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domingo, 25 de maio de 2014

Produtores de pimentão se esforçam para reduzir os agrotóxicos em SP

Publicado Originalmente Globo Rural onde você poderá ver o vídeo com a reportagem:


O que fazer quando o produto da sua roça ganha o campeonato de contaminação por agrotóxico e o preço dele desaba no mercado?

 Esse é o drama que os produtores de pimentão estão enfrentando há alguns meses, desde que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgou a lista dos alimentos mais contaminados no Brasil.

Agricultores de São Paulo estão buscando alternativas para superar o problema. Eles estão usando técnicas da agricultura orgânica e combatendo as pragas com inimigos naturais.

Está aumentando cada vez mais a responsabilidade de quem usa agrotóxicos na produção de verduras, legumes e frutas.

 Em alguns estados, promotores e Ministério Público estão exigindo a identificação do nome e do endereço do produtor rural nas gôndolas dos supermercados. A rastreabilidade fica a cargo dos supermercados.

Em Santa Catarina, o consumidor pode saber a origem dos hortifrutigranjeiros colocados à venda com a ajuda do celular. Basta baixar o programa no aparelho e direcioná-lo para o código do produto. Na tela, surgem todos os dados do produtor.

A iniciativa é da Associação Catarinense de Supermercados, que também se encarrega de coletar amostras mensais para análise em laboratório.

A Anvisa também analisa amostras coletadas em supermercados de vários estados. No último levantamento nacional, o pimentão liderou a lista dos produtos mais contaminados com resíduos de veneno. Na época, a informação mexeu com o bolso dos agricultores de dois municípios paulistas, Pirajuí e Lins, que produzem pimentões coloridos.

A principal praga do pimentão é um fungo chamado oídio, que ataca as folhas da planta. Ele se alastra rapidamente com o vento e cobre toda a superfície da folha reduzindo a fotossíntese, dominuindo a produção e podendo até matar a planta. Para controlar a doença, muitos produtores fazem de três a quatro pulverizações de fungicida por semana.

Outro problema são as pragas. Os produtores da região estão aprendendo a usar os recursos do manejo integrado de pragas, para reduzir o uso de veneno. A iniciativa é da Secretaria de Agricultura de São Paulo e do Sebrae, que ministra cursos e contrata técnicos para assessorar os produtores.

Para surpresa de muitos agricultores, o produto biológico recomendado para substituir o agrotóxico no controle do oídio é uma calda muito simples de ser feita. Ela é preparada com melaço de cana, farelo de arroz e água.

Para cada 100 litros de água vão cinco quilos de farelo de arroz e três quilos de melaço de cana. É preciso misturar bem até dissolver tudo. Depois, é só deixar a calda fermentando por cinco dias oxigenando bem a mistura. A aeração pode ser feita com o uso de bombinhas de aquário ligadas dia e noite. Para aplicar na lavoura, a calda deve ser misturada com água, numa diluição a 5%, ou seja, para 95 litros de água vão cinco litros de calda.

A aplicação deve ser feita duas vezes por semana. A calda tem que atingir toda a superfície da planta, mas para garantir a eficiência do produto é preciso manter a umidade da estufa em 70%. Isso é feito com o uso dos aspersores, ligados de duas a três vezes ao dia, por uns 15 minutos.

A calda também serve para controlar o oídio em várias hortaliças, como alface, tomate, pepino e abobrinha. Depois de eliminar o agrotóxico no controle do fungo é possível usar os inimigos naturais para atacar outras pragas da cultura, como o ácaro rajado. Para combatê-lo, a arma utilizada é o ácaro vermelho. Ele não causa prejuízos à planta, atua apenas como predador do ácaro rajado.

Os inimigos naturais são produzidos em laboratórios especializados, mas nem todos são resistentes aos agrotóxicos, por isso, no manejo integrado de pragas é fundamental ter um controle dos serviços executados em cada estufa.

Outra praga do pimentão é o fungus gnats. Ele ataca principalmente as raízes das plantas novas, rói o caule e abre a porta para a entrada de várias doenças. Seu principal inimigo natural é um ácaro: o stratiolaelaps.
O stratiolaelaps ataca um inseto que causa muito prejuízo no pimentão: seu nome é tripes.

A missão do ácaro é reduzir a população adulta do inseto atacando a fase jovem dele: as pulpas.

A doença provocada pela tripes é chamada popularmente de ‘vira cabeça’ e está entre os principais problemas dessa cultura, mas o controle biológico dispõe de outra arma para atacar a tripes, é uma vespa chamada orius.

Uma praga de solo que ainda desafia os pesquisadores é o nematoide, um verme que vive no solo e que para combatê-lo, os produtores usam biofertilizante feito com água e esterco animal fermentado por, no mínimo, um mês.

Por enquanto, os produtores perceberam que o investimento em insumos diminuiu e a mão-de-obra aumentou, mas o investimento é a produção de alimentos mais saudáveis para todos.

Fonte: Globo Rural

segunda-feira, 12 de maio de 2014

De novo, os transgênicos na mesa das discussões

É preciso prestar atenção. Em meio a notícias das últimas semanas sobre a possibilidade de aumentar muito, principalmente para a China, as exportações brasileiras de grãos, especialmente de soja, chegam também informações sobre o recrudescimento das controvérsias e das decisões judiciais sobre transgênicos em muitos países – e que podem afetar mercados.

Pode-se começar pela França, que acaba de proibir ali o cultivo de milho geneticamente modificado, por decisão da mais alta corte de Justiça do país, confirmada também pelo Senado, depois de haver passado pela Câmara Baixa (noticias.br.ms.com/economia, 6/5). Da mesma forma, o Conselho de Estado rejeitou pedido de produtores do milho modificado para que a proibição de plantio fosse revogada. E o Ministério da Agricultura há dois meses já proibira o plantio da única variedade de milho transgênico resistente a insetos liberada na União Europeia (UE). O caso ainda vai ser julgado pela UE, mas os países-membros podem tomar decisões em seus territórios.

sábado, 10 de maio de 2014

Senadores franceses adotam lei que proíbe milho transgênico

Reprodução

O alvo principal é o MON810 da Monsanto, autorizado na União Europeia e o Pioneer TC1507; O texto autoriza a destruição das plantações caso a proibição não seja respeitada

09/04/2014

Por Mundo Sustentável

Os senadores franceses adotaram definitivamente nessa segunda-feira (5) uma proposta de lei apresentada pelo Partido Socialista que proíbe a produção de milho transgênico na França. O mesmo texto já havia sido aprovado pela Assembleia Nacional. O texto foi aprovado por 172 votos a favor e 147 contra.

A oposição representada pelo partido UMP, do ex-presidente Nicolas Sarkozy, julgou a nova lei anti-constitucional e contrária ao direito europeu. De acordo com o ministro da Agricultura francês, Stéphane Le Foll, a lei é necessária para preencher o “vazio jurídico que existe hoje na França.’’

A medida recupera integralmente a proposta de lei do senador socialista Alain Fauconnier, rejeitada pelo Senado no dia 17 de fevereiro por 171 votos contra e 169 a favor. O partido socialista então decidiu propor um novo texto para proibir o milho transgênico antes do início da safra.

O alvo principal é o MON810 da Monsanto, autorizado na União Europeia e o Pioneer TC1507. O texto autoriza a destruição das plantações caso a proibição não seja respeitada.

Conselho de Estado apoia proibição

Os deputados também rejeitaram uma emenda da coalizão ecologista que proíbe o cultivo de todas as plantas geneticamente modificadas. No dia 2 de maio, dezenas de militantes anti-OGM, entre eles o deputado europeu José Bové, invadiram um terreno de 11 hectares situado a Saubens, perto de Toulouse, no sul do país.

Em 14 de março, a prefeitura de Paris também proibiu a utilização do milho da Monsanto, à espera da adoção definitiva da proposta de lei. O Conselho de Estado recusou na segunda-feira a suspensão urgente da medida, depois do recurso impetrado por uma associação de produtores de milho.

Fonte: Brasil de Fato

domingo, 4 de maio de 2014

Teste flagra antibiótico em vinho de 13 vinícolas



Ministério da Agricultura constata fungicida em amostras recolhidas no Sul

O DIA
Rio Grande do Sul - O Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca divulgou ontem o nome de 13 vinícolas do Rio Grande do Sul suspeitas de adulterar vinhos com o uso de antibióticos. Exames feitos no ano passado encontraram, em várias amostras do produto a substância natamicina, um antifúngico que prolonga a conservação do vinho.

O chefe do Ministério no estado, José Fernando Werlang, explicou que foram feitos, no ano passado, testes em produtos de 53 empresas produtoras de vinho. Segundo ele, as empresas em que foi constatada a contaminação serão multadas e podem ser fechadas.

Ele disse que a natamicina é um produto barato e eficiente para matar germes e bactérias e na proteção às lavouras. Mas, se consumido com frequência, pode gerar no organismo tolerância a outros antibióticos.

A divulgação da lista pelo Ministério foi feita por pressão do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), depois da divulgação de constatação da contaminação. O presidente do Instituto, Carlos Paviani, criticou as empresas envolvidas e pediu punição para elas. “Esperamos que o problema seja detectado o mais breve possível e que as empresas que estão atuando irregularmente sejam autuadas”, afirmou.

Paviani disse esperar uma ação rápida do Ministério para que as adulterações “cessem imediatamente”. Segundo ele, a maior preocupação é que a divulgação da notícia sobre a contaminação comprometa a imagem de todo o setor vinícola.

EMPRESAS NEGAM

Empresas citadas pelo Ministério negaram ter adulterado seus produtos. A Cooperativa Victor Emanuel rechaçou a contaminação de qualquer de seus produtos; a Capeletti alegou que o Ministério não apresentou provas; e a VT prometeu se pronunciar na segunda-feira.

Fonte: http://odia.ig.com.br/noticia/brasil/2014-05-03/teste-flagra-antibiotico-em-vinho-de-13-vinicolas.html