safras anuais. A produção indicada é de 20 toneladas por hectare em cada safra. ”A cultivar é extremamente fértil e o produtor deve retirar o excesso de cachos de forma a controlar a produção até 20 toneladas, pois o excesso pode prejudicar a maturação da fruta”, orienta.

Com alto teor de açúcar, o sabor aframboesado é o grande diferencial da BRS Vitória para os consumidores e, segundo Maia, a variedade já despertou demanda durante as demonstrações do produto. ”O teor pode chegar a até 23º Brix, mas o produtor deve ficar atento para fazer a colheita apenas depois que a uva atingir o grau 19 na escala, quando há equilíbrio de sabor”, ressalta.

O lançamento da BRS Vitória faz parte de um pacote de novidades da Embrapa Uva e Vinho, sendo que na semana passada foi lançada a cultivar de uva BRS Magna, para elaboração de suco. A comercialização de gemas da cultivar BRS Vitória e também da BRS Magna será feita a partir de julho de 2013. Os produtores interessados podem fazer reserva pelo site www.campinas.spm.embrapa.br, ou pelo telefone (19) 3749-8888

MAIS INFORMAÇÕES:

sábado, 20 de abril de 2013

ANTES TARDE DO QUE NUNCA - Paraná vai incinerar 400 toneladas de agrotóxicos proibidos




ANTES TARDE DO QUE NUNCA  !!!

No Brasil, a comercialização, distribuição e uso de organoclorados  foram proibidos em 3 de setembro de 1985.

Após a proibição do uso BHC, DDT e outros os produtores ficaram com esses produtos armazenados em suas propriedades sem nenhuma orientação especifica o que fazer com esses resíduos - que são uma fonte permanente de riscos a saúde humana e a todo ecossistemas.

Vamos recordar que isto deveria ter sido feito há 27 anos quando foram proibidos no Brasil e deixaram essa bomba na mão dos agricultores...

Vamos recordar que com 27 anos  de atraso o Paraná ainda é uma exceção ... outros estados estão estudando ainda o que fazer

O secretário estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Luiz Eduardo Cheida, entregou para incineração, nesta sexta-feira (10), em Contenda, 400 toneladas de agrotóxicos proibidos que foram recolhidos em duas mil propriedades rurais no Paraná, por meio do Projeto de Obsoletos (de recolhimento de agrotóxicos). O projeto, inédito no Brasil, é uma parceria entre a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev), entidade sem fins lucrativos criada para gerir a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos no país.

Com esta nova carga de agrotóxicos, o Paraná totaliza a retirada de 1,2 mil toneladas do produto do meio ambiente desde 2009 - apenas na primeira fase do Programa. Entre os mais conhecidos está o Hexaclorobenzeno (BHC), usado por muitos anos nas lavouras de café e algodão do Paraná e proibido em 1985 por causar câncer e contaminar o solo e os lençóis d'água.

Os agrotóxicos recolhidos serão transportados para incineradoras industriais licenciadas, localizadas em São Paulo.

“Não é possível falar em sustentabilidade da propriedade rural diante do perigo da contaminação do BHC para a saúde humana e para o meio ambiente. O Governo do Estado demonstra preocupação com os agricultores e suas futuras gerações”, afirmou o secretário.

Para ele, o sucesso das ações se deve a uma grande parceria que vai desde a identificação, localização, recolhimento, transporte até a incineração dos agrotóxicos obsoletos. O programa compreende ações do Instituto das Águas do Paraná – autarquia da Secretaria do Meio Ambiente; a Secretaria da Agricultura, Emater, Ocepar e Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep).

LEGISLAÇÃO - Com a identificação da existência de produtos, foi aprovada a Lei Estadual 7953\09 estabelecendo que pessoas físicas e jurídicas possam declarar - sem risco de multa - ao Instituto das Águas a guarda de agrotóxicos proibidos pela legislação brasileira. O secretário Cheida é o autor da Lei Estadual (como deputado).

Amparados pela lei, os agricultores declararam que mantinham esses venenos, informando o local e a quantidade. À Secretaria coube o papel de recolhê-los. A incineração do material é financiada pelo Inpev. “Queremos acabar com esse passivo ambiental sem problemas na manipulação e transporte dos agrotóxicos pelos agricultores”, enfatizou o presidente do Inpev, João Cesar Meneguel Rando.

Ele disse que o Instituto comemora o encerramento deste primeiro ciclo de um Programa pioneiro e que será usado como modelo no Brasil. “O Paraná foi o primeiro estado onde realizamos esta ação que poderá ser replicada no Brasil”, afirmou Rando. O presidente do Inpev conta que os resultados não são constatados apenas no campo, mas também na maturidade dos agricultores em relação à questão ambiental.

“Os agricultores paranaenses atingiram um nível de conscientização que nos permite solucionar um problema de saúde pública e de preservação ambiental. Sem dúvida o projeto é modelo para país”, disse João Rando.

NOVA FASE - A partir desta segunda-feira (22), o “Projeto de Obsoletos” entra em nova fase. O objetivo é dar mais uma chance aos agricultores que ainda mantêm produtos armazenados em suas propriedades. O prazo para a declaração e localização dos agrotóxicos vai até agosto deste ano.

Após a declaração, os agricultores cadastrados receberão orientações e kits de segurança personalizados contendo sacos de acondicionamento, folhetos explicativos sobre os procedimentos da operação e informações sobre os locais para a devolução. Será fornecida no ato da devolução, nos armazéns temporários, uma certidão atestando que os produtos foram devidamente entregues ao Governo do Estado e que os envolvidos estão isentos de responsabilidades.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Romã contra o Alzheimer



Pesquisadores desenvolvem microcápsulas da fruta para prevenir e tratar o mal. Ricas em antioxidantes, elas podem ser adicionadas a sucos sem alterar o sabor e sem causar efeitos colaterais.


A literatura sugere que consumir casca de romã pode ser um jeito simples e eficaz para prevenir e tratar o mal de Alzheimer. O problema está no gosto. O sabor adstringente da casca da fruta não atrai o consumidor. Pensando nisso, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram microcápsulas contendo extrato de casca de romã que podem ser diluídas em sucos sem incomodar o paladar.

Segundo Maressa Morzella, engenheira de alimentos que desenvolveu a pesquisa durante seu mestrado, a casca da romã tem grande quantidade de antioxidantes – compostos essenciais para prevenir doença de Alzheimer. “A casca é riquíssima em flavonoides, antioxidantes que impedem a ação de radicais livres e evitam a morte de neurônios”, explica.

Na doença neurodegenerativa, a produção de radicais livres aumenta por conta da ligação de substâncias tóxicas chamadas oligômeros aos neurônios. Esses radicais livres provocam perda de função e morte dessas células. “O cérebro é altamente susceptível ao ataque de radicais livres já que, entre outros aspectos, tem pouca glutationa, um antioxidante natural do corpo humano”, diz Morzella.

“A microencapsulação elimina o sabor desagradável da casca de romã sem perder os compostos que atuam contra o Alzheimer”
Apesar de ter quase dez vezes mais antioxidantes do que a polpa, o gosto ruim da casca da romã faz com que ela seja pouco consumida. Para mascarar esse sabor, Morzella revestiu extratos da casca com um filme protetor feito de polímeros, compondo uma microcápsula. “A microencapsulação elimina o sabor desagradável da casca de romã sem perder os compostos que atuam contra o Alzheimer”, explica.

Para testar a eficácia da microencapsulação na eliminação do gosto ruim, os pesquisadores desenvolveram duas receitas de suco de uva – uma comum e outra enriquecida com 4% de microcápsulas de casca de romã. Dos 44 consumidores que provaram os dois sucos sem saber qual era qual, apenas 9 conseguiram identificar diferenças entre os sabores.


Em favor das lembranças


Além de prevenir, as microcápsulas de romã podem auxiliar no tratamento do mal de Alzheimer ao impedir a degradação da acetilcolina, neurotransmissor essencial para o processo de formação da memória e que se encontra em baixa quantidade no cérebro de quem tem a doença. “A ação conjunta de compostos da casca pertencentes às classes dos alcaloides e flavonoides inibe a enzima acetilcolinesterase, que é responsável pela degradação da acetilcolina”, explica Morzella.


De acordo com o estudo, a ingestão de 2,48 miligramas de extrato da casca de romã consegue fazer com que a atividade da acetilcolinesterase caia pela metade, o que permite o funcionamento de neurônios que usam esse neurotransmissor para se comunicar. Atualmente, o mal de Alzheimer já é tratado com medicamentos que inibem a enzima, mas que são caros e provocam efeitos colaterais como náusea e vômito.

De acordo com a orientadora do estudo Jocelem Salgado, pesquisadora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz/USP, as microcápsulas passarão por novos testes antes da comercialização. “No momento, estamos fazendo testes para detectar exatamente quais dos compostos presentes na casca apresentam maior contribuição para prevenir e tratar o mal de Alzheimer e, depois disso, serão desenvolvidos estudos com animais e humanos”, diz a pesquisadora.


Veja também:


Em pratos limpos » Roundup afeta bactérias intestinais benéficas

por AS-PTA, Via GMWatch



Pesquisadores da Universidade de Leipzig publicaram estudo mostrando que o herbicida Roundup impacta negativamente bactérias gastrointestinais de aves. Os testes, realizados in vitro, revelaram ainda que enquanto bactérias altamente patogênicas como as que causam salmonela e botulismo resistiram ao Roundup, aquelas benéficas foram de moderada a altamente suscetíveis ao produto.

O estudo fornece bases científicas para os relatos de aumento de doenças gastrointestinais em animais alimentados com soja Roundup Ready, que é tolerante ao herbicida Roundup, cujo ingrediente ativo é o glifosato. No Brasil, quando liberado o sistema soja RR-herbicida Roundup, o governo multiplicou por 50 o limite de resíduo de glifosato permitido nos grãos modificados.


Abstract

Shehata, A. A., W. Schrodl, et al. (2012). The effect of glyphosate on potential pathogens and beneficial members of poultry microbiota in vitro. Curr Microbiol. Publ online 9 December.

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23224412



Abstract: The use of glyphosate modifies the environment which stresses the living microorganisms. The aim of the present study was to determine the real impact of glyphosate on potential pathogens and beneficial members of poultry microbiota in vitro. The presented results evidence that the highly pathogenic bacteria as Salmonella Entritidis, Salmonella Gallinarum, Salmonella Typhimurium, Clostridium perfringens and Clostridium botulinum are highly resistant to glyphosate. However, most of beneficial bacteria as Enterococcus faecalis, Enterococcus faecium, Bacillus badius, Bifidobacterium adolescentis and Lactobacillus spp. were found to be moderate to highly susceptible. Also Campylobacter spp. were found to be susceptible to glyphosate. A reduction of beneficial bacteria in the gastrointestinal tract microbiota by ingestion of glyphosate could disturb the normal gut bacterial community. Also, the toxicity of glyphosate to the most prevalent Enterococcus spp. could be a significant predisposing factor that is associated with the increase in C. botulinum-mediated diseases by suppressing the antagonistic effect of these bacteria on clostridia.

…………………….

Fonte:  AS-PTA,

Em pratos limpos » Roundup afeta bactérias intestinais benéficas

Em pratos limpos » Roundup afeta bactérias intestinais benéficas: "ram ainda que enquanto bactérias altamente patogênicas como as que causam salmonela e botulismo resistiram ao Roundup, aquelas benéficas foram de moderada a altamente suscetíveis ao produto. O estudo fornece bases científicas para os relato"

'via Blog this'

Transgênicos: ‘somos todos cobaias’, diz autor de estudo pioneiro



“Todos Cobaias!” não é ficção científica. É uma narrativa qualificada e documentada. Traz resultados de uma pesquisa inédita, que avaliou organismos de cobaias alimentadas com milho transgênico e água contaminada pelo herbicida mais usado no mundo.

O estudo foi realizado entre 2008 e 2011 e coordenado por Gilles-Éric Séralini, professor da Universidade de Caen (França) e especialista internacional em avaliação de transgênicos. Foi publicado no mês passado na revista Food and Chemical Toxicology.

Tous Cobayes ! OGM, pesticides, produits chimiques (“Todos Cobaias! organismos geneticamente modificados, pesticidas, produtos químicos”) é o quarto livro de Séralini sobre transgênicos, dirigido ao grande público. Nele, o autor revela o tamanho do perigo de produtos artificiais e poluentes alimentares (substâncias que alteram o gosto e o cheiro da comida e facilitam a sua conservação) que inundam os supermercados.

“Tanto se fala da insegurança gerada pela delinquência e das medidas para contê-la, que não nos damos conta de que os mais insidiosos e impiedosos assassinos em série agem livremente nos nossos alimentos, bebidas, casas, jardins e no ar ambiente”. Com essas palavras, Séralini dá o tom da sua mais recente obra sobre transgênicos.

Para ler o artigo completo acesse o link abaixo:

http://ofrioquevemdosol.blogspot.com.br/2012/11/transgenicos-somos-todos-cobaias-diz.html

terça-feira, 16 de abril de 2013

Horta e pomar em pequenos espaços

Produção de uva orgânica



Há oito anos, a Embrapa Uva e Vinho pesquisa e acompanha o cultivo da uva niágara, visando desenvolver um sistema de produção orgânica sem o uso de agroquímicos, que produza uma fruta mais saudável e saborosa e com rentabilidade para os produtores.

Ao longo do período foi desenvolvido um pacote completo de recomendações técnicas que está baseado em três pilares: manejo do solo, manejo de doenças e pragas e manejo da planta. As pesquisas para melhorias no sistema de produção orgânica da niágara foram desenvolvidas em parreirais com e sem cobertura plástica, usando apenas produtos permitidos pela norma nacional de produção orgânica. Além de obter uma produção limpa, a equipe comemora a alta produtividade do sistema: estão sendo obtidas 47 toneladas de uva por hectare no cultivo orgânico com cobertura plástica e 29 toneladas no cultivo sem cobertura, enquanto no cultivo convencional, a média é de apenas 20 toneladas por hectare. O sistema orgânico tem atraído a atenção de produtores, técnicos e pesquisadores.

Produção: Embrapa Informação Tecnológica e Embrapa Uva e Vinho
Responsável pelo conteúdo técnico: George Wellington Bastos de Melo, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho
Jornalista: Viviane Zanella

domingo, 14 de abril de 2013

Dia de Campo na TV - Recuperação de ecossistemas degradados e de nascentes



Recuperação de área degradada de Cerrado - Agrofloresta




Fossa Séptica ecológica

Fossas Sépticas Biodigestoras 1



Fossas Sépticas Biodigestoras 2






Programa Ação Cooperativa - A fossa séptica biodigestora





Fossas Sépticas Econômicas Pindamonhangaba



Mais informações: http://www.pindamonhangaba.sp.gov.br/noticias_0607.asp?materia=1693


Fossas Sépticas Econômicas

Para uma família de 06 pessoas 03 tambores. Se tiver mais pessoas um tambor a mais para cada duas pessoas para aumentar a vida útil.




Mais detalhes:




Projeto Rondon 2011 - Fossa Séptica Alternativa




Agro News 15 01 11 Fossa Séptica

Sistema calculado para uma família de até 05 pessoas - apenas água do vaso sanitário.







Mais detalhes:




OUTROS MODELOS:

Produtores rurais de Varginha adotam a fossa ecológica



2ª Ação Permacultural Nuvens do Itapeva Fossa Evapotranspiração



Chega de Fossa - bacia de evapotranspiração




Como fazer uma fossa ecológica


Dia de Campo na TV - Jardim filtrante - saneamento básico na área rural


Veja também:

Agricultores constroem fossa que não contamina o meio ambiente em AL


Comissão finaliza Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica


Representantes de entidades governamentais e não governamentais se reuniram, nesta quinta-feira (11), em Brasília, para discutir a versão final do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Planapo). O encontro continua na sexta-feira (12), quando será definida a próxima reunião e os encaminhamentos para a implantação da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Pnapo), instituída em 2012 (pelo Decreto 7.794).

“Estamos chegando a um documento histórico, um plano de política integral de agroecologia”, afirmou o secretário nacional da Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Valter Bianchini, coordenador da Comissão Nacional da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (Cnapo). Bianchini apresentou, nesta terceira reunião da comissão, a síntese das ações da Câmara Interministerial da Pnapo.

As discussões consideram a importância da pesquisa para avançar em desafios para a agroecologia e, ainda, como adequar normas de chamadas públicas para a extensão rural voltada à agroecologia.

Bianchini observa que o Plano traz linhas estratégicas importantes no campo da produção, seja no crédito, na infraestrutura, no registro dos produtos, regulamentos técnicos, redução de uso do agrotóxico.

Redução de agrotóxicos


O secretário executivo da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), Dênis Monteiro, elogiou a inclusão de ações para redução de agrotóxicos E sugeriu a inclusão de medidas relacionadas a transgênicos. Ele comemorou a construção da política, que conta com participação da sociedade civil e do governo. “Esse esforço está refletido no documento, que está mais abrangente e consistente do que as versões anteriores”, disse Monteiro.

“Essa política traz algo intocável, que é uma intenção muito grande de fazer uma revolução, de retomar rumos”, afirmou Elson Borges dos Santos, da Câmara Temática de Agricultura Orgânica. Para ele, o trabalho vai “restaurar e reinventar tecnologias para a agricultura e para a produção”.

Produção

Na coordenação da reunião, estavam o assessor especial da Secretaria-Geral da Presidência da República, Selvino Heck, e Generosa de Oliveira, do conselho administrativo da União Nacional de Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária (Unicafes). Participaram da mesa de trabalho o secretário 
executivo da ANA, Dênis Monteiro, a secretária executiva do Movimento da Mulher Trabalhadora Rural do Nordeste, Maria Verônica de Santana, e Elson Borges dos Santos.

No período da tarde, grupos temáticos fazem novos debates sobre o documento. São grupos de trabalho dos temas produção, comercialização e consumo, conhecimento e uso e conservação dos recursos naturais

sábado, 13 de abril de 2013

Governo libera uso de agrotóxicos sem registro no País



Recentemente publicamos nesse blog:

O Ataque das lagartas. Praga devasta lavouras de Milho geneticamente modificado em VARIAS regiões do Pais.

LAVOURA FURADA

O Brasil enfrenta infestação sem precedente em lavoura de milho GM. Agricultores, técnicos e empresas difusoras de tecnologia divergem sobre a causa do ataque.

Confira a reportagem completa a partir da página 25.


ACABOU DE SAIR OUTRA NOTÍCIA:

Lagarta pode levar governo a decretar situação de emergência

A helicoverpa, uma lagarta comum em lavouras de milho, passou a causar danos significativos em plantações de soja e algodão

Autoridades do governo federal discutiram ontem a possibilidade de ser decretada situação de emergência fitossanitária no país em virtude da proliferação da Helicoverpa, uma lagarta comum em lavouras de milho que passou a causar danos significativos em plantações de soja e algodão, com prejuízos estimados R$ 2 bilhões nas últimas duas safras no Brasil.

Podemos ver a notícia completa no link abaixo:



PORÉM A NOTÍCIA ACIMA NÃO INFORMOU ...

A incidência da lagarta, comum no milho, migrou para o algodão e a soja. E agora preocupa os produtores.

– É a questão da resistência de pragas, principalmente lagartas no milho, caso da helicoverpa, que está migrando para a soja porque o inseticida BT natural, que é transgênico e está no milho, não está controlando essa lagarta. Ela é muito agressiva, é muito feroz. Também ataca o algodão, e migrou agora para a soja – fala o diretor técnico da Associação Brasileira dos Produtores de Grãos Não Geneticamente Modificados (Abrange), Ivan Paghi.

Notícia completa:



PORÉM VAMOS APROFUNDAR UM POUCO MAIS:

A matéria ACIMA trata do assunto sem informar ao leitor os motivos que ocasionaram a explosão populacional dessa lagarta. A expansão das lavouras transgênicas Bt, que são plantas inseticidas, está reduzindo fortemente a presença dos predadores naturais da Helicoverpa, até então uma praga secundária, mas que na ausência de seu inimigo natural vem se multiplicando e causando os estragos a que se refere o texto. A indústria da biotecnologia-agrotóxicos lucrou vendendo as sementes transgênicas e junto a promessa de redução do uso de agroquímicos; agora vai lucrar de novo com a venda de inseticidas para a “emergência fitossanitária”. De novo a pergunta, qual a responsabilidade dos que autorizaram esses cultivos no Brasil sabendo que esses danos era previsíveis?


E UMA DAS  CONSEQUÊNCIAS  DE TUDO ISSO?

Governo libera uso de agrotóxicos sem registro no País

Brasília - Mesmo com dois pareceres técnicos contrários, o Ministério da Agricultura (Mapa) liberou o uso de um agrotóxico não registrado no País para combater emergencialmente uma praga nas lavouras de algodão e soja. A decisão, publicada anteontem no Diário Oficial, permite o uso de defensivos agrícolas que tenham em sua composição o benzoato de emamectina, substância que, por ser considerada tóxica para o sistema neurológico, teve seu registro negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em 2007.

O uso de agrotóxicos no País é norteado por pareceres do Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos (CTA), formado por membros dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente e da Anvisa - os dois últimos são encarregados de avaliar os riscos do uso de defensivo para o meio ambiente e a saúde pública.Em março, diante da praga da lagarta quarentenária A-1 Helicoverpa armigera em lavouras do oeste da Bahia, representantes do Mapa solicitaram uma reunião extraordinária do CTA para a liberação do benzoato. A proposta era que o produto fosse usado emergencialmente até a safra 2014/2015.

No primeiro encontro, representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e da Anvisa foram contrários à liberação. De acordo com a ata da reunião, a maioria do grupo afirmava que os documentos apresentados não permitiam tal liberação.Diante da negativa, o Mapa solicitou uma nova reunião, realizada cinco dias depois. Nesse encontro, tanto a Anvisa quanto o Ibama mantiveram sua posição: não havia elementos suficientes para que a liberação fosse realizada.

O Mapa, no entanto, decidiu liberar o uso do benzoato. De acordo com o ministério, não é a primeira vez que a Agricultura adota uma decisão unilateral. Em 1986, de acordo com a assessoria, também houve liberação de agrotóxicos para combater uma praga de gafanhoto.
Além do benzoato, outros cinco tiveram seu uso liberado para o combate à praga: dois produtos biológicos (Vírus VPN HzSNPV e Bacillus Thuringiensis) e três químicos (Clorantraniliprole, Clorfenapyr e Indoxacarbe). A diferença, no entanto, é que os cinco já têm registro no País para uso em outras lavouras.O uso do benzoato será regulamentado numa instrução normativa, seguindo as observações dos Ministérios do Meio Ambiente e da Saúde.

FONTE DA NOTÍCIA:

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Mesmo o NY Times está rejeitando OGM ciência Monsanto



Este não é um vazamento. Não é um fluxo tímido. É uma inundação.

Estou falando sobre a crítica em cima da Monsanto nos chamado de alimentos geneticamente modificados.

Nos últimos 20 anos, pesquisadores independentes têm atacado Monsanto de várias maneiras, e, finalmente, o NY Times juntou-se à multidão.

Mas é a forma como Mark Bittman, colunista de alimentos leva para a revista Times, faz o que realmente cai a ilusão de todo OGM.

Escrevendo em sua coluna de 02 de abril, "Por que OGM Precisa de Proteção ", Bittman escreve:

"A engenharia genética na agricultura tem decepcionado muitas pessoas que antes tinham esperanças com ela."

Como em: a festa acabou ao apagar as luzes.

Bittman explica: "... a engenharia genética, ou, mais propriamente, a engenharia transgénica - em que um gene, geralmente a partir de uma outra espécie de bactéria, planta ou animal, é inserida uma planta, na esperança de positivamente alterar a sua natureza - tem sido decepcionante. "
Como se isso não bastasse, Bittman deixa isto mais especificamente: "Nos quase 20 anos de uso aplicado da GE na agricultura houve dois notáveis 'sucessos', junto com uns poucos menos notáveis que são culturas resistentes ao herbicida Roundup da Monsanto (Monsanto desenvolve tanto as sementes e o herbicida ao qual eles são resistentes) e culturas que contêm seu próprio inseticida.

 O primeiro já fracassou, como as chamadas super-ervas daninhas que desenvolveram resistência ao Roun-dup, e o segundo está mostrando sinais de falha, como os insetos são capazes de desenvolver resistência à toxina Bt inserida.


Originalmente uma toxina bacteriana se adapta mais rápido do que as variações de uma nova cultura poderiam ser geradas. "

Bittman continua a escrever que a resistência super weed foi uma conclusão precipitada; cientistas compreenderam, desde os primeiros dias de OGM, que a pulverização por gerações destas plantas daninhas com Roundup nos daria exatamente o que temos hoje: fracasso da tecnologia para evitar o que foi projetado para impedir a proliferação. As ervas daninhas não morreriam.


"O resultado é que a maior crise na agricultura da monocultura - algo como 90 por cento de toda a soja e 70 por cento de milho é cultivada com sementes Roundup Ready - reside na incapacidade do glifosato a qualquer mais fornecer o controle total ou até mesmo previsível, porque ervas daninhas em torno de uma dúzia espécies desenvolveram resistência a ela. "O glifosato é o ingrediente ativo do Roundup.

Assim como as ervas daninhas desenvolveram resistência e imunidade ao herbicida, insetos que deveriam ser mortos pela toxina projetada em culturas Bt da Monsanto também estão sobrevivendo.

Cinco anos atrás, seria impensável que o NY Times iria imprimir uma rejeição completa da tecnologia de plantas OGM. Agora, é "bem, todo mundo sabe."

O Times não vê nenhum ponto em continuar essas culturas por mais tempo.

É claro que, se fosse um jornal qualquer com a coragem real, que vai lançar uma série de peças de primeira página sobre esta falha enorme, e a fraude gigantesca que está por trás dela. Então as vezes pode realmente ver seus leitores melhorar.

Momentum é algo seus editores entender bem o suficiente. Você define seus cães soltos em uma história, você enviá-los com um mandato para expor falha, fraude e crime até as suas raízes, e você sabe que, nos meses seguintes, os pesquisadores anteriormente reticentes e funcionários de empresas e autoridades governamentais aparecerá para fora da toca confessando seu conhecimento interno.

A história vai se aprofundar. Ele vai assumir novas filiais. As revelações vai indiciar a empresa (Monsanto), seus parceiros de governo, e os cientistas que falsificados e escondeu dados.

Neste caso, a FDA e a USDA vai entrar para grandes sucessos. Eles vão voltar atrás e mentira e mis-explicam, por um tempo, e então, como brotos na primavera, os funcionários da agência vão surgir e admitir a verdade. Estas agências foram co-conspiradores.

E uma vez que a história se desenrola longe o suficiente, os riscos à saúde humana e destruição causado por OGM terá centro do palco. Todos os pronunciamentos brandos sobre "ninguém ficou doente a partir de OGM" irá evaporar no ar.

Não será simplesmente: "Bem, nós nunca testado perigos de saúde de forma adequada", que vai ser:

"Sabíamos que havia problemas a partir do get-go."

Sim, o jornal poderia fazer tudo isso acontecer. Mas não vai. Há duas razões básicas. Primeiro, considera grandes demais para falir. Há agora acre age tanto na América amarrado em lavouras transgênicas que rejeitar todo o show poderia causar erupções titânicas em muitos níveis.

E, segundo, o jornal faz parte do próprio estabelecimento que vê a indústria dos OGM como uma forma de trazer à fruição Globalismo para todo o planeta.
Fornecimento de alimentos a centralização em poucas mãos, a população do mundo, em um futuro próximo, vai comer ou não comer, de acordo com os ditames de alguns homens não eleitos. Redistribuição de recursos básicos para o povo da Terra, a partir de tal ponto de controle, é o que globalismo é tudo sobre:

"Naturalmente, nós amamos todos vocês, mas as decisões devem ser feitas. Vocês pessoas aqui que vivo bem, vocês por lá não vai viver muito bem, e vocês lá não viver.

"Este é o nosso melhor julgamento. Não se preocupe, seja feliz. "

Jon Rappoport

O autor de duas coleções explosivos, MATRIZ REVELADO e SAIR DA MATRIZ , Jon era um candidato a um lugar do Congresso dos EUA no dia 29 de Distrito da Califórnia. Indicado para o Prêmio Pulitzer, ele trabalhou como repórter investigativo há 30 anos, escrevendo artigos sobre política, medicina e saúde para a CBS HealthWatch, LA Weekly, Spin Magazine, Stern, e outros jornais e revistas em os EUA e Europa. Jon tem proferido palestras e seminários sobre a política global, saúde, lógica e de energia criativa para o público em todo o mundo.

Fonte de onde foi tirado a notícia: http://www.infowars.com/even-the-ny-times-is-now-rejecting-monsanto-gmo-science/

Tradução e colaboração: César Pavlak


terça-feira, 9 de abril de 2013

Alimentos Orgânicos - Um guia para o consumidor consciente



APRESENTAÇÃO
Este guia, produzido pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR) com
o apoio da Associação dos Consumidores de Produtos Orgânicos do Paraná
(ACOPA), procura orientar o consumidor a escolher de forma consciente o
que vai consumir. Afinal, nós também somos o que comemos. O guia
apresenta informações sobre as diferentes formas de produção de
alimentos, com destaque para a agricultura orgânica, dicas práticas de
como escolher alimentos com menos agrotóxicos, sugestões para uma
alimentação saudável, além de um calendário com a melhor época para
consumir alimentos produzidos de maneira ecológica no Paraná.
O consumidor cidadão tem hoje um papel importante como agente de
transformação política. Escolher um produto orgânico é, antes de tudo,
praticar educação ambiental.
Ao fazer essa opção, você ajuda na melhoria da qualidade de vida de
muitas famílias de agricultores e consumidores, ao mesmo tempo em que
contribui para a preservação do meio ambiente. Este guia foi feito para
você, que acredita que uma alimentação de qualidade previne doenças, e
é também um poderoso recurso terapêutico. Saúde não é só ausência de
doença, mas principalmente um estado de equilíbrio entre o homem e a
natureza.
Moacir Roberto Darolt

Fonte: IAPAR

Mais sobre o tema acesse:
Orgânicos

sábado, 6 de abril de 2013

Lei permite o uso de Reserva Legal no Paraná

A Reserva Legal é aqueles 20% da propriedade que o agricultor tem que deixar e não pode mexer. Fiz uma lei que permite, agora, o uso da Reserva Legal para a produção de mel, café, chá mate, eucalipto, educação ambiental e outras atividades que não a estraguem.








Em trabalhos realizados pelo IAPAR mostra que o nível de sombreamento no café em fase de produção não deve passar de 30%:

Conclusão - A tecnologia de modificação do microclima visando proteção contra geadas com uso de plantas arbóreas e arbustivas, ainda necessita de estudos mais detalhados para que possa ser amplamente recomendada. Entretanto, a experiência acumulada tem mostrado que excelentes resultados podem ser obtidos com a aplicação adequada desta técnica. O enfoque deve ser no sentido de amenizar o microclima e não sombrear totalmente os cafeeiros. O nível de sombreamento da lavoura em fase de produção não deve ultrapassar o limite de 30% (A. P. CAMARGO, comunicação pessoal).


Para ser viável no ponto de vista econômico, os 20% da reserva legal para o plantio do café - deverá sofre um desmatamento de 70%... ???


Será que não seria mais coerente fazer um estudo para transformar muita áreas improdutivas em áreas produtivas?

Ao invés de avançar nos 20% que sobrou ... não é melhor investir no aumento da produtividade de uma forma sustentável?

Existe estudos científicos que mostra que a produção do café e eucalipto é viável sobre o ponto de vista ambiental e econômico na área de reserva?

A produção de mel, educação ambiental, erva mate ou alguma outra parece ser interessante - especialmente do café e eucalipto precisa ser bem estudada.

Sugiro ao deputado Luiz Eduardo Cheida que publique esse projeto com seu embasamentos para que possamos ter uma visão mais profunda do mesmo, porque apenas a notícia sem aprofundamento parece ser preocupante o impacto que essa lei poderia trazer.


Parabéns ao deputado pela lei abaixo:

provei uma lei que remunera o agricultor que protege os rios e nascentes de sua propriedade.
A Lei de Crimes Ambientais já pune quem faz o errado. Então, por que não bonificar quem faz o certo?

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Roundup é mais tóxico que o glifosato




Número 623 – 05 de abril de 2013



Em uma nova pesquisa publicada na prestigiosa revista Toxicology [1], Robin Mesnage, Benoît Bernay e Gilles-Eric Séralini, da Universidade de Caen, na França, provaram, através do estudo de 9 herbicidas do tipo Roundup, que o composto químico mais tóxico não é o glifosato (seu princípio ativo e substância mais avaliada pelos órgãos reguladores), mas sim um composto que nem sempre é mencionado nos rótulos, o POE-15. Foram aplicados testes em 3 tipos de linhagens de células humanas e de espectrometria de massa (que avalia a natureza das moléculas) para identificar o composto e analisar seus efeitos.

O contexto: O glifosato é o “princípio ativo” do herbicida Roundup (da Monsanto), o mais utilizado do mundo, e de outras formulações comerciais parecidas. Ele foi avaliado em mamíferos previamente a sua autorização comercial. Mas os líquidos nos quais ele é diluído para compor os produtos comercializados, como em todos os agrotóxicos, contêm também adjuvantes classificados como “inertes”, frequentemente confidenciais, destinados a estabilizar o princípio ativo e permitir que ele seja absorvido pelas plantas, como espalhantes e umectantes. Dessa forma, esses herbicidas podem afetar todas as células vivas, inclusive as humanas. Isso porém acaba sendo negligenciado porque o glifosato e o Roundup são tratados como se fossem uma única coisa e a não toxicidade presumida do primeiro serve de base para as autorizações do segundo. Os órgãos reguladores e os fabricantes de herbicidas à base de glifosato fazem avaliações com o glifosato sozinho, e não com o herbicida em suas formulações comerciais. Os detalhes dessas avaliações são considerados confidenciais e mantidos sob sigilo pela indústria e órgãos de saúde e meio ambiente.


Conclusões e consequências: Este estudo demonstra que todos esses herbicidas à base de glifosato são mais tóxicos que o glifosato sozinho. Os níveis máximos de resíduos autorizados no meio ambiente e nos produos alimentares parecem, portanto, equivocados. A toxicidade de uma bebida (como a água de torneira) regularmente contaminada por resíduos de herbicidas como o Roundup, assim como de uma alimentação de soja ou milho geneticamente modificados para tolerância ao Roudup, já foi demonstrada em estudo com ratos publicado recentemente (2) pela equipe do professor Séralini, que também publicou as respostas a todas as críticas que recebeu (3). Esta nova pesquisa explica e confirma em grande parte esses resultados científicos.

Mas, além disso, trata-se de uma grave questão de saúde pública. Não apenas as autorizações dos herbicidas do tipo Roundup devem ser urgentemente questionadas como também as normas de avaliação de riscos devem ser completamente revisadas e realizadas de forma transparente e independente. Na verdade, os órgãos de avaliação, que sempre chegam à mesma conclusão que a Monsanto a respeito da inocuidade do produto, estão falhando por seu laxismo e suas práticas confidenciais que evitam a realização de avaliações completas. A primeira etapa de uma nova avaliação pelas agências sanitárias é a disponibilização na internet de todos os dados relativos às autorizações e os pareceres favoráveis ao uso do Roundup e produtos similares. Os dados toxicológicos da indústria devem ser publicizados.

Os adjuvantes da família do POE-15 aparecem agora como novos princípios ativos de toxicidade sobre células humanas e devem ser regulados como tais. Devem ser considerados nos testes de toxicidade. Demandamos uma revisão dos processos de homologação dos agrotóxicos de modo a incorporar testes de longo prazo das formulações comercializadas e utilizadas no meio ambiente.

Além disso, uma vez que os compostos tóxicos confidenciais são utilizados de maneira generalizada nas formulações de agrotóxicos, é de se temer, a partir destas descobertas, que a toxicidade de todos os agrotóxicos existentes tenha sido fortemente subestimada.

Este estudo foi conduzido na Universidade de Caen com o suporte estrutural do Criigen (Comitê de Pesquisa e Informação Independente sobre Engenharia Genética), que faz parte da Rede Europeia de Cientistas pela Responsabilidade Social e Ambiental (ENSSER www.ensser.org).

Nota à imprensa, Criigen em 21 de fevereiro de 2013.

Tradução: AS-PTA

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