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quarta-feira, 29 de maio de 2013

Banalização do uso de agrotóxicos


O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. E dos 50 produtos mais usados no país, 22 são proibidos na Europa e EUA. Com esses números é fácil perceber que estamos usando errado e em excesso. Mas preocupa muito também a banalização do uso dos venenos e a forma descuidada como eles têm sido empregados.

Recentemente um avião de pulverização agrícola contaminou 37 pessoas, sendo 29 crianças, em uma escola rural em Goiás. Todos apresentaram coceiras, vômito e irritação nos olhos. Esses sintomas visíveis são os menos graves, pois os agrotóxicos podem causar problemas neurológicos, respiratórios, má-formação fetal, puberdade precoce, disfunções no fígado, nos rins e até câncer. Como será o futuro dessas crianças que receberam uma chuva de veneno durante 20 minutos? Não se sabe se a escola foi pulverizada por engano ou se o vento levou o produto.

Segundo dados da Embrapa, mesmo em condições ideais, apenas 32% do produto fica nas plantas, 49% caem no solo e 19% nas áreas vizinhas. E o agrotóxico nem era autorizado para pulverização aérea nem registrado para o milho. A legislação é frágil e a fiscalização é precária.

A cada ano, no Brasil, mais produtos têm a aplicação por avião proibida e depois são banidos, mas isso é muito lento e insuficiente. Vários estados têm discutido a proibição da pulverização aérea e alguns locais já conseguiram. No Paraná, o deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB) encaminhou em 2012 um projeto de lei com esse intuito, que foi barrado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e recém-arquivado.

A pulverização de inseticidas sobre as pessoas se tornou tão banal que poucos se dão conta. O “fumacê”, por exemplo, não recomendado pela OMS, é veneno pulverizado sobre os cidadãos. Mata adultos do mosquito na hora, enquanto milhares de novos adultos emergirão no dia seguinte. Mas as pessoas já terão recebido o veneno na pele e em seus pulmões. Será esse um saldo positivo?

Quem vai de avião para a Argentina recebe pulverizações de agrotóxico dentro da aeronave fechada. A comissária diz que o produto é inócuo, claro, e todos respiram sem a menor preocupação. E o uso generalizado nas casas? Na dedetização? Nas plantas do jardim? Nos terrenos baldios? É a primeira opção. Qualquer inseto que apareça já recebe uma borrifada de veneno. O inseto e mais a pessoa que pulveriza, as crianças que estão em volta, que muitas vezes brincam no chão, os animais, a água.

Agrotóxicos não são produtos de limpeza e nem remédios. São venenos. Seu uso continuado promove a contaminação crônica de adultos e crianças. Assim como para o cigarro, os comerciais para seu uso doméstico deveriam ser proibidos, pois induzem as pessoas a acharem que estão se protegendo. É preciso que cada cidadão se conscientize desses riscos para escolher, com o necessário cuidado, as práticas que utiliza em seu dia a dia e passe a exigir das autoridades medidas de proteção responsáveis e mais ágeis.

*Sueli Martinez é bióloga, PhD em Entomologia

Fonte: Jornal de Londrina

Justiça suspende autorização de uso de agrotóxico na Bahia



Quarenta e quatro toneladas de agrotóxicos com benzoato de emamectina foram apreendidas no final da tarde desta quarta-feira (28), no município de Luís Eduardo Magalhães, no oeste baiano. O mandado de busca e apreensão do produto foi expedido pela juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública de Barreiras, que concedeu liminar solicitada pelo Ministério Público do Estado da Bahia em ação civil pública proposta em face do Estado e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab).

A decisão judicial determinou ainda a não aplicação, em território baiano, de agrotóxicos que contenham o benzoato de emamectina, substância de alta toxidade e de uso proibido no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

A Secretaria Estadual de Agricultura da Bahia (Seagri) solicitou a importação do produto para combater a lagarta helicoverpa armigera, que vem devastando lavouras de algodão e soja no estado. No entanto, segundo o MP, pareceres técnicos da Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) recomendaram a não utilização do produto, considerando os riscos à saúde da população e ao meio ambiente.

Um parecer técnico emitido pela Anvisa considerou o produto altamente neurotóxico e, por isso, contrariou a sua utilização em todo o território nacional, devido aos grandes riscos para a saúde humana.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), porém, através de Portaria nº 42 declarou a situação como “emergência fitossanitária” e, mesmo com a manifestação contrária do Comitê Técnico de Assessoramento para Agrotóxicos e do Ibama, autorizou a importação do produto para controle da praga de lagartas.

Os promotores de Justiça Eduardo Bittencourt, Luciana Khoury, e André Bandeira alertam que existem alternativas técnicas para controle da praga das lagartas identificadas nas lavouras da região apontadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e que “não há sequer certeza científica da eficiência do benzoato de emamectina para controle da helicoverpa armigera em território brasileiro”, uma vez que não foi testada no país a eficiência agronômica do produto.

Fonte: http://www.contraosagrotoxicos.org/index.php/331-justica-suspende-autorizacao-de-uso-de-agrotoxico-na-bahia

Monsanto perde processo criminal contra movimentos sociais



A transnacional entrou com processo criminal contra integrantes de organizações e movimentos sociais em 2005. A decisão do TJ demonstra o reconhecimento da legitimidade dos sujeitos coletivos de direitos em meio ao processo de democratização da sociedade brasileira.

A transnacional Monsanto está em mais de 80 países, com domínio de aproximadamente 80% do mercado mundial de sementes transgênicas e de agrotóxicos. Em diferentes continentes, a empresa acumula acusações por violações de direitos, por omissão de informações sobre o processo de produção de venenos, cobrança indevida de royalties, e imposição de um modelo de agricultura baseada na monocultura, na degradação ambiental e na utilização de agrotóxicos.

No Brasil, a invasão das sementes geneticamente modificadas teve início há uma década, com muita resistência de movimentos sociais, pesquisadores e organizações da sociedade civil. No Paraná, a empresa Monsanto usou a via da criminalização de militantes como forma de responder aos que se opunham aos transgênicos.

Na última quinta-feira (23), desembargadores do Tribunal de Justiça (TJ) absolveram por unanimidade cinco militantes acusados injustamente pela Monsanto de serem mentores e autores de supostos crimes ocorridos em 2003. A transnacional entrou como assistente de acusação na ação criminal em resposta à manifestação de 600 participantes da 2ª Jornada de Agroecologia, na estação experimental da empresa, em Ponta Grossa, para denunciar e protestar contra a entrada das sementes transgênicas no estado e as pesquisas ilegais e outros crimes ambientais praticados pela empresa.

Foram acusados Célio Leandro Rodrigues e Roberto Baggio, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST, José Maria Tardin, à época integrante da AS-PTA – Assessoria e Serviços em Agricultura Alternativa, Darci Frigo, da Terra de Direitos, e Joaquim Eduardo Madruga (Joka), fotógrafo ligado aos movimentos sociais. Em claro sinal de criminalização, a transnacional atribuiu à manifestação, feita por mais de 600 pessoas, como responsabilidade de apenas cinco pessoas, usando como argumento a relação genérica dos acusados com os movimentos sociais.

Em sentido contrário, a decisão do TJ demonstra o reconhecimento da legitimidade dos sujeitos coletivos de direitos na sociedade brasileira. Segundo José Maria Tardin, coordenador da Escola Latina Americana de Agroecologia e da Jornada de Agroecologia do Paraná, o ato na sede da Monsanto em 2003 e posterior ocupação permanente da área chamaram a atenção em âmbito nacional e internacional para a ilegalidade das pesquisas com transgênicos.

Nos anos seguintes às denúncias, a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) e equipe técnica ligada ao governo do estado realizaram vistorias detalhadas nos procedimentos da transnacional. Foram confirmadas ilegalidades que violavam a legislação de biossegurança vigente.

A área ficou ocupada por trabalhadores sem terra durante aproximadamente um ano. Neste período, os camponeses organizaram o Centro Chico Mendes de Agroecologia e cultivaram sementes crioulas. Para Tardin, a agroecologia é o “caminho da reconstrução ecológica da agricultura, combatendo politicamente o modelo do agronegócio e do latifúndio”.

Monsanto_Por Latuff


Charge: Latuff

Criminalização

A denúncia da Monsanto se fundamentou apenas em matérias jornalísticas, sem qualquer outra prova. Assim com outras ações judiciais que utilizam a mesma lógica, o processo está baseado na criminalização de integrantes de movimentos sociais em situações de manifestação.

A empresa participou como assistente privada no processo, o que ocorre excepcionalmente em processos criminais, já que o Ministério Público entrou como titular. “Esse caso apresenta um sério risco com as grandes empresas começaram a tomar o papel do Estado. Elas desequilibram a situação pelo peso econômico e político que exercem sobre os agentes públicos”, avalia Darci Frigo, coordenador da Terra de Direitos, considerando também a influência da Monsanto sobre o parlamento para a aprovação de legislações no Brasil.

Os trabalhadores foram defendidos pela Terra de Direitos, com apoio do professor Juarez Cirino dos Santos. O Programa Nacional de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos se pronunciou ao longo do processo contra a criminalização dos militantes. Do outro lado, a Monsanto contratou o escritório do Professor René Dotti para fazer a acusação.

Mundo contra a Monsanto

Mais de 50 países aderiram à “Marcha contra Monsanto” no último sábado (25), em protesto contra a manipulação genética e a monopólio da multinacional na agricultura e biotecnologia. A campanha contra a empresa teve como estopim o suicídio de agricultores indianos, que se endividam após serem forçados pelo mercado a ingressar na lógica de produção do agronegócio, tornando-se, anos mais tarde, reféns das sementes geneticamente modificas, agrotóxicos e outros insumos vinculados a esta lógica produtiva.

Com sede no estado de Missouri (EUA), a Monsanto desponta como líder no mercado de sementes e é denunciada nesta marcha por não levar em consideração os custos sociais e ambientais associados a sua atuação, além de ser acusada de biopirataria e manipulação de dados científicos em favor dos transgênicos.

A empresa é líder mundial na produção de agrotóxico glifosato, vendido sob a marca Roundup. O Brasil é o segundo maior consumidor dos produtos da Companhia, ficando atrás apenas da matriz americana. O lucro da filial brasileira em 2012 foi de R$3,4 bilhões.

Syngenta

No Paraná, a transnacional Syngenta também foi denunciada pelos movimentos sociais por realizar experiências e plantio ilegal de transgênicos no município de Santa Tereza do Oeste, na área de amortecimento do Parque Nacional do Iguaçu. Durante a ocupação da área, seguranças contratados pela empresa assassinaram um trabalhador rural sem terra. Seis anos depois, o caso segue impune.

O IBAMA impôs multa de um milhão de reais à empresa pela realização de experimentos ilegais com transgênicos na área, porém, o valor não foi pago até hoje. A luta dos movimentos sociais resultou na desapropriação da área para a criação do Centro de Agroecologia, que leva o nome do militante assassinado, Valmir Mota de Oliveira, conhecido como Keno.

Clique aqui para assistir o filme “O Mundo Segundo a Monsanto”, produzido pela francesa Marie-Monique Robin. O documentário foi lançado em 2008 e denuncia a gigante dos transgênicos.

Fonte: Terra de Direitos

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Propane-Field-Burning-290x290

Hungria destrói todas as plantações da Monsanto

Rússia Adverte Obama: Monsanto


terça-feira, 28 de maio de 2013

Os pesticidas estão diminuindo a inteligência humana.

Apesar de nossos avanços nas últimas dezenas ou mesmo centenas de anos, alguns "especialistas" acreditam que os seres humanos estão perdendo capacidades cognitivas e cada vez mais tornando-se instáveis   emocionalmente.

 Um pesquisador da Universidade de Stanford e geneticista, Dr. Gerald Crabtree, acredita que o declínio intelectual como uma raça tem muito a ver com mutações genéticas adversas. Mas a inteligência humana está sofrendo por outras razões também.

De acordo com Crabtree, as nossas capacidades cognitivas e emocionais são alimentadas e determinadas pelo esforço combinado de milhares de genes. Se ocorre uma mutação em qualquer uma destes genes, o que é bastante provável, então a inteligência ou estabilidade emocional pode ser influenciada negativamente. "Eu seria capaz de apostar que, se um cidadão médio de Atenas de 1000 A.C. aparecesse subitamente entre nós, ele estaria entre os mais brilhantes e intelectualmente ativos de nossos colegas e companheiros, com uma boa memória, uma ampla gama de idéias, e uma visão lúcida das questões importantes. Além disso, eu acho que ele ou ela estaria entre os mais emocionalmente estáveis de nossos amigos e colegas", o geneticista iniciou seu artigo na revista científica Trends in Genetics.

Além disso, o geneticista explica que as pessoas com mutações genéticas adversas específicas são mais propensas do que nunca a sobreviver e viver entre os "fortes". A teoria da "sobrevivência do mais forte" de Darwin é menos aplicável na sociedade de hoje, portanto, aqueles com melhores genes não são necessariamente os de "maior destaque na sociedade" como foram no passado.

Embora esta hipótese tenha algum mérito: são os genes realmente a principal razão para o declínio cognitivo global da raça humana? Se os seres humanos realmente estão carentes de inteligência mais do que antes, é importante reconhecer outras possíveis causas. Vamos dar uma olhada em como o nosso sistema alimentar desempenha um papel em tudo isso.

É triste, mas é verdade, o nosso sistema alimentar hoje está contribuindo para diminuir a inteligência humana através do tempo.

Os pesticidas estão diminuindo a inteligência humana.


Um estudo publicado na revista Proceedings, da Academia Nacional de Ciências descobriu que os pesticidas, que são comuns entre os alimentos, estão criando mudanças duradouras na estrutura do cérebro em geral - mudanças que têm sido associados a menores níveis de inteligência e diminuição da função cognitiva. Especificamente, os pesquisadores descobriram que um pesticida conhecido como chlorpyrifos (CPF) tem sido associada a "alterações significativas". Além disso, o impacto negativo verificou-se mesmo com baixos níveis de exposição.

A pesquisadora Virginia Rauh, professora da Escola Mailman de Saúde Pública, resumiu os resultados:

"A exposição tóxica durante este período crítico (infância) pode ter efeitos de longo alcance sobre o desenvolvimento do cérebro e do funcionamento comportamental."

Alimentos processados como HFCS (High Fructose Corn Syrup) - Xarope de milho rico em frutose podem tornar as pessoas mais "estúpidas".

Observando 14 mil crianças, os pesquisadores britânicos descobriram a ligação entre os alimentos processados ​​e o QI reduzido. Depois de gravar as dietas das crianças e analisar questionários preenchidos pelos pais, os pesquisadores descobriram que, se as crianças estavam consumindo uma dieta processados ​​aos 3 anos, o declínio de QI poderia começar nos próximos cinco anos. O estudo descobriu que por 8 anos, as crianças tinham sofrido uma queda de QI. Em contrapartida, as crianças que comiam uma dieta rica em nutrientes, incluindo frutas e vegetais foram associadas a um um aumento de QI durante um período de 3 anos. Os alimentos considerados ricos em nutrientes pelos pesquisadores são a maioria das frutas e legumes convencionais prováveis​​.

Curiosamente, um ingrediente especial presente em alimentos processados ​​e bebidas açucaradas em todo planeta, xarope de milho de alta frutose - foi associado ao QI reduzido. Os pesquisadores da UCLA também descobriram que HFCS pode danificar as funções do cérebro dos consumidores em todo o mundo, sabotando a aprendizagem e a memória. Na verdade, a declaração oficial vai além, afirmando mesmo que o xarope de milho de alta frutose pode torná-lo "estúpido".

As mutações genéticas podem ter algo a ver com o declínio contínuo da inteligência humana, mas vamos parar para pensar por um momento no que estamos fazendo a nós mesmos para contribuir com este declínio ainda mais proeminente.

Fonte: undergroundhealth e Natural Society


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segunda-feira, 27 de maio de 2013

Brasil entre os seis países que mais usam agrotóxicos no mundo

Anualmente são usados no mundo aproximadamente 2,5 milhões de toneladas de agrotóxicos. O consumo anual de agrotóxicos no Brasil tem sido superior a 300 mil toneladas de produtos comerciais. Expresso em quantidade de ingrediente-ativo (i.a.), são consumidas anualmente cerca de 130 mil toneladas no país; representando um aumento no consumo de agrotóxicos de 700% nos últimos quarenta anos, enquanto a área agrícola aumentou 78% nesse período.

O consumo desses produtos difere nas várias regiões do país, nas quais se misturam atividades agrícolas intensivas e tradicionais, e nestas últimas não incorporaram o uso intensivo de produtos químicos. Os agrotóxicos têm sido mais usados nas regiões Sudeste (cerca de 38%), Sul (31%) e Centro-Oeste (23%). Na região Norte o consumo de agrotóxicos é, comparativamente, muito pequeno (pouco mais de 1%), enquanto na região Nordeste (aproximadamente 6%) uma grande quantidade concentra-se, principalmente, nas áreas de agricultura irrigada. 

O consumo de agrotóxicos na região Centro-Oeste aumentou nas décadas de 70 e 80 devido à ocupação dos Cerrados e continua crescendo pelo aumento da área plantada de soja e algodão naquela região.

Os estados que mais se destacam quanto à utilização de agrotóxicos são São Paulo (25%), Paraná (16%), Minas Gerais (12%), Rio Grande do Sul (12%), Mato Grosso (9%), Goiás (8%) e Mato Grosso do Sul (5%). Quanto ao consumo de agrotóxicos, por unidade de área cultivada, a média geral no Brasil passou  de  0,8 kg i.a. ha-1, em 1970, para 7,0 kg i.a. ha-1, em 1998. Com relação à quantidade total de ingredientes ativos, as culturas agrícolas brasileiras nas quais mais se aplicam agrotóxicos são: soja, milho, citros, cana-de-açúcar, conforme pode ser observado na Tabela 1. 

Com o atual crescimento das áreas com cultura de cana-de-açúcar, o consumo de agrotóxicos no Brasil vem se modificando rapidamente.
Pulverização de agrotóxicos
Pulverização de agrotóxicos
Foto: Eliana de Souza Lima 

Tabela 1. Consumo de agrotóxicos em algumas culturas agrícolas no Brasil, em quantidade de ingredientes ativos, 1998.

Cultura agrícola

Quantidade (ton)

Participação (%)

Soja

42.015

32,6
Milho
15.253
11,8
Citros
12.672
9,8
Cana-de-Açúcar
9.817
7,6
Café
8.780
6,8
Batata
5.122
4,0
Algodão
4.851
3,8
Arroz Irrigado
4.241
3,3
Feijão
4.199
3,3
Tomate
3.359
2,6

Total

128.712

Fonte: SINDAG (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Agrícola).

Pela quantidade total elevada de agrotóxicos usados, algumas culturas agrícolas merecem atenção, não por esses produtos serem aplicados intensivamente por unidade de área cultivada, e sim por essas culturas ocuparem extensas áreas no Brasil, como é o caso da soja, do milho e da cana-de-açúcar. Essas culturasapresentam-se como fontes potenciais de contaminação pelo uso de agrotóxicos em grandes áreas. Outras culturas agrícolas, apesar de ocuparem áreas pouco extensas, destacam-se pelo uso intensivo de agrotóxicos por unidade de área cultivada, como as culturas de tomate e batata – Tabela 2.

Tabela 2. Consumo de agrotóxicos por unidade de área em algumas culturas agrícolas no Brasil, em quantidade de ingredientes ativos, 1998.

Cultura

Quantidade (kg ha-1)

Tomate

52,5
Batata
28,8
Citros
12,4
Algodão
5,9
Café
4,2
Cana-de-Açúcar
2,0
Soja
3,2

Geral

2,9

Fontes dos dados básicos para os cálculos: SINDAG e IBGE.
Pulverização em cafezal
Pulverização em cafezal
Foto: Eliana de Souza Lima 

domingo, 26 de maio de 2013

Mapa autoriza pulverização aérea para safra 2012/2013 e anuncia reavaliação - Cenário da Notícia em Lucas do Rio Verde e Região



Mapa autoriza pulverização aérea para safra 2012/2013 e anuncia reavaliação - Cenário da Notícia em Lucas do Rio Verde e Região: "O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) autorizou o uso de pulverização aérea de defensivos nas culturas de soja e algodão na safra 2012/13. A decisão foi anunciada por representantes do Mapa durante audiência pública realizada na tarde de terça-feira (11), na Comissão de Agricultura da Câmara em reunião proposta pelo deputado Homero Pereira (PSD-MT)."

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"GUERRA QUÍMICA" ??? A história do envenenamento de crianças pelo agrotóxico da Syngenta em Goiás



O mono-motor sobrevoou, às 9h20, do dia 03 de maio de 2013, a escola pública “São José do Pontal”, localizada no Projeto de Assentamento “Pontal dos Buritis”, que abriga 150 famílias, às margens da Rodovia GO-174, no município de Rio Verde (GO), situada a 130 km da área urbana.

PARA ENTENDER O CASO VEJA:



No dia 17, foi descoberto que sete casos necessitariam de acompanhamento médico especializado, por terem sido diagnosticados problemas nos rins e fígados das crianças (Foto: Reprodução)

Num período de 20 minutos, o piloto sobrevoou por cinco vezes a escola, em especial a quadra de concreto, molhando com o pesticida “Engeo Pleno”, da empresa Syngenta, 60 crianças que ali se encontravam.

Os alunos, com idade entre 4 a 16 anos, que naquele momento lanchavam a céu aberto, engoliram o composto denominado piretroide (classe toxicidade 3 e 4), sem conhecimento perigo no primeiro instante.

Em seguida, todos já afetados pelo veneno sentiram, no primeiro momento, coceira na pele, falta de ar, tonturas e problemas na visão. Logo após, várias crianças desmaiaram, enquanto outras tentaram se livrar do pesticida, se lavando com água e sabão. Os professores pediram ajuda por telefone.

A maioria das vitimas foi levada para a cidade mais próxima, Montevidio, localizada a 30 km. Dessas, 28 ficaram internadas no hospital municipal, vomitando, com a boca seca e sentindo tonturas permanentes.

Alguns alunos foram socorridos pelos próprios pais, que os transferiram para a Unidade do Pronto Atendimento – UPA, na cidade de Rio Verde, tendo recebido alta no dia 5 de maio de 2013.

( Veja no final dessa matéria um vídeo com o impressionante depoimento do diretor da escola)

No dia 17 deste mês, as crianças retornaram ao UPA Rio Verde e, no dia seguinte, foi descoberto que sete casos necessitariam de acompanhamento médico especializado, por terem sido diagnosticados problemas nos rins e nos fígados.

As denúncias foram registradas junto a Agência Goiana de Defesa Agropecuária – AGRODEFESA, no IBAMA e na Policia Civil, cujas instituições estão investigando o caso, que não se trata de fato isolado, conforme informa o Delegado Danilo Carvalho, responsável pelo 8º Distrito Policial, e considera o acidente como crime federal. O piloto e a empresa responsável pela aeronave (Aviação Agrícola Agrotex LTDA) foram multados.

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O engenheiro agrônomo da Cooperativa Comigo, responsável pelo receituário, não se manifestou sobre o fato.

Uma equipe multidisciplinar, formada por toxicólogos, médicos, sanitarista, psicólogos, biólogos, dentre outros, irá acompanhar as vítimas e suas eventuais sequelas.

Os agrotóxicos

O Engeo Pleno é um inseticida da Syngenta e é constituído por uma mistura de lambda cialortrina e tiametoxan. O último é um neonicotinóide que está sendo proibido na Europa devido à associação com o colapso das colmeias.
O tiametoxam está na lista de agrotóxicos (junto com imidacloprido,Clotianidina e Fipronil) em reavaliação ambiental pelo IBAMA, para fins de revisão do registro, como publicado num comunicado no DOU de 19 de julho de 2012, por serem altamente tóxicos para abelhas. No mesmo comunicado que indicou a reavaliação, havia a indicação de suspensão imediata de pulverização aérea.
No entanto, posteriormente foi publicado no DOU de 03 de outubro de 20,13 o cancelamento da suspensão da pulverização aérea anunciada em julho. No DOU de 04 de janeito deste ano o MAPA publica Instrução Normativa onde permite, até o fim da reavaliação ambiental desses quatro venenos, a pulverização desses agrotóxicos para as culturas de algodão, soja, cana-de-açúcar, arroz e trigo, proibindo-a somente no período de floração.
Pelo que tudo indica, o tiametoxam, do ponto de vista ambiental, já poderia ter sido proibido e, pelo menos pelo principio da precaução, não deveria mais ser utilizado por pulverização aérea, podendo até ter evitado o acidente relatado. Além do que sua pulverização aérea não ser permitida para lavouras de milho, muito menos é recomendada para “controle de pulgão”.

Do ponto de vista da saúde a lambda-cialotrina está associada a distúrbios neuromotores, como mostrado em estudo com ratos (Dossie Abrasco parte 1). Já o tiametoxam pode causar ansiedade e alterar os níveis da acetilcolinesterase (Behavioral and biochemical effects of neonicotinoid thiamethoxam on the cholinergic system in rats. Rodrigues et al, 2010). O tiametoxam também mostrou efeitos hepatotóxicos e tumores de fígado em camundongos, mas não em ratos. Segundo os autores do estudo o modo de ação não é relevante para seres humanos (Case Study: Weight of Evidence Evaluation of the Human Health Relevance of Thiamethoxam-Related Mouse Liver Tumors. Pastoor et al, 2005).


PUBLICADO ORIGINALMENTE EM:

Veta também:

Diretor de escola envenenada: "Naquele momento eu pensei que poderia morrer"

Assista ao depoimento do diretor da Escola Municipal Rural São José do Pontal, em Rio Verde, Goiás. "As crianças ainda estão com medo de voltar para a escola. Foi um transtorno muito grande na vida delas." E revela preocupação com os efeito que os agrotóxicos podem trazer no futuro: "Como vai ser a vida dessas crianças daqui pra frente?"

O mono-motor sobrevoou, às 09hs20, do dia 03/05/2013, à escola pública localizada no Projeto de Assentamento “Pontal dos Buritis”, que abriga 150 famílias, às margens da Rodovia GO-174, no município de Rio Verde/GO. Num período de 20min, o piloto sobrevoou por 5 vezes por cima a escola, em especial a quadra de concreto, molhando no total de 60 crianças, que ali se encontravam, com o pesticida “Engeo Pleno”, da empresa Syngenta. Os alunos, com idade entre 4 a 16 anos, que naquele momento lanchavam a céu aberto, engoliram o composto denominado piretroide (classe toxicidade 3 e 4), sem conhecimento perigo no primeiro instante.



Fonte: http://www.contraosagrotoxicos.org/

quarta-feira, 22 de maio de 2013

“A comunidade está adoecendo em virtude da pulverização aérea de agrotóxicos”, avaliou Mauro Rubem


Deputado estadual Mauro Rubem (PT-GO) apresentou, na última terça-feira (14), em sessão plenária, Projeto de Lei (PL) que pretende proibir a prática de pulverização aérea de agrotóxicos no Estado de Goiás. Para o parlamentar, essa proibição é necessária e urgente, tendo em vista os drásticos danos à saúde humana e animal que a aplicação aérea que o agrotóxico tem causado.

De acordo com o deputado, a pulverização aérea é uma conduta tomada pelos grandes produtores agrícolas, fazendo uso de produtos químicos altamente intoxicantes à saúde. “A vida humana não pode ser vítima da indiferença do Poder Executivo que, em nome da Guerra Fiscal e do aumento da arrecadação, opta pela degradação ambiental. Os homens, mulheres e crianças de comunidades localizadas próximas às áreas de produção rural estão adoecendo em virtude de intoxicação ocasionada pela pulverização aérea de agrotóxicos”, assegurou.

Nessa perspectiva, o petista afirmou que nos últimos três anos o Brasil vem ocupando o lugar de maior consumidor de agrotóxicos no mundo. Os impactos à saúde pública são amplos, porque atingem vários territórios e envolvem diferentes grupos populacionais, como trabalhadores rurais, moradores do entorno das fazendas, além de todos que consomem os alimentos contaminados. Desde 2008, o Brasil assumiu o posto de maior mercado de agrotóxico no mundo. E em 2009, 1 milhão de toneladas de veneno foram jogados nos campos brasileiros, o que representa cerca de 5,2 quilos de agrotóxico por pessoa no país.

Na ocasião, Mauro Rubem esclareceu que, caso o projeto seja aprovado, o produtor que desobedecer a Lei ficará impedido de receber quaisquer benefícios fiscais concedidos pelo Governo do Estado de Goiás e também de exercer a função de produtor dentro do agronegócio. “É inadmissível permitir que o produtor que, além de não promover o progresso social, submeter os moradores da região ao agrotóxico e a degradação do meio ambiente, se beneficie de incentivos fiscais propostos pelo Governo Estadual”, pontuou.

Fonte: Deputado Mauro Rubem

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Nota de Repúdio à Pulverização Aérea

“A pulverização aérea é o método de aplicação mais perverso que existe”. Entrevista com padre João

Pulverização aérea será probida no Paraná

domingo, 19 de maio de 2013

Produtores de bicho-da-seda do PR perdem a maior parte das lagartas contaminadas por pulverização aérea



Do G1 PR, com informações da RPC TV Cascavel e RPC TV

Criadores de bicho-da-seda, de Mandaguaçu, no norte do Paraná, estão preocupados com a morte prematura das lagartas. Segundo eles, o problema começou há cerca de duas semanas, quando os vizinhos, produtores de milho, passaram a pulverizar agrotóxicos nas lavouras. A cidade é uma das maiores produtoras das lagartas no Brasil.
O veneno é aplicado com a ajuda de aviões. De acordo com os criadores, parte do agrotóxico acaba atingindo as plantações de amoras, que são usadas para alimentar os bichos-da-seda. O agricultor Antônio Marcos Miranda conta que perdeu toda a produção. Ao todo, são 200 mil lagartas mortas. “Vai ficar de esterco, agora. E a gente fica sem ganhar”, diz.
Conforme a Associação dos Produtores de Bicho-da-Seda de Mandaguaçu, dos 43 produtores da cidade, 26 já registraram o mesmo problema. A associação registrou queixa na polícia e pretende buscar na Justiça o ressarcimento pelos prejuízos causados. O presidente da entidade, Nilson Magalhães acredita que os produtores tenham perdido mais de R$ 70 mil com o problema.


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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Agrotóxicos e saúde: questões urgentes

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem apresentado documentos, notas técnicas e diversos projetos com o intuito de tornar transparentes as avaliações toxicológicas, entre outras iniciativas que esclareçam à população os danos causados pelos agrotóxicos.Para discutir o tema, as Divisões Técnicas de Meio Ambiente (DEA), Recursos Naturais Renováveis (DRNR), Engenharia Química (DETEQ) e de Recursos Hídricos e Saneamento (DRHS), realizaram um evento na última terça-feira (6/11). Com o título "Impacto dos agrotóxicos: alternativas e posicionamento dos engenheiros agrônomos e florestais", as DTEs do Clube de Engenharia promoveram um amplo debate sobre os malefícios dos chamados erradamente "defensivos agrícolas". A lei 7809/89 define os produtos químicos e agentes de processos físicos e biológicos com o termo agrotóxicos.
Mais informações: Clube da Engenharia




















Alguns produtos de limpeza podem fazer mal à saúde; conheça alternativas


Morar numa casa limpa não só é saudável, mas extremamente prazeroso. No entanto, o uso indiscriminado de alguns produtos químicos de limpeza pode afetar a saúde dos moradores. "Os produtos mais perigosos são os que matam fungos e bactérias. Para serem eficientes, eles contêm substâncias químicas que, se não forem manipuladas da forma correta, podem representar riscos para quem os utiliza", alerta o médico Anthony Wong, diretor do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Detergentes para máquina de lavar louça e amaciantes de roupa são alguns dos itens que inspiram cuidados. "Eles contêm amoníaco, substância que libera o gás de amônia quando aquecida. O amaciante pode até causar irritações nos olhos e na pele e desencadear problemas no sistema respiratório", explica Rodrigo Cella, químico e professor da FEI.

A água sanitária, que contém hipoclorito de sódio, é outra vilã. Mesmo em baixa concentração, ela libera o gás cloro, capaz de provocar irritação das vias aéreas, lacrimejamento e dores de cabeça, e de piorar um quadro asmático já existente. "Em locais fechados e com pouca ventilação, a inalação deste produto pode provocar intoxicação. Durante o uso, é fundamental ter ar circulando, mesmo que ele venha de um ventilador", recomenda o médico Marcelo Vinicius Pereira Veloso, do Serviço de Toxicologia de Minas Gerais.

Por conterem uma mistura altamente corrosiva de soda cáustica e nitrato de potássio, os desentupidores de ralo também entram na lista dos produtos perigosos, assim como solventes como o querosene. "Além de serem inflamáveis, eles também podem causar irritações na pele e nos olhos", aponta Wong. Até com os desodorizantes de ambiente é preciso cuidado. Grande parte deles apresenta em sua composição paradiclorobenzeno que, além de irritar pele e mucosas, pode provocar alergias respiratórias e também está associado a danos no fígado e no sistema nervoso.

Misturas perigosas

Outro grande risco na limpeza doméstica é misturar produtos diversos. Por não conhecer os ingredientes de cada um, corre-se o risco de criar compostos extremamente nocivos.


Um exemplo claro é a mistura de água sanitária com amaciante, bastante comum na lavagem das roupas. "Juntos, os componentes destes dois produtos liberam cloroaminas, gases facilmente aspirados e absorvidos pelo corpo", destaca Cella. As consequências vão desde irritação na pele e nos olhos até sangramentos e danos severos no fígado e nos rins.

Combinações literalmente explosivas também podem surgir a partir do uso de vários produtos juntos. É o caso do nitrato de potássio, presente em desentupidores de pia, com o amoníaco, componente dos detergentes.


Produtos de manutenção

Nas reformas, o cuidado deve ser redobrado com tintas e vernizes. "Estes itens são compostos de hidrocarboneto, um derivado de petróleo que, quando inalado, agride as vias aéreas, prejudicando a respiração, e pode resultar em dores de cabeças fortes", descreve Veloso.

Para evitar estes problemas, é preciso ter ar circulando pelo cômodo durante a aplicação e isolar a área por pelo menos 24 horas depois disso.

Basta saber usar

Para passar longe das complicações, a regra é uma só: ler os rótulos dos produtos e obedecê-los. Seguindo à risca as instruções do fabricante nos beneficiamos da eficiência dos produtos mais modernos, sem correr risco de danos à saúde ou ter de excluí-los da despensa.

A ressalva fica para os produtos feitos de maneira caseira e vendidos sem rótulo. "A economia, neste caso, não compensa. A maioria dos compostos utilizados nessas fórmulas é de péssima qualidade e eles acabam não promovendo uma limpeza adequada. Sem contar o risco que se corre por não saber o que há naquela mistura e o danos que pode causar à saúde", afirma Wong.


Alternativas naturais

Também é possível contar com elementos-curinga, ingredientes fáceis de se ter em casa, para substituir com eficiência os produtos químicos. O vinagre de vinho branco, por exemplo, é pra lá de versátil: desinfeta, desengordura, combate odores fortes e também amacia roupas. A personal organizer Ingrid Lisboa ensina a desinfetar vasos sanitários sem água sanitária. "Basta aplicar o vinagre por todo o vaso, já limpo com água e sabão, e deixar agir por dez minutos", recomenda.

Uma mistura de água e vinagre em proporções iguais borrifada sobre estofados, carpetes ou pisos previamente limpos retira o cheiro de urina e fezes deixado por bichos de estimação. Essa mesma proporção pode até substituir amaciantes de roupas, quando colocada no respectivo compartimento da máquina de lavar. "Em geral, cem mililitros são suficientes para uma máquina com capacidade de seis quilos", sugere Ingrid.


Por suas propriedades abrasivas, o bicarbonato de sódio é indicado para tirar manchas de pias, banheiras e vasos sanitários; basta aplicá-lo numa esponja com um pouco de água e esfregar. Quando misturado com vinagre de vinho branco em proporções iguais também funciona como desentupidor de pia. Para isso, jogue a mistura no ralo e enxague com um litro de água fervente depois de 20 minutos.
Por fim, para manter os cômodos da casa sempre perfumados, coloque gotas de óleos essenciais puros em difusores elétricos ou réchauds a vela. Diferentes fragrâncias são vendidas em pequenos frascos e podem ser encontradas em casas de produtos naturais e de aromaterapia.

Fonte: UOL

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Produto Orgânico - O Olho do Consumidor, Ilustrado pelo cartunista Ziraldo.


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimeno (MAPA) produziu m 2009 uma cartilha para informar o consumidor sobre os benefícios da produção de alimentos sem agrotóxicos.

O livreto Produtos Orgânicos – O Olho do Consumidor, Ilustrado pelo cartunista Ziraldo.

terça-feira, 14 de maio de 2013

5 razões para não tomar refrigerante




Mesmo que você não saiba por que, com certeza sabe que refrigerante não faz bem. Desprovido de qualquer valor nutricional, essa água açucarada engorda, leva à obesidade e diabetes, além de outros vários males que não recebem muita atenção nas discussões de saúde, mas que listamos aqui na esperança de lhe recrutar para o lado do suco natural, chá e outras bebidas mais saudáveis. 

Confira:

1 – ENVELHECIMENTO ACELERADO

Normal, diet, light ou zero, todos os refrigerantes de cola contêm fosfato, ou ácido fosfórico, um ácido que dá ao refri seu sabor típico e aumenta seu tempo de prateleira. Embora ele exista em muitos alimentos integrais, tais como carne, leite e nozes, ácido fosfórico em excesso pode levar a problemas cardíacos e renais, perda muscular e osteoporose, e um estudo sugere que poderia até provocar envelhecimento acelerado.

O estudo, publicado em 2010, descobriu que os níveis de fosfato encontrados em refrigerantes fizeram com que ratos de laboratório morressem cinco semanas mais cedo do que os ratos cujas dietas tinham níveis normais de fosfato. Pior ainda é a tendência preocupante dos fabricantes de refrigerantes de aumentar os níveis de ácido fosfórico em seus produtos ao longo das últimas décadas.

2 – PODE CAUSAR CÂNCER
Em 2011, a instituição sem fins lucrativos Centro de Ciência para o Interesse Público solicitou à Administração de Alimentos e Drogas americana para proibir o corante artificial caramelo usado para fazer Coca-Cola, Pepsi e outros refrigerantes marrons. O motivo: dois contaminantes na coloração, 2-metilimidazole e 4-metilimidazol, que já causaram câncer em animais. De acordo com uma lista proposta na Califórnia de 65 de produtos químicos conhecidos por causar câncer, apenas 16 microgramas por pessoa por dia de 4-metilimidazol é o suficiente para representar uma ameaça de câncer. Qualquer refrigerante (normal, diet, zero) contêm 200 microgramas por 570 ml.

3 – DENTES PODRES E PROBLEMAS NEUROLÓGICOS
Nos EUA, dentistas até deram o nome de um refrigerante (boca “Mountain Dew”) para uma condição que eles veem em um monte de crianças que o bebem demais. Elas acabam com a boca cheia de cáries causadas por níveis de açúcar em excesso.
Além disso, um ingrediente chamado óleo vegetal bromado, ou BVO, adicionado para evitar que o aroma separe-se da bebida, é um produto químico industrial usado como retardador de chamas em plásticos. Também encontrado em outros refrigerantes e bebidas esportivas baseados em citros, o produto químico tem sido conhecido por causar distúrbios de memória e perda nervosa quando consumido em grandes quantidades. Os pesquisadores também suspeitam que o produto químico se acumula na gordura do corpo, podendo causar problemas de comportamento, infertilidade e lesões nos músculos do coração ao longo do tempo.

4 – LATAS TÓXICAS
Não é apenas o refrigerante que causa problemas. Quase todas as latas de alumínio de refrigerante são revestidas com uma resina chamada bisfenol A (BPA), usada para impedir os ácidos do refrigerante de reagir com o metal. BPA é conhecida por interferir com os hormônios e tem sido associada a tudo, de infertilidade a obesidade a algumas formas de câncer. E, enquanto a Pepsi e a Coca-Cola estão atualmente envolvidas em uma batalha para ver qual empresa pode ser a primeira a desenvolver uma garrafa de plástico 100% baseada em plantas que elas estão divulgando como “sem BPA”, nenhuma empresa está disposta a retirar a substância das latas de alumínio.

5 – POLUIÇÃO DA ÁGUA
Os adoçantes artificiais utilizados em refrigerantes diet não quebram em nossos corpos, e nem o tratamento de águas residuais consegue separá-los antes que entrem nos cursos de água. Em 2009, cientistas suíços testaram amostras de água tratada, rios e lagos na Suíça e detectaram níveis de acessulfame K, sucralose e sacarina em todos, substâncias usadas em refrigerantes diet. Um teste recente em abastecimentos de água municipal nos EUA também revelou a presença de sucralose em todos os 19 estudados. Não está claro ainda o que esses níveis encontrados podem fazer com as pessoas, mas pesquisas anteriores concluíram que a sucralose em rios e lagos interfere com os hábitos de alimentação de alguns organismos.[MSN]

BÔNUS
Há indicações de que refrigerantes de cola podem prejudicar o esperma e até causar paralisia muscular. Além de potencialmente causarem tantos problemas, podem ser viciantes.


Veja também:


Gene escondido em transgênicos pode ser tóxico para humanos




Daily Mail e Bioscience Resource

Um gene de um vírus que pode ser tóxico para humanos foi “esquecido” durante testes para avaliar a segurança dos vegetais geneticamente modificados (transgênicos). Culturas transgênicas, como milho e soja, que estão sendo cultivadas no mundo todo para consumo humano (no Brasil, por exemplo, 90% das lavouras de soja nesta safra são transgênicas) incluem o gene, conforme aponta recente estudo apoiado pela European Food Safety Authority (EFSA), divulgado no fim de dezembro.

O estudo foi liderado por dois pesquisadores independentes e sem interesses críticos à tecnologia transgênica, Nancy Podevin (contratada pela EFSA), e Patrick du Jardin, da Unidade de Biologia Vegetal da Universidade de Liége, na Bélgica. Os especialistas revelaram que o processo de aprovação internacional para culturas transgênicas não conseguiu detectar o gene.

O problema é que este gene, conhecido como “Gene VI” tem o potencial para provocar alterações fenotípicas nos vegetais cujo resultado são proteínas tóxicas para os seres humanos. Este gene poderia também desencadear mudanças nas próprias plantas, tornando-as mais vulneráveis a pragas. O resultado foi que 54 das 86 espécies de plantas transgênicas aprovadas para cultivos comerciais nos Estados Unidos, como milho e soja, contêm o gene viral, conhecido como “Gene VI”.

Críticos dos transgênicos dizem que tais revelações deixam claro que o processo utilizado para aprovar e liberar vegetais transgênicos, em vigor há 20 anos, é falho. E argumentam que a única atitude a tomar é recolher ou destruir todas as culturas e produtos alimentícios envolvidos.

O diretor do grupo GM Freeze , Pete Riley, disse que a descoberta do gene “põe em xeque alegações de que a tecnologia transgênica é segura, precisa e previsível”. “É uma clara advertência de que os organismos geneticamente modificados não são suficientemente compreendidos para serem considerados seguros”, disse. “A autorização para essas culturas deve ser suspensa imediatamente, e os alimentos devem ser retirados da venda, até uma revisão completa e prolongada de sua segurança.”

Uma revisão da pesquisa da EFSA citada no site Bioscience Resource Project apurou que a presença do gene viral no DNA de plantas transgênicas (oriundo do vírus do mosaico da couve-flor) parece ter sido ignorada ou não notada por empresas de biotecnologia, universidades e órgãos reguladores do governo. “Esta situação representa uma falha total e catastrófica do sistema”, mostra a revisão.

A preocupação central é se a proteína produzida pelo gene VI é realmente tóxica para seres humanos e quais são as consequências do seu consumo. Esta é uma questão que só pode ser respondida por novas pesquisas.

Como em muitos outros estudos que mostram potenciais problemas causados pelos transgênicos, essa pesquisa também vem sendo questionada pelos defensores da tecnologia e seus resultados vêm causando mais polêmica para a temática da segurança dos alimentos geneticamente modificados.

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Pesquisa: Toxicidade do herbicida Roundup subestimou




Pesquisa: Toxicidade do herbicida Roundup subestimou: "Glifosato, o ingrediente mais conhecido no herbicida Roundup, tem sido recentemente o foco de um intenso debate sobre se é ou não perigoso, mesmo cancerígenas, para aqueles expostos a ele através dos alimentos e do meio ambiente. Monsanto, o criador original e titular da patente do glifosato, e do mais famoso glyphosate na formulação Roundup, que financiou a pesquisa negar a emergente glifosato câncer link, mas o mais recente estudo de alimentação (e único conhecido) de longo prazo a partir de uma pesquisa independente indústria grupo fora da França, indica que o material transgênico dentro Roundup-Ready milho Monsanto , bem como a própria Roundup, são altamente cancerígenos, e deve ser proibida para proteger os milhões de pessoas que já estão consumindo-lo em uma base diária."

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Glifosato: A Trajetória da miséria humana



Glifosato: A Trajetória da miséria humana | Entrada Blog | GreenMedInfo: "O glifosato foi provavelmente causado mais danos à saúde humana do que qualquer outro produto químico já produziu. Na verdade, é provavelmente a causa da explosão em doenças crônicas. Certamente, a civilização não pode ser mantida quando a pessoa média é irrevogavelmente doente. Essa trajetória da miséria humana deve chegar a um fim.

 O glifosato foi introduzido pela primeira vez em 1974 e tornou-se herbicida mais dominante do mundo. Agora é genérico, por isso há muitas marcas e formulações. Como resultado, é praticamente onipresente, encontrado em quase toda parte na terra . Além disso dirigindo seu uso são geneticamente (GM), que foram inicialmente desenvolvidos com o propósito de criação de plantas tolerantes ao glifosato, geralmente conhecida como Roundup Ready modificado. Estes resultaram em uso cada vez mais descarada e livre, especialmente na esteira de super ervas daninhas resistentes ao glifosato. Estimativas indicam que as culturas GM tolerantes ao glifosato em 90% de todas as culturas transgênicas. "


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Pesquisa: Roundup Diluído por 450-Fold ainda é tóxico para DNA

Pesquisa: Roundup Diluído por 450-Fold ainda é tóxico para DNA: "Nova pesquisa divulgada ahead of print e publicado na revista Archives of Toxicology indica que o Roundup , a formulação mais comum do herbicida glifosato , não só é mais tóxico do que os seus ingredientes constituintes, mas é capaz de danificar o DNA dentro de uma linha celular humana quando diluído até 450 vezes menores concentrações do que actualmente utilizados em aplicações agrícolas transgênicos. Nas próprias palavras dos pesquisadores, Roundup tem "efeitos genotóxicos após breve exposição a concentrações que correspondem a uma diluição de 450 vezes maior de pulverização utilizado na agricultura.""



Herbicida Roundup relacionado ao crescimento excessivo de bactérias mortais



Herbicida Roundup relacionado ao crescimento excessivo de bactérias mortais: "Poderia herbicida Roundup à base de glifosato da Monsanto ser líder para o crescimento excessivo de bactérias mortais em animais e seres humanos consumindo alimentos geneticamente modificados contaminado com isso? Esta questão decorre um novo estudo publicado na revista Current Microbiology , intitulado "O Efeito do glifosato sobre Patógenos Potenciais e membros benéficos da microbiota Poultry In Vitro", que descobriu que o ingrediente ativo do herbicida Roundup, da Monsanto , conhecido como o glifosato, impactado negativamente as bactérias do trato gastrointestinal de aves in vitro. Os pesquisadores apresentaram evidências de que as bactérias altamente patogênicas resistiu glifosato, enquanto que as bactérias benéficas foram moderadamente a altamente suscetíveis a ela."

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Novo estudo comprova toxinas Bt em OGM Tóxico para sangue de mamíferos


Novo estudo comprova toxinas Bt em OGM Tóxico para sangue de mamíferos: "Dr. Mezzomo e sua equipe do Departamento de Genética e Morfologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade de Brasília recentemente realizado e publicado um estudo feito envolvendo testes de Bacillus thuringensis toxina (toxina Bt) em camundongos albinos suíços. Esta toxina é o mesmo construído em culturas de OGM da Monsanto Bt tais como milho e soja como biopesticida."

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Seminário: Os Agrotóxicos e Seus Impactos Sobre a Saúde - Parte 1



Seminário: Os Agrotóxicos, seus Impactos na Saúde e as Alternativas Agroecológicas no Município de São Paulo, 15/04/13. Ação da Frente Parlamentar Pela Sustentabilidade da Câmara em parceria com a Campanha e movimentos sociais paulistanos que buscam o cultivo pela Vida. (Direção de Fotografia e Edição de Betina Schmid, membro da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida).

Pesticidas e Doenças Hematológicas e Oncológicas



Seminário: Os Agrotóxicos, seus Impactos na Saúde e as Alternativas Agroecológicas no Município de São Paulo, 15/04/13. Ação da Frente Parlamentar Pela Sustentabilidade da Câmara em parceria com a Campanha e movimentos sociais paulistanos que buscam o cultivo pela Vida. (Direção de Fotografia e Edição de Betina Schmid, membro da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida).

domingo, 12 de maio de 2013

Pequenos produtores são afetados pela pulverização aérea em Mato Grosso



Fonte: 24 Horas News e Rádio Sorriso

As extensas monoculturas de soja e milho que simbolizam a riqueza econômica do Estado estão se conflitando com as atividades dos pequenos produtores rurais no norte de Mato Grosso. Motivo: o veneno oriundo de aeronaves, que fazem a pulverização das grandes lavouras. A pulverização está afetando diretamente a plantação de hortaliças e gerando prejuízos consideráveis aos pequenos produtores em Sorriso, no Norte do Estado.

A queixa contra o uso de defensivos nas monoculturas foi feita inicialmente pelo proprietário de uma chácara próximo ao Clube Sol Nascente. Seguindo ele, o gotejamento do veneno afeta as hortaliças que acabam morrendo e causando prejuízos. Ele apresentou uma fatura de prejuízos na ordem de R$ 30 mil. A Prefeitura esteve no local e constatou que as perdas foi por conta de aeronaves agrícolas que sobrevoaram a horta.

Em outra propriedade, no fim da Avenida Imigrantes, próximo ao Parque Ecológico de Sorriso, a situação também se confirmou O proprietário Ney Raissiki lamentou que sua produção foi quase num total morta pelo veneno dissecante expelido pelas aeronaves que sobrevoam o local. Em entrevista a Rádio Sorriso, Ney relata que está há quatro anos trabalhando no ramo de hortaliças e que há 3 anos vem constatando que na época do plantio das fazendas ocorre o problema. “Freqüentemente passam aeronaves por este local e infelizmente vou ter que replantar quase tudo perdido” – disse.

O problema não é novo. O técnico agrícola, Maycon Miotto, gestor de segurança operacional e piloto de avião, relata que a legislação permite a aplicação na área rural. A aplicação, segundo ele, deve ter autorização e consenso do proprietário da lavoura sem que haja prejuízos para terceiros. O técnico agrícola deve estar junto com o piloto na aeronave mostrando se há condições de vôo e que não vai afetar ninguém próximo.

Funcionários do Ministério da Agricultura alertaram que a fiscalização deve ser feita na região. Segundo ela, as aeronaves devem manter uma distância mínima de 500 metros de povoação e de 250 metros de mananciais de água. As penas são muitas, variam desde auto de infração e multa. Em últimos casos até o cancelamento do registro da empresa.

Veja também:


Nota de Repúdio à Pulverização Aérea

Sem terra denunciam 'chuva tóxica' lançada por aviões de fazendeiros no Pará

Avião agrícola sobrevoa escola e intoxica dezenas de crianças, em GO

Governo publica novas regras para pulverização aérea de agrotóxicos

"GUERRA QUÍMICA" ??? A história do envenenamento de crianças pelo agrotóxico da Syngenta em Goiás