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domingo, 27 de outubro de 2013

Rússia impõe restrição temporária à importação de carne do Brasil


origem da imagem: http://ferramula3.blogspot.com.br/2013/10/russia-cancela-importacao-de-carne.html


Tássia Kastner e Suzana Inhestao, de O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O Ministério da Agricultura confirmou nesta quarta-feira, 25, que o Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) está impondo restrição temporária à importação de carnes suína e bovina do Brasil. São dez frigoríficos com restrições, nove de carne bovina (seis da JBS, dois da Minerva e um da Marfrig) e um de carne suína, o Pamplona (Riosulense), em Santa Catarina.

Por meio de nota, o ministério afirma que a autoridade russa enviou um relatório preliminar da missão de inspeção que esteve no País entre 30 de junho e 14 de julho de 2013. "Esse documento será analisado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que fará seus comentários antes da publicação da versão final que será feita pelas autoridades russas", disse o ministério.

Segundo o ministério, o documento russo precisa ser traduzido antes de ser analisado pelos técnicos da pasta. Só depois será possível "avaliar os problemas identificados pelos russos e tomar as medidas necessárias o quanto antes".

Nesta quinta, o diretor executivo da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (Abiec), Fernando Sampaio, informou que nove unidades frigoríficas de produção da proteína foram impedidas de vender à Rússia a partir de 2 de outubro. "De tempos em tempos, as autoridades sanitárias russas decidem colocar restrições temporárias ou maiores controles às unidades brasileiras", disse Sampaio em entrevista ao Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Segundo ele, as autoridades russas dizem que há "inconformidade com as normas sanitárias do país". "Eles descrevem o que ocorre com cada unidade. O que deu para perceber, num aspecto geral, é que eles citam bastante a questão do uso da ractopamina, mas há outras ‘inconformidades’." Hoje, há 56 unidades habilitadas para vender à Rússia, mas somente 14 - com o embargo atual - estão totalmente liberadas.

A ractopamina é uma substância é adicionada à ração que aumenta a massa muscular e faz com que os animais cresçam com menos gordura. Alguns médicos acreditam que a substância possa provocar doenças e por isso o aditivo está proibido em 80 países.

Impacto. Sampaio disse que ainda não é possível calcular o impacto nas vendas do setor. Um dos motivos é que as empresas são bem diversificadas geograficamente e podem atender ao mercado russo por outras unidades. A segunda é que, ao mesmo tempo em que há uma quantidade expressiva de restrições às unidades, a Rússia aumentou a cota às exportações brasileiras de carne bovina.

De acordo com Sampaio, a Abiec está pedindo ao Ministério da Agricultura que reitere as garantias sanitárias dadas aos russos na época das visitas das autoridades do país e brigue por uma reversão da decisão o mais breve possível.

"A Rússia já avisou que independentemente de estar na Organização Mundial de Comércio (OMC) vai continuar usando as suas regras de comércio. O Brasil é quem tem de mostrar a equivalência nesse assunto", enfatizou.





Para aprofundar:






sábado, 26 de outubro de 2013

O uso abusivo de agrotóxicos frente ao direito do consumidor

 
Aluer Baptista Freire Júnior, Jarbas de Sá Viana Filho (*)
Resumo: O presente trabalho tem por objetivo analisar o controle da aplicação indiscriminada de agrotóxicos nos produtos agrícolas em face ao direito do consumidor. A falta de interesse, motivada por questões econômicas e políticas, está nos levando a um quadro extremamente preocupante, quanto à qualidade de produtos consumidos e a saúde dos consumidores, produtores e trabalhadores rurais e a conservação do Meio Ambiente. Dessa forma se faz necessário observar as normas consumeristas para que o destinatário final do produto tenha consciência daquilo que esta adquirindo e o possível risco a saúde que poderá ocorrer em virtude da ingestão de produtos em que foram utilizados agrotóxicos durante todo procedimento de cultivo.

Palavras Chaves: Agrotóxico – Consumidor – Qualidade – Trabalhador rural – Meio ambiente

Abstract: This study aims to analyze the control of the indiscriminate application of pesticides in agricultural products in the face of consumer law. The lack of interest, motivated by economic and political issues, is leading us to an extremely worrying about the quality of products consumed and the health of consumers, farmers and rural workers and preserving the environment. Thus it is necessary to observe the rules consumeristas to the final recipient of the product to be aware of what this acquiring and possible health risks that may occur due to the ingestion of pesticides that were used throughout the procedure of cultivation.

Keywords: pesticides–consumer – quality– ruralworker– environment

1.O USO DE AGROTÓXICOS NO BRASIL
O tema é extremamente preocupante e polêmico, pois não só envolve o risco a saúde de consumidores, produtores e trabalhadores rurais, como também questões de interesse econômico nacional e global. O mercado de defensivos agrícolas de grandes multinacionais, entre elas “Bayer, Basf, Syngenta e Monsanto” e outras questões não menos importantes como as de natureza do consumo e da conservação ambiental.

Antes de iniciarmos o debate, conceituaremos agrotóxicos. Sob o foco da Lei Federal de nº 7.802/89, é possível conceituá-los como sendo:


10 anos de transgênicos no Brasil - um balanço crítico e alternativas



Cerca de 80 pessoas de diferentes países das Américas, Ásia e Europa estiveram reunidas esta semana em Curitiba para fazer um balanço dos impactos dos 10 nos da legalização dos transgênicos no Brasil. Ao final do encontro propuseram uma série de alternativas e ações conjuntas e saíram com uma rede ampliada e fortalecida.

O consenso geral da análise é que não se cumpriram as promessas de que a adoção dos transgênicos aumentaria a oferta de alimentos, a geração de plantas mais produtivas e reduziria o uso de agrotóxicos. Pelo contrário, no período de expansão dos transgênicos aumentou no mundo o número de desnutrido e mal nutridos, bem como disparou o uso de agrotóxicos. E o universo de novidades que seria aberto pela transgenia ficou limitado a plantas resistentes a banhos de herbicidas e plantas que produzem seu próprio inseticida. Do ponto de vista da saúde já foi comprovado que essas toxinas chamadas de Bt chegam na corrente sanguínea humana e aceleram o desenvolvimento de tumores. No campo, a adoção em escala das plantas Bt, casada com falhas da tecnologia, tem levado ao desenvolvimento de pragas resistentes e ao surgimento de novas pragas, como se vê hoje no prejuízo bilionário nas plantações de algodão na Bahia.

O principal herbicida usado nas plantações transgênicas, o glifosato/Roundup, é classificado como sendo de baixa toxicidade, mas estudos mostram que o produto bloqueia os mecanismos de reparação do DNA e o ciclo celular do desenvolvimento embrionário e induz teratogênese durante o desenvolvimento de invertebrados. O veneno ainda aumenta a chance de aborto espontâneo. Na região do Chaco argentino, por exemplo, intensiva em produção de soja transgênica, aumentaram em 400% nos últimos 10 anos os casos de malformações neonatais.

Discutiu-se ainda que a crise dos alimentos desencadeada nos últimos anos alimenta um “discurso da escassez”, que, alega-se, só poderia ser aliviada pela expansão do agronegócio. O fato cria argumento para que o setor agroexportador justifique a necessidade por mais e mais áreas, expansão da fronteira, mudança do código florestal e assim por diante. A necessidade por mais alimentos não pode ser automaticamente associada à necessidade de aumento da produção, haja visto os alarmantes índices de desperdício de alimentos recentemente anunciados. Mas a essa discussão associa-se ainda o crescimento da população humana e o papel que países como Brasil, Argentina e outros cumprem no abastecimento da China com matérias primas, entre elas a soja, levando essas economias a um estágio de “reprimarização”.

O avanço dessa técnica é puxado não pelo desenvolvimento de suas bases científicas, mas sim pelas necessidades e possibilidades que a própria técnica apresenta ou mais especificamente, pelas necessidades que o mercado coloca. Hoje, milhões de hectares no Brasil estão cobertos por sementes transgênicas e é cada vez mais difícil achar no mercado um produto à base de milho que não seja transgênico, mesmo assim, muito pouco se sabe sobre o que realmente essas modificações genéticas acarretam na planta e menos ainda sobre como ter controle sobre os efeitos desse embaralhamento genético. A situação é agravada pelo fato de que técnicos do setor estão nos órgãos de regulação da tecnologia. Não por acaso a CTNBio acaba de recusar a realização de uma audiência pública para discutir os efeitos da liberação de soja e milho resistentes ao herbicida 2,4-D, produto sabidamente cancerígeno. Aliás, esse produto está na pauta exatamente porque a soja Roundup Ready da Monsanto já não funciona mais como antes e deixou para trás um número crescente de espécies de mato que não são mais controlados pelo químico. No rastro do 2,4-D vêm plantas para uso casado com Dicamba, glufosianto de amônio, imidazolinonas e outros.

Para além de promover a venda de agrotóxicos para soja, milho e algodão, a transgenia vem também buscando modificar outras espécies, como cana, sorgo, eucalipto, laranja e também mosquitos Aedes. Novas técnicas se apresentam, como a biologia sintética, que fabrica seus próprios componentes do DNA que quer manipular, mas segue desimpedida de qualquer forma de avaliação de risco ou regulação.

Por outro lado, cresce a consciência de que não só é necessário, como também possível, apoiar outras formas de se produzir alimentos mais saudáveis e que não destruam o meio ambiente. O exemplo mais recente vem da publicação do Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica, lançado no último dia 17 pela presidenta Dilma e vários de seus ministros. Resta agora o desafio de tirá-lo do papel e fazer com que suas propostas e recursos irriguem por todo o país a agroecologia e a agricultura orgânica. Se isso acontecer, em 10 anos se poderá fazer um balanço com resultados bem diferentes daquele feito para essa década com investimentos em transgênicos.


Veja também:


quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Conab aponta aumento de 345% no uso de agrotóxicos nos últimos 12 anos


Foto: O AUMENTO EXPRESSIVO DO USO DE AGROTÓXICOS É UM DOS PRINCIPAIS RESULTADOS DA LIBERAÇÃO DOS TRANSGÊNICOS NO BRASIL

Pesquisa apresentada pelo representante da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, Asdrúbal de Carvalho Jacobina, durante o Seminário Internacional “10 anos de Transgênicos no Brasil”, aponta que o uso de agrotóxicos cresceu 345% na agricultura brasileira nos últimos 12 anos.

Em todas as localidade pesquisadas pela Conab o número de aplicações de agrotóxicos subiu em média 10% em cada plantio, passando de 22,2 para 24,5 aplicações. A monocultura de soja transgênica está entre as quais houve maior crescimento de aplicações de agrotóxicos, em média 18%. O uso de fungicidas cresceu 80% e de herbicida entorno de 100% no número de aplicações.

O maior consumo de venenos resultou diretamente no custo de produção. Segundo Asdrúbal de Carvalho, o custo dos agrotóxicos no cultivo de algodão transgênico subiu 14,8%, número agravado pelo fato do plantio transgênico de algodão significar quase 100% do cultivo da planta no Brasil. No caso da soja transgênica, o custo do veneno cresceu 25,2%.

Segundo Carvalho, a promessa de menor uso de agrotóxicos com o uso das sementes transgênicos não se concretizou. Há casos em que agricultores foram à justiça contra as empresas produtoras das sementes pelo aparecimento de pragas, e, por consequência, baixa produtividade.
http://terradedireitos.org.br/biblioteca/conab-aponta-aumento-de-345-do-uso-de-agrotoxicos-nos-ultimos-12-anos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=conab-aponta-aumento-de-345-do-uso-de-agrotoxicos-nos-ultimos-12-anos

Por Ednubia Ghisi, da Terra de Direitos

O aumento expressivo do uso de agrotóxicos é um dos principais resultados da liberação dos transgênicos no Brasil. Pesquisa apresentada pelo representante da Companhia Nacional de Abastecimento – Conab, Asdrúbal de Carvalho Jacobina, durante o Seminário Internacional “10 anos de Transgênicos no Brasil”, aponta que o uso de agrotóxicos cresceu 345% na agricultura brasileira nos últimos 12 anos.

Em todas as localidade pesquisadas pela Conab o número de aplicações de agrotóxicos subiu em média 10% em cada plantio, passando de 22,2 para 24,5 aplicações. A monocultura de soja transgênica está entre as quais houve maior crescimento de aplicações de agrotóxicos, em média 18%. O uso de fungicidas cresceu 80% e de herbicida entorno de 100% no número de aplicações.

O maior consumo de venenos resultou diretamente no custo de produção. Segundo Asdrúbal de Carvalho, o custo dos agrotóxicos no cultivo de algodão transgênico subiu 14,8%, número agravado pelo fato do plantio transgênico de algodão significar quase 100% do cultivo da planta no Brasil. No caso da soja transgênica, o custo do veneno cresceu 25,2%.

Segundo Carvalho, a promessa de menor uso de agrotóxicos com o uso das sementes transgênicos não se concretizou. Há casos em que agricultores foram à justiça contra as empresas produtoras das sementes pelo aparecimento de pragas, e, por consequência, baixa produtividade.

Fonte: http://terradedireitos.org.br/biblioteca/conab-aponta-aumento-de-345-do-uso-de-agrotoxicos-nos-ultimos-12-anos/?utm_source=rss&utm_medium=rss&utm_campaign=conab-aponta-aumento-de-345-do-uso-de-agrotoxicos-nos-ultimos-12-anos

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

México suspende plantações de milho transgênico

Para Carlo Petrini, o cultivo do milho transgênico é “extremamente prejudicial para os pequenos agricultores locais, para as variedades tradicionais, para a saúde do meio ambiente e das pessoas, além da economia rural” (Foto: Divulgação/Sin Maíz No Hay País)


Em resposta à ação coletiva, tribunal federal ordena suspensão de autorizações para empresas como Monsanto, Pioneer o Syngenta

Da Redação

As organizações da sociedade civil mexicanas comemoram o que consideram uma primeira vitória na luta contra os transgênicos. O tribunal federal distrital para questões civis da Cidade do México emitiu uma medida cautelar para suspender as autorizações existentes ou pendentes para o uso de milho geneticamente modificado. “O milho transgênico representa um risco iminente de dano para o meio ambiente”, afirmou o juiz federal Jaime Eduardo Verdugo, em sua decisão do dia 10 de outubro.

A medida é endereçada ao Ministério da Agricultura (Sagarpa) e ao Ministério do Meio Ambiente (Semarnat), os órgãos federais competentes. De acordo com a decisão, “todas as atividades relacionadas com o plantio de milho transgênico no país devem ser suspensas”. A decisão do juiz é uma resposta a uma ação coletiva de cidadãos, agricultores, camponeses, populações indígenas, advogados, cientistas e ativistas, apresentada em 5 de junho, que lutam para defender a cultura mais representativa do México e base da alimentação tradicional – o milho.

“Essa ação sintetiza o que temos defendido há 15 anos: a proteção do milho como alimento básico dos mexicanos, assim como a preservação do nosso país livre de transgênicos, já que é o reservatório genético desse cereal, fundamental para a humanidade e o principal produtor mundial na atualidade”, disse Adelita San Vicente, representante da Fundação Semillas de Vida A.C, que apoia a campanha “Sin Maíz No Hay País” (Sem milho, não há país).

“As culturas transgênicas exigem grandes extensões de terra, monoculturas e, especialmente, enorme capital, sem contar que precisam de um uso constante de agrotóxicos”, explica Carlo Petrini, presidente do Slow Food, que tem diversos representantes no México entre os signatários da ação coletiva. “Falamos, portanto, de uma agricultura filha da era industrial, que com o tempo demonstrou ser extremamente prejudicial para os pequenos agricultores locais, para as variedades tradicionais, para a saúde do meio ambiente e das pessoas, além da economia rural. Por isso, a decisão tomada pelo tribunal federal pode ser comemorada como uma vitória para a incrível biodiversidade deste país e de quem luta para preservá-la”, afirma Petrini.

Fonte: Revista Forum



domingo, 20 de outubro de 2013

Presidenta lança Brasil Agroecológico que investirá R$ 8,8 bilhões durante três anos

A presidenta Dilma Rousseff lançou, nesta quinta-feira (17/10), o Plano Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica - Brasil Agroecológico, que investirá R$ 8,8 bilhões em três anos. O anúncio foi feito durante a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, no complexo Brasil XXI, em Brasília. Durante o evento, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, anunciou que o governo vai publicar 100 decretos de desapropriação de terras para a reforma agrária até o dia 31 de dezembro.
17.10.2013 - Presidenta lança Brasil Agroecológico que investirá R$ 8,8 bilhões durante três anos
17.10.2013 - Presidenta lança Brasil Agroecológico que investirá R$ 8,8 bilhões durante três anos
Foto: Roberto Stuckert Filho/PR

“O Planapo é muito bom porque é fruto do trabalho de todos vocês”, afirmou Dilma, referindo-se aos participantes da Conferência. "É possível um país crescer, que esse país que cresce distribua renda e inclua, e seja um país que conserva e protege o meio ambiente. É possível produzir com qualidade alimentos orgânicos da agroecologia”, defendeu a presidenta. O decreto criando o Planapo foi assinado em 20 de agosto de 2012, durante a Rio + 20. São 14 metas distribuídas em quatro eixos estratégicos: produção, uso e conservação de recursos naturais, conhecimento e comercialização e consumo.

O Brasil Agroecológico é uma construção coletiva, elaborada por membros da Câmara Interministerial de Agroecologia e Produção Orgânica (Ciapo) e da Comissão Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (CNAPO). O Plano foi aprovada em junho deste ano, em reunião coordenada pelos ministros da Secretaria-Geral da Presidência da República (SG-PR), Gilberto Carvalho; do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas; e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira.

Veja o vídeo apresentado durante o lançamento



Dos R$ 8,8 bilhões investidos no programa, R$ 7 bilhões serão disponibilizados via crédito agrícola por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e do Plano Agrícola e Pecuário. O valor de R$ 1,8 bilhão será destinado para ações específicas, como qualificação e promoção de assistência técnica e extensão rural, desenvolvimento e inovações tecnológicas , além da ampliação do acesso a mercados institucionais, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).


sábado, 19 de outubro de 2013

Vitamina D - Por uma outra terapia (p/ a esclerose múltipla)



Mais informações:

vitaminadporumaoutraterapia.wordpress.co­m

e no Facebook, https://www.facebook.com/groups/52862...

CONTATOS DOS MÉDICOS: http://vitaminadporumaoutraterapia.wo...

Email para contato: vitaminadporumaoutraterapia@gmail.com

O filme "Vitamina D -- Por uma outra terapia", produzido entre 2011 e 2012, conta a história de seis portadores de doenças autoimunitárias (a maioria com esclerose múltipla) que tiveram suas vidas transformadas por um tratamento à base de vitamina D.

Com direção de Daniel Cunha, jornalista, portador de esclerose múltipla e beneficiário do mesmo tratamento, o documentário surgiu da necessidade de compartilhar esse conhecimento com outros portadores, seus familiares e conhecidos, profissionais da saúde, estudantes de medicina e interessados em geral.

Créditos:

Direção e montagem: Daniel Cunha
Produção e direção de arte: Tunay Canepari
Fotografia e câmeras: Luiz Pires
Locução: Geraldo Barreto
Ilustração: Catarina Bessell
Trilha sonora original: Emiliano Cosacov
Correção de cor: Alexandre Cristófaro
Edição de áudio: Guilherme Vorhaas

Imagens Surf: Joyce Grisotto
Imagens Estúdio: Pablo Moreno (Estúdio 12x8)


Veja Também:


quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Pesquisadora alerta sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde e na alimentação

Pesquisadora coordenou um estudo sobre a contaminação das águas por agrotóxicos em comunidades do Ceará atingidas pelo agronegócio. 

Gleiceani Nogueira - Asacom

Pesquisadora coordenou um estudo sobre a contaminação das águas por agrotóxicos em comunidades do Ceará atingidas pelo agronegócio. Não dá pra falar de alimentação sem associar à qualidade dos alimentos que consumimos. Nesse quesito, os brasileiros estão sofrendo uma grave ameaça devido a grande ingestão de alimentos contaminados por agrotóxicos. Uma pesquisa feita pela Anvisa em 2011, nos 26 estados da Federação, relevou que 63% das amostras analisadas estavam contaminadas por agrotóxicos, sendo que 28% apresentaram ingredientes ativos não autorizados para aquele cultivo e/ou ultrapassaram os limites máximos de resíduos considerados aceitáveis. No topo da lista estão o pimentão (91,8%), o morango (63,4%), o pepino (57,4%), a alface (54,2%) e a cenoura (49,6%), além de outras culturas.

Para alertar o Estado e a sociedade do impacto do uso de agrotóxicos, que vem crescendo a cada ano, sobre a saúde pública e a segurança alimentar e nutricional da população, a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) lançou em 2012 o dossiê “Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na Saúde”, que está divido em três partes. Por ocasião do Dia Mundial da Alimentação, celebrado nesta quarta-feira (16/10), achamos pertinente divulgar esse documento com o objetivo de contribuir com a divulgação de informações que ajudem a população a conhecer melhor o assunto e poder fazer escolhas conscientes de consumo.
Quem comenta o dossiê é a médica, pesquisadora e integrante da Abrasco e da Rede de Justiça Ambiental, Raquel Rigotto. Na entrevista concedida à jornalista da Assessoria de Comunicação da ASA (Asacom), Gleiceani Nogueira, a pesquisadora responde a questões da parte 1 do dossiê intitulado “Agrotóxicos, Segurança Alimentar e Nutricional e Saúde”. Ela explica o motivo do crescimento do uso de agrotóxicos na agricultura, fala dos riscos à saúde e do papel das políticas públicas. Além disso, ela fala de um estudo sobre a contaminação das águas por agrotóxicos em comunidades da Chapada do Apodi do lado do Ceará afetadas pelo agronegócio e dá dicas de como ter uma alimentação mais saudável e se prevenir dos riscos dos agrotóxicos. Confira!

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A cidade que já recebeu 18 milhões de mosquitos transgênicos

Com a promessa de reduzir a dengue, biofábrica de insetos transgênicos já soltou 18 milhões de mosquitos Aedes aegypti no interior da Bahia. Leia a história e veja o vídeo.

Fonte: PÚBLICA






No começo da noite de uma quinta-feira de setembro, a rodoviária de Juazeiro da Bahia era o retrato da desolação. No saguão mal iluminado, funcionavam um box cuja especialidade é caldo de carne, uma lanchonete de balcão comprido, ornado por salgados, biscoitos e batata chips, e um único guichê – com perturbadoras nuvens de mosquitos sobre as cabeças de quem aguardava para comprar passagens para pequenas cidades ou capitais nordestinas.

Assentada à beira do rio São Francisco, na fronteira entre Pernambuco e Bahia, Juazeiro já foi uma cidade cortada por córregos, afluentes de um dos maiores rios do país. Hoje, tem mais de 200 mil habitantes, compõe o maior aglomerado urbano do semiárido nordestino ao lado de Petrolina – com a qual soma meio milhão de pessoas – e é infestada por muriçocas (ou pernilongos, se preferir). Os cursos de água que drenavam pequenas nascentes viraram esgotos a céu aberto, extensos criadouros do inseto, tradicionalmente combatidos com inseticida e raquete elétrica, ou janelas fechadas com ar condicionado para os mais endinheirados.

Mas os moradores de Juazeiro não espantam só muriçocas nesse início de primavera. A cidade é o centro de testes de uma nova técnica científica que utiliza Aedes aegypti transgênicos para combater a dengue, doença transmitida pela espécie. Desenvolvido pela empresa britânica de biotecnologia Oxitec, o método consiste basicamente na inserção de um gene letal nos mosquitos machos que, liberados em grande quantidade no meio ambiente, copulam com as fêmeas selvagens e geram uma cria programada para morrer. Assim, se o experimento funcionar, a morte prematura das larvas reduz progressivamente a população de mosquitos dessa espécie.

A técnica é a mais nova arma para combater uma doença que não só resiste como avança sobre os métodos até então empregados em seu controle. A Organização Mundial de Saúde estima que possam haver de 50 a 100 milhões de casos de dengue por ano no mundo. No Brasil, a doença é endêmica, com epidemias anuais em várias cidades, principalmente nas grandes capitais. Em 2012, somente entre os dias 1º de janeiro e 16 de fevereiro, foram registrados mais de 70 mil casos no país. Em 2013, no mesmo período, o número praticamente triplicou, passou para 204 mil casos. Este ano, até agora, 400 pessoas já morreram de dengue no Brasil.
Rapaz solta mosquitos transgênicos em Mandacaru

Em Juazeiro, o método de patente britânica é testado pela organização social Moscamed, que reproduz e libera ao ar livre os mosquitos transgênicos desde 2011. Na biofábrica montada no município e que tem capacidade para produzir até 4 milhões de mosquitos por semana, toda cadeia produtiva do inseto transgênico é realizada – exceção feita à modificação genética propriamente dita, executada nos laboratórios da Oxitec, em Oxford. Larvas transgênicas foram importadas pela Moscamed e passaram a ser reproduzidas nos laboratórios da instituição.

Os testes desde o início são financiados pela Secretaria da Saúde da Bahia – com o apoio institucional da secretaria de Juazeiro – e no último mês de julho se estenderam ao município de Jacobina, na extremidade norte da Chapada Diamantina. Na cidade serrana de aproximadamente 80 mil habitantes, a Moscamed põe à prova a capacidade da técnica de “suprimir” (a palavra usada pelos cientistas para exterminar toda a população de mosquitos) o Aedes aegypti em toda uma cidade, já que em Juazeiro a estratégia se mostrou eficaz, mas limitada por enquanto a dois bairros.

“Os resultados de 2011 e 2012 mostraram que [a técnica] realmente funcionava bem. E a convite e financiados pelo Governo do Estado da Bahia resolvemos avançar e irmos pra Jacobina. Agora não mais como piloto, mas fazendo um teste pra realmente eliminar a população [de mosquitos]”, fala Aldo Malavasi, professor aposentado do Departamento de Genética do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e atual presidente da Moscamed. A USP também integra o projeto.

Malavasi trabalha na região desde 2006, quando a Moscamed foi criada para combater uma praga agrícola, a mosca-das-frutas, com técnica parecida – a Técnica do Inseto Estéril. A lógica é a mesma: produzir insetos estéreis para copular com as fêmeas selvagens e assim reduzir gradativamente essa população. A diferença está na forma como estes insetos são esterilizados. Ao invés de modificação genética, radiação. A TIE é usada largamente desde a década de 1970, principalmente em espécies consideradas ameaças à agricultura. O problema é que até agora a tecnologia não se adequava a mosquitos como o Aedes aegypti, que não resistiam de forma satisfatória à radiação.

Entenda a transgenia


sábado, 12 de outubro de 2013

Pesticidas e Doenças Hematológicas e Oncológicas das Crianças



Seminário: Os Agrotóxicos, seus Impactos na Saúde e as Alternativas Agroecológicas no Município de São Paulo, 15/04/13. Ação da Frente Parlamentar Pela Sustentabilidade da Câmara em parceria com a Campanha e movimentos sociais paulistanos que buscam o cultivo pela Vida. (Direção de Fotografia e Edição de Betina Schmid, membro da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida).


Veja também:

Programa De Frente Com Gabi - OS PESTICIDAS COMO FATOR DE RISCO PARA A CARCINOGÊNESE.

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Criança - A alma do negócio



Este documentário reflete sobre estas questões e mostra como no Brasil a criança se tornou a alma do negócio para a publicidade. A indústria descobriu que é mais fácil convencer uma criança do que umn adulto, então, as crianças são bombardeadas por propagandas que estimulam o consumo e que falam  diretamente com elas. O resultado disso é devastador: crianças que, aos cinco anos, já vão à escola totalmente maquiadas e deixaram de brincar de correr por causa de seus saltos altos; que sabem as marcas de todos os celulares mas não sabem o que é uma minhoca; que reconhecem as marcas de todos os salgadinhos mas não sabem os nomes de frutas e legumes. Num jogo desigual e desumano, os anunciantes ficam com o lucro enquanto as crianças arcam com o prejuízo de sua infância encurtada. Contundente, ousado e real este documentário escancara a perplexidade deste cenário, convidando você a refletir sobre seu papel dentro dele e sobre o futuro da infância.


Veja também:

Consuming Kids, a Comercialização da Infância", trata de como as grandes corporações utilizam-se da infância para gerar lucros gigantescos, vendendo todo o tipo de produtos, muitas vezes, de forma desonesta, desumana e pouco ética, tornando-as vulneráveis na idade mais delicada de suas vidas. Cada vez mais os brinquedos representam personagens de TV, reduzindo o poder de imaginação, deixando as crianças menos criativas. Cada vez mais substitui-se a brincadeira de rua pela tela de TV ou computador. Com isso as crianças estão tornando-se mais obesas e menos atentas. O número de casos de disfunção bipolar infantil é 4 vezes maior que há 30 anos atrás, sem falar em outras doenças crescendo assustadoramente nessa faixa etária como diabetes, depressão, hipertensão. Os comerciais de Fast-food, brinquedos, roupas, até mesmo automóveis para os pais são feitos utilizando-se de profissionais como psicólogos e antropólogos, desviando o ciência para uma única direção: o lucro.

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Transgênicos: Ministério Público pede à CTNBio que suspenda liberações

Fonte da imagem: http://cabruuum.blogspot.com.br/2006/10/o-cabruum-serve-se-de-transgnicos-em.html

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) enviou oficio à Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) solicitando que sejam suspensas as deliberações sobre liberação de sementes transgênicas resistentes a agrotóxicos. O MPF/DF pede a suspensão "até que sejam realizadas audiências públicas e estudos conclusivos sobre o impacto da medida para o meio ambiente e a saúde humana".

O MPF/DF, ao justificar a iniciativa, cita informações do Grupo de Estudos de Agrobiodiversidade do Ministério do Desenvolvimento Agrário (GEA/MDA), segundo as quais "a liberação de organismos geneticamente modificados (OGMs) resistentes a agrotóxicos funciona como fator multiplicador do consumo de agrotóxico no Brasil". O argumento é que as vantagens competitivas das sementes transgênicas sobre as naturais, por causa da maior tolerância aos herbicidas, as tornam mais lucrativas e preferidas pelos grandes produtores.


quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Denúncias - Dr. Rosinha: Agronegócio vence batalha para colocar mais veneno na mesa

Mais venenos para o Brasil


por Dr. Rosinha*

Semana passada, o povo brasileiro sofreu mais uma derrota na Câmara dos Deputados. Pode-se dizer que, de maneira sorrateira, os ruralistas — usando de criatividade e em parceria com outros setores do parlamento e do governo federal — facilitaram mais um avanço ao uso de insumos químicos (venenos) no Brasil.

Quem saiu vitorioso foi o agronegócio e a estreita relação com as empresas multinacionais (financiadoras de campanhas), que movimentam bilhões de reais por ano e que dão ao nosso país o imperioso título de maior consumidor de agrotóxicos do planeta.

Cansados, como eles afirmam, de se submeter aos procedimentos adotados pela ANVISA, IBAMA e Ministério da Agricultura (MAPA), que regulam e normatizam a produção, uso, comercialização e importação de agrotóxicos no Brasil, passaram a construir uma nova estratégia.

Na noite, quase sempre à noite, do dia 25 de setembro de 2013 foi votada e aprovada a Lei de Conversão (nº25/2013) da Medida Provisória 619/2013, que vai agora para o Senado Federal. No projeto, foram introduzidos três artigos, os de nº 52, 53 e 54, que tratam de agrotóxicos.