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segunda-feira, 28 de novembro de 2011

DESABAFO DE UM PRODUTOR - TRANSGÊNICOS


 


Publicado originalmente em : http://aspta.org.br/campanha/boletim-565-26-de-novembro-de-2011/                    

Car@s Amig@s,
Abaixo vocês lerão carta que nos enviou um agricultor do oeste do Paraná, que se sente “encurralado” por querer manter-se fora do sistema imposto pelas empresas de transgênicos e seguir produzindo suas próprias sementes.
A família dos Guerini voltou do Paraguai em 2001 após alguns anos de agricultura convencional nas terras que lá estavam sendo “desbravadas”. Decidiram manter-se na agricultura porque é a atividade que amam e o que sabem fazer. Para isso buscaram uma área vizinha ao Parque Nacional do Iguaçu tendo em mente um projeto de agricultura orgânica. Mas por diversos motivos a ideia acabou não se viabilizando como planejado. A zona de amortecimento de impacto no entorno de unidades de conservação caiu de 10 km para 500 metros para o plantio de soja transgênica.
As sementes convencionais registradas eram compradas e plantadas como convencionais, mas já vinham contaminadas. O produtor prejudicado ainda corria o risco de ser penalizado por ter plantado sementes transgênicas na margem do parque e sem pagar o royalty cobrado pelas empresas. “As sementeiras não sofrem nenhuma penalização por vender sementes contaminadas, o agricultor sim”, denuncia.


Desabafo de um agricultor
Encurralar: meter em curral, encantoar em local sem saída, sem opção de escolha, perda da liberdade… é assim que está o agricultor que não deseja aderir ao plantio de organismos geneticamente modificados, no meu caso a soja e o milho.
Gostaria que me permitissem um desabafo.
A agricultura, atividade milenar que fixou o homem tirando-o do nomadismo, criou a possibilidade da civilização se desenvolver, é a pedra angular na produção de alimentos para a humanidade. Hoje é uma atividade controlada.
A produção de alimentos é entendida, ou pelo menos deveria ser entendida pelos governantes de um país, como um ponto estratégico, segurança alimentar.
A nação que se auto sustenta na produção de alimentos tem uma vantagem óbvia em relação às que não forem capazes. Mas, pelo que tudo indica, nossos governantes (eu me refiro em especial aos parlamentares, congressistas que compõem a bancada ruralista) não estão dando importância para auto sustentabilidade e segurança alimentar da nação. Se eu pudesse gostaria de fazer algumas perguntas a esses parlamentares que me referi acima:
Por que depender de uma tecnologia criada por um concorrente que tem por principal objetivo o controle sobre as sementes e os agricultores e o controle sobre a produção de alimentos no mundo?
Por que deixar corporações estrangeiras ditarem as regras de um setor tão importante?
Será que com todos os cientistas e mentes brilhantes que temos aqui no Brasil não seria possível encontrar uma outra solução para os problemas enfrentados pela agricultura além dessa proposta dos organismos geneticamente modificados?
Do agricultor foram tirados todos os direitos básicos elementares de optar por um ou por outro sistema de produção, de poder guardar as suas sementes, a liberdade de escolha.
Além do agricultor ter que arcar com o risco das intempéries, das mudanças climáticas e de toda má sorte que pode ocorrer desde o plantio até a colheita, ele é jogado no covil desses leões famintos que são essas mega corporações que estão nos empurrando para um brete sem saída. E o pior, com o aval de quem deveria nos proteger.
Quem deveria nos proteger são os representantes do setor agrícola no congresso. Criando leis, mecanismos que impeçam essas corporações de fazer o que bem entendem, de fazer com que o agricultor fique cada vez mais dependente, mais endividado, mais impotente, mais desesperado, mais sem saída.
Afinal, bancada ruralista, a quem vocês estão representando mesmo?
Grato pela atenção,
Silvio Guerini”

sábado, 26 de novembro de 2011

ORGANAFOSFORADO E DEPRESSÃO - 2


Ednal Sebastião Teixeira – Psicólogo e professor da UTFPR – desenvolveu um estudo que mostra  o índice de suicídio em região onde há grande atividades agrícolas.


O professor afirma que há uma relação segura entre  organofosforado e depressão e depressão e suicídio.



Rudmar Luis Pereira dos Santos Técnico da SEAB/DEFIS coloca:

È necessário que a assistência oficial do estado  intervenha nesse processo e eduque o produto e resgate  a importância do manejo integrado de pragas para que efetivamente haja uma redução substancial de pragas principalmente na cultura da soja.

A reportagem denúncia que normalmente o profissional que receita o agrotóxico esta vinculada a revenda e por isto não existe interesse comercial que o agricultor utilize menos veneno.

Assista a reportagem:

Para aprofundar:
DEPRESSÃO, SUICÍDIOS E USO DE ORGANOFOSFORADO-1

Para saber mais:

Uso de agrotóxicos no Brasil


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Agrotóxico: os 10 alimentos mais perigosos


Um estudo divulgado esse ano pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) colocou esses alimentos entre os mais perigosos para o consumo, por terem grande chance de sofrer contaminação excessiva ou uso errôneo de agrotóxicos. Aqui está, em ordem do mais perigoso para o menos, a lista dos top 10: pimentão (80,0%), uva (56,40%), pepino (54,80%), morango (50,80%), couve (44,20%), abacaxi (44,10%), mamão (38,80%), alface (38,40%), tomate (32,60%) e beterraba (32,00%).

Da ANVISA, sobre os resultados do relatório:
…chama a atenção a grande quantidade de amostras de pepino e pimentão contaminadas com endossulfan, de cebola e cenoura contaminados com acefato e pimentão, tomate, alface e cebola contaminados com metamidofós.
  Além de serem proibidas em vários países do mundo, essas três substâncias já começaram a ser reavaliadas pela Anvisa e tiveram indicação de banimento do Brasil. De acordo com Dirceu Barbano, diretor da Anvisa, “são ingredientes ativos com elevado grau de toxicidade aguda comprovada e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer”. (grifo nosso)
A tabela a seguir mostra os resultados da pesquisa, que analisou amostras de 20 tipos de vegetais. Em 15 delas, encontrou agrotóxicos usados de forma irregular. A 1ª coluna mostra o número de amostras analisadas por alimento. Em seguida, na coluna ‘Não autorizados para cultura’, aparece o número absoluto e percentual das amostras onde aparece o uso irregular de agrotóxicos. No mesmo formato, a 3ª coluna ‘Acima do limite máximo de resíduo’ destaca as amostras que continham quantidades de agrotóxicos permitidos, mas além dos limites seguros. A 4ª coluna mostra a intersecção das amostras que se encaixam nas duas categorias. E, finalmente, a última coluna, mostra a chance de contaminação do alimento de acordo com a soma das modalidades anteriores. Os 5 alimentos que têm chance de contaminação abaixo de 10% estão marcados em verde água (de novo, o colorido é nosso). É um panorama nada animador, pois essa lista contém boa parte dos vegetais que, até mesmo por razões de saúde, somos incentivados a consumir.

A alternativa eficaz para evitar pesticidas é consumir orgânicos. Mas nem sempre isso é possível – já que esses vegetais costumam ser mais caros e não são encontrados em quantidade suficiente em todas as cidades. Por isso, uma solução intermediária é tentar eliminar os resíduos de agrotóxicos, quando possível. A nutricionista Cláudia Cardim, coordenadora do curso de nutrição da Universidade Veiga de Almeida, no Rio de Janeiro, dá as dicas para isso.
·                       No caso de alimentos de origem animal (que podem ter sido contaminados pelos agrotóxicos pela água ou pela comida), retire a gordura aparente, pois algumas dessas substâncias são armazenadas no tecido gorduroso
·                       Lave frutas e verduras em água corrente por pelo menos um minuto, esfregando com uma esponja ou escova
·                       Tire as folhas externas das verduras e descasque as frutas, pois essas partes concentram mais agrotóxico
·                       Diversifique os vegetais consumidos no dia a dia, pois isso reduz a ingestão de quantidades maiores de um mesmo agrotóxico
·                       Como alguns pesticidas podem ser utilizados na fase final da maturação do alimento, reduza o risco comprando frutas e legumes mais verdes, e espere alguns dias antes de consumi-los.
 – 26 DE OUTUBRO DE 2011


Entenda o projeto do novo código

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Fonte:http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/11/comissao-do-senado-conclui-votacao-do-codigo-florestal.html

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Agrotóxicos causa transtornos em crianças

Saiba o resultado de uma pesquisa  feita nos EUA sobre os agrotóxicos e seus efeitos no comportamento das crianças.



Para saber mais:

Em 2010, a Academia Americana de Pediatria fez uma pesquisa com 1.100 crianças e constatou que as 119 que apresentaram transtorno de déficit de atenção tinham resíduo de organofosforado (molécula usada em agrotóxicos) na urina acima da média de outras crianças.


 Depressão, suicídios e agrotóxicos organofosforado - 1
http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/2011/11/depressao-suicidios-e-agrotoxicos.html

ORGANAFOSFORADO E DEPRESSÃO - 2
http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/2011/11/organafosforado-e-depressao-2.html

 Regiões agrícolas com forte uso de agrotóxicos têm mais suicídios e mortes por câncer
http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/2012/06/regioes-agricolas-com-forte-uso-de.html

Bisfenol A pode prejudicar o cérebro de recém nascidos
http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/2011/11/o-tao-do-consumo-bisfenol-pode.html

Bisfenol A pode prejudicar o cérebro de recém nascidos


 
Segundo pesquisa realizada na Suécia, substância encontradas na embalagens de plástico e latas pode também levar adultos a hiperatividade

Pesquisa na Suécia revela que ratos recém nascidos expostos ao Bisfenol A (BPA) apresentaram alterações no comportamento espontâneo e uma menor capacidade de se adaptarem a novos ambientes. Na fase adulta eles se tornaram hiperativos.


O bisfenol A é um polímero sintético utilizado na fabricação de certos plásticos e como revestimento interno de latas na forma de resina epóxi. Sua exposição já foi associada a problemas de saúde como diabetes, obesidade, infertilidade e câncer de mama e de próstata.


Ratos com dez dias de vida receberam diferentes doses de BPA e tiveram sua capacidade de adaptação avaliada ao serem transferidos para uma nova gaiola igual a anterior e observados por uma hora.

Em humanos e mamíferos o cérebro tem sua fase mais ativa de desenvolvimento em um período limitado. Em humanos o tempo de desenvolvimento principal é dos sete meses de gestação até os dois primeiros anos de vida. Em ratos o período correspondente é durante terceira ou quarta semana depois do nascimento.

Ratos normais ficam muito ativos nos primeiros 20 minutos ao explorar o novo ambiente. O ritmo cai nos próximos 20 minutos e diminui ainda mais nos últimos 20. O rato então se acalma e dorme.

“Em nossa pesquisa observamos que uma única exposição ao bisfenol A durante um curto tempo crítico do desenvolvimento do cérebro na fase pré natal causou alterações no comportamento espontâneo e uma menor adaptação a novos ambientes, além de hiperatividade entre os ratos jovens. Ao examina-los na fase adulta constatamos que essas alterações persistiram, o que indica que o dano foi permanente,” explicou Henrik Viberg, do Departamento de Biologia em Organismos.
A pesquisa foi publicada na revista científica Toxicology.
Fonte:
O TAO DO CONSUMO » Bisfenol A pode prejudicar o cérebro de recém nascidos: "Bisfenol A pode prejudicar o cérebro de recém nascidos"

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Leia mais sobre o bisfenol-A:
  1. Bisfenol A: exagero ou ameaça real à natureza? (Gazeta do Povo – Paraná)
  2. China proíbe bisfenol A e ameaça infratores com a pena de morte
  3. Massachusets proíbe mamadeiras e copos infantis com bisfenol A
  4. Aprovado projeto que proíbe o uso de Bisfenol A em produtos infantis no Paraná
  5. Projeto que proíbe uso de bisfenol-A em mamadeira é aprovado na Comissão de Direitos Humanos do Senado

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vegetação natural virou pasto em 80% das Áreas de Preservação Permanente (APPs)


Oito de cada dez metros das Áreas de Preservação Permanentes já desmatadas às margens de rios e encostas de morros no País viraram pasto, mostra um retrato recente da ocupação das chamadas APPs, a parte mais estratégica e polêmica da reforma do Código Florestal, em debate no Congresso. Reportagem de Marta Salomon, em O Estado de S.Paulo.
A recuperação das APPs é o maior nó na reta final da negociação da reforma das regras de proteção do ambiente nas propriedades privadas. A tendência das negociações é reduzir ainda mais a exigência de recuperação de áreas ocupadas pelo agronegócio, em nova versão da reforma a ser apresentada amanhã.
Estudo do professor da USP Gerd Sparoveck estima que 550 mil km2 nas APPs às margens de rios e encostas de morros foram desmatadas, de um total de 1,3 milhão de km2 de proteção da vegetação natural exigida pelo Código em vigor. Das áreas já desmatadas, 440 mil km2 são ocupados por pastagens, calcula o estudo. A extensão dos pastos em APPs corresponde a mais de 1,5 vez o território do Estado de São Paulo.
“No melhor dos mundos, haverá a restauração da vegetação natural de 15% das Áreas de Preservação Permanentes desmatadas, não mais do que isso. Na pior dos mundos, nem isso será recuperado”, calcula Sparoveck, cujas estimativas sobre desmatamento das áreas de proteção vêm subsidiando os debates do Código Florestal desde o início dos trabalhos do então relator na Câmara, deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), hoje ministro do Esporte. Os números são usados como referência tanto por ruralistas como por ambientalistas.
Sparoveck sugere um programa de custo reduzido para recuperação das APPs, baseado em investimentos em cercas e bebedouros, sem prejuízo ao tamanho do rebanho, mas que exigiriam maior produtividade da pecuária brasileira.
O estudo indica um porcentual menor de cultivo de grãos e alimentos que poderia ser atingido pela exigência de recuperação das APPs, entre 5% e 32%, nos biomas Amazônia, Cerrado e Mata Atlântica. No Cerrado, 20% das APPs desmatadas são ocupadas pela agricultura.
Acordo. As negociações em curso, no entanto, vão em outra direção. Amanhã, o relator na Comissão de Meio Ambiente, senador Jorge Viana (PT-AC), apresenta uma nova tentativa de acordo, negociado com o relator nas Comissões de Ciência e Tecnologia e Agricultura, senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).
Uma nova leva de concessões ao agronegócio tentará conter a oposição manifestada por líderes ruralistas. Proposta negociada com o governo prevê que proprietários de imóveis de 4 a 15 módulos rurais (de 20 a 1.500 hectares, dependendo do município) também possam escapar da exigência de recuperar APPs, dependendo do aval dos conselhos estaduais de meio ambiente.
A justificativa é beneficiar proprietários rurais que têm seus imóveis localizados quase integralmente nas áreas de proteção às margens de rios mais largos, como o Iguaçu e o São Francisco. O Estado apurou que a ideia é obrigar que proprietários de terras enquadrados nessa situação recuperem pelo menos 20% da vegetação natural em seus imóveis, desde que não estejam localizados no bioma Amazônia. Os benefícios eram previstos inicialmente apenas para pequenos agricultores.
A nova versão de acordo para a votação da reforma do Código trará regras de recuperação das matas ciliares adaptadas à largura dos rios. Até aqui, o texto exigia a recuperação de pelo menos 15 metros às margens dos rios mais estreitos, com até 10 metros de largura. A redação, aprovada pela Câmara, foi questionada no Senado. O governo endossa novas concessões desde que elas se restrinjam a imóveis produtivos e única residência dos proprietários.
A negociação no Congresso também prevê novas concessões para a produção de camarão e de sal em manguezais. Pressionado por setores de seu partido, o senador Luiz Henrique proporá a liberação das atividades instaladas em manguezais até 2010. O governo, por ora, é contra essa nova mudança de última hora.
As negociações avançariam pelo fim de semana, na busca de um texto que reúna o os votos de deputados e senadores e garantam a sanção do futuro código florestal por Dilma Rousseff.

domingo, 20 de novembro de 2011

Agronegócio cava a própria cova - Ricardo Noblat: O Globo


Na mesma reunião com jornalistas que cobrem o Senado (promovida pela ANDI – Comunicação e Direitos em parceria com a CLUA – Climate and Land Use Alliance), o engenheiro florestal Tasso Azevedo tocou fundo na questão: “Não podemos relativizar a sustentabilidade como um princípio, assim como não relativizamos valores como democracia ou liberdade de imprensa”.
Não relativizar a sustentabilidade significa que o Código deve claramente objetivar a preservação dos recursos naturais, e se preciso inspirar novas políticas de estímulo e reordenamento da produção agropecuária. Estas atividades devem se adaptar à ética e à urgência da sustentabilidade.
Para ver o  artigo completo:

Agronegócio cava a própria cova - Ricardo Noblat: O Globo:

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O “S” que falta no PAC



Quer um exemplo disso? Aí vai: Segundo uma pesquisa do Instituto Datafolha sobre o novo Código Florestal Brasileiro, 85 % dos entrevistados prefere “priorizar a proteção das florestas e rios mesmo que, em alguns casos, isso prejudique a produção agropecuária.” No entanto, o que está acontecendo é um atropelo avassalador da bancada ruralista do Congresso Nacional, que tem aporte financeiro de poderosos empresários da agroindústria e da pecuária, para aprovar esse novo Código antiecológico a qualquer custo.


Veja o artigo completo:
O “S” que falta no PAC « #fiquedeolho:

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sábado, 19 de novembro de 2011

11 mitos sobre a Fome Global


Segundo o Programa Mundial de Alimentos, PMA, existem vários mitos sobre a fome no mundo. A agência da ONU ressalta que essas afirmações refletem um conjunto de ideias equivocadas sobre o problema, suas causas e soluções. Para mudar esses conceitos, o PMA relacionou os 11 mitos mais comuns e a realidade que eles mascaram.

Mito 1: Não há comida suficiente para alimentar a população mundial.

Realidade: Existe comida suficiente no mundo de hoje para que todos possam ter a nutrição adequada para uma vida saudável e produtiva. Entretanto, é preciso que a produção e a distribuição de alimentos seja mais eficiente, sustentável e justa. Isso significa apoiar pequenos agricultores – que são maioria nos países em desenvolvimento – e assegurar que eles tenham acesso adequado aos mercados para que possam vender seus produtos.


Mito 2: Resolver o problema da fome significa garantir que as pessoas tenham o suficiente para comer.

Realidade: Fome também envolve que tipo de alimento você come. Uma boa nutrição significa ter a combinação certa de nutrientes e calorias necessárias para um desenvolvimento saudável. Isso é muito importante, principalmente para bebês, mulheres grávidas e crianças.


Mito 3: Secas e outros desastres naturais são os culpados pela fome.

Realidade: Comunidades que constroem sistemas de irrigação e de armazenamento e estradas para conecta-las ao centros comerciais melhoram suas colheitas. E então, essas pessoas conseguem sobreviver mesmo em tempos de seca. A natureza é apenas um dos fatores que influenciam a fome. A proporção das crises alimentares que tem relação com causas humanas mais que dobraram desde 1992. Conflitos muitas vezes estão no coração das piores crises alimentares do mundo atual.


Mito 4: A fome existe quando não há comida em supermercados.

Realidade: As pessoas podem passar fome mesmo quando há muita comida ao redor. Muitas vezes, o problema é uma questão de acesso: falta de condições financeiras para comprar comida ou impossibilidade de ir até os mercados locais. Uma maneira de ajudar é por meio de transferências de dinheiro ou cupons eletrônicos, que dão às pessoas a habilidade para comprar comida.


Mito 5: Todas as pessoas que passam fome vivem na África.

Realidade: No mundo, 1 bilhão de pessoas estão famintas e mais da metade vive na Ásia e no Pacífico. A fome também é um problema relevante nos Estados Unidos, onde 50 milhões de americanos enfrentam a insegurança alimentar.


Mito 6: Muitas pessoas estão famintas no meu país para eu me preocupar com a fome em outras nações.

Realidade: Uma a cada sete pessoas no mundo não tem o que comer, o que significa que uma a cada sete não pode criar, estudar ou atingir os seus potenciais. Isso afeta a todos. A fome diminui os progressos em áreas importantes que conectam nações, como a segurança.


Mito 7: Não é fácil prever a fome e não é possível se preparar para ela.

Realidade: Existem ferramentas para monitorar e prever tendências na produção alimentar, assim como para os preços dos alimentos. Por exemplo, o Sistema Antecipado de Alerta da Fome faz uma análise dos fatores meteorológicos e econômicos e avisa onde há a possibilidade das pessoas passarem fome.


Mito 8: A fome é basicamente um problema de saúde

Realidade: O problema afeta também a educação e a economia. Crianças com fome sofrem para ter um foco, aprender ou até mesmo, frequentar a escola. Sem educação, é muito mais difícil para eles crescerem e contribuirem para a economia nacional. Um estudo feito na Guatemala concluiu que meninos que receberam comida fortificada antes dos três anos de idade acabaram por receber salários 46% maiores


Mito 9: As pessoas só ficam famintas durante emergências ou desastres

Realidade: As emergências são responsáveis por apenas oito por cento da fome mundial. Quase um bilhão de pessoas estão famintas em todo o globo. Por isso, projetos de longo prazo, como programas de refeições escolares são tão importantes.


Mito 10: Há outras questões globais mais urgentes que a fome

Realidade: Quando as populações estão famintas, as economias sofrem, as pessoas entram em conflitos e os agricultores não conseguem fazer suas plantações crescerem de forma eficaz. É preciso combater a fome para que seja possível resolver questões ambientais, econômicas e de segurança.


Mito 11: Não há nada que possamos fazer para ajudar os que passam fome

Realidade: Há muito que pode ser feito, mesmo enquanto indivíduos. Organizações como o Programa Mundial de Alimentos precisa de apoio constante e esforços para sensibilizar as comunidades locais.

Fonte:
11 mitos sobre a Fome Global | PAM | Organização das Nações Unidas Programa Mundial de Alimentos - Fome de combate Worldwide:

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