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terça-feira, 28 de abril de 2015

Em 2014, cada brasileiro consumiu 7,3 litros de agrotóxicos

Reprodução

Em artigo, coordenador da Campanha contra os Agrotóxicos aponta que, de 2007 até hoje, mais de 34 mil casos de intoxicação por agrotóxico foram notificados no SUS.

28/04/2015

NOVA ESTIMATIVA, APONTA QUE O CONSUMO PODE TER CHEGADO EM 2014, A 7,3 LITROS DE AGROTÓXICOS.


No início de 2011, a Campanha Contra os Agrotóxicos causou estardalhaço ao afirmar que cada brasileiro consumia 5,2 litros de agrotóxicos por ano. À época, o cálculo foi simples: a indústria dos venenos, orgulhosa do sucesso de seu mortífero negócio, alardeou aos quatro ventos que havia vendido 1 bilhão de litros de agrotóxicos. 

Divididos pelos então 192 milhões de habitantes, nos davam os 5,2 litros por pessoa. Ainda que este volume todo não chegue diretamente à nossa mesa, vai nos encontrar algum dia pela terra, pela água ou pelo ar. O veneno não desaparece, como querem fazer crer aqueles que enriquecem com ele.


Pois bem, depois do baque, as associações patronais agrotóxicas deixaram de divulgar a quantidade de litros vendidos por ano. E, dada a escassez de dados oficiais sobre a venda destes produtos no Brasil, ficamos quase sem alternativas para medir o nível geral de intoxicação no país.

Quase. Talvez para atrair mais “acionistas-vampiros”, a indústria continuou divulgando sua receita anual, que, em 2014, representou US$ 12,2 bilhões. Multiplicado por 3, chegamos aos exorbitantes R$ 36,6 bilhões.

sábado, 25 de abril de 2015

Pesticidas podem alterar qualidade do esperma, diz estudo

Homens que comem mais vegetais com pesticida têm esperma pior.

Homem descarrega vegetais em mercado central de Los Angeles: pesquisa concluiu que homens que consomem mais vegetais com pesticidas têm pior qualidade do esperma (Foto: Reuters/Lucy Nicholson)
Da France Presse

Quem trabalha com pesticidas também sofre dos mesmos efeitos.


O estudo, conduzido em 155 homens com idades entre 18-55 anos, pacientes de um centro de tratamento para infertilidade, será publicado nesta terça-feira na revista especializada "Human Reproduction". Foram analisadas 338 amostras de sêmen destes homens entre 2007 e 2012.

Veja também:

Comer alimentos com agrotóxico diminui quantidade de esperma, diz estudo


O estudo descobriu que os homens que consomem mais frutas e vegetais carregadas de pesticidas têm uma contagem de esperma 49% mais baixa (86 milhões por ejaculação contra 171 milhões) em comparação aos homens que consumem menores quantidades, assim como uma porcentagem de formas normais de espermatozoides 32% menor.
Resíduos de pesticidas

domingo, 19 de abril de 2015

Estudo diz que contaminação da água por inseticidas é subestimada

Da France Presse


Trabalhador aplica inseticida em pequena plantação de Limoeiro do Norte, no Ceará, em janeiro deste ano. Uso excessivo de substâncias químicas contamina rios e reservatórios (Foto: Davi Pinheiro/Reuters)
A poluição dos cursos de água, rios e estuários do mundo por inseticidas agrícolas é subestimada e tem um impacto devastador sobre os ecossistemas aquáticos - revelou uma pesquisa alemã publicada nos Estados Unidos.

Os autores analisaram 838 estudos publicados entre 1962 e 2012, analisando aquáticos 2.500 locais em 73 países para determinar se as concentrações dos 28 pesticidas mais utilizados excedeu os limites autorizados.

sábado, 18 de abril de 2015

O perigo de esquentar comida em recipientes plásticos, no forno de micro-ondas, é real

Circulam periodicamente pela internet, em e-mails, uma advertência segundo a qual o aquecimento de comida no forno de micro-ondas, feito em recipientes de plástico, libera uma substância que pode causar câncer, a dioxina.


Diferentemente do que ocorre muitas vezes nesse tipo de mensagem, nesse caso, o risco é real e concreto.

 O Instituto Nacional do Câncer, através de sua Coordenação de Prevenção e Vigilância do Câncer, emitiu em março passado uma nota técnica sobre a dioxina, em que confirma não só a toxicidade da substância, mas também admite seu potencial carcinogênico.

Explica a nota que “a dioxina é um composto orgânico incolor e inodoro. É um subproduto espontâneo resultante de fenômenos e desastres naturais como a atividade vulcânica e os incêndios florestais, assim como da atividade do homem (indústria de plásticos, incineração, branqueador de papel e escapamento de gases de automóvel).

 A dioxina se encontra em todas as áreas onde haja atividade industrial, tanto no solo, na água e no ar, como nos alimentos – até mesmo no leite materno. Em geral, o risco de contato por inalação e contato epidérmico é baixo”.

Veja também :


quarta-feira, 15 de abril de 2015

Resíduos de agrotóxicos estão presentes até no leite materno – artigo de Claudia Colucci

Para fortalecer o movimento de ação contra os agrotóxicos, no próximo dia 28 de abril a Abrasco vai lançar o livro “Dossiê Abrasco: Um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde”

Em Lucas do Rio Verde, vitrine do agronegócio no Mato Grosso, até o leite materno está contaminado por agrotóxicos - Foto divulgação internet

Leite materno contaminado por agrotóxico: este foi o tema que a articulista Claudia Colucci abordou na sua coluna semana no jornal Folha de São Paulo, publicada nesta terça-feira 14 de abril. 

O assunto vem sendo divulgado pela Abrasco desde 2011, quando a pesquisadora Danielly Palma apresentou uma tese onde avalia o impacto dos agrotóxicos em mães que estavam amamentando na cidade de Lucas do Rio Verde, Mato Grosso.

 O projeto de pesquisa foi coordenado pelo Professor na Universidade Federal do Mato Grosso - que há anos estuda os impactos do agronegócio na saúde coletiva, Wanderlei Pignati.

VEJA  TAMBÉM:

A pesquisadora que descobriu veneno no leite maternoContaminação de leite materno por agrotóxicos no Mato Grosso



Confira o artigo de Claudia Colucci na íntegra:

Anvisa vai reavaliar uso do glifosato no Brasil

Origem da imagem: Ministério Público quer Proibir uso do Glifosato no Brasil


A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) anunciou oficialmente que reavaliará a liberação do uso do glifosato no Brasil. A postura foi motivada por artigo publicado na Revista “The Lancet” em março deste ano pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc), órgão da Organização Mundial da Saúde (OMS), classificando a carcinogenicidade de cinco agrotóxicos: tetraclorvinfós, parationa, malationa, diazinona e o glifosato.


Veja também:



quarta-feira, 8 de abril de 2015

Fórum de Combate aos Agrotóxicos, coordenado pelo MP, repudia CTNBio

Publicado: 08 Abril 2015


Diante das seguidas atitudes da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança, a CTNBio, em descumprimento aos princípios constitucionais da precaução e da prevenção, o Fórum Nacional de Combate aos Impactos do Agrotóxicos, coordenado pelo Ministério Público, lançou hoje uma nota de repúdio ao órgão. Assinada pelo coordenador fórum, procurador-chefe substituto do MPT-PE, Pedro Luiz Gonçalves da Silva Serafim, a nota lamenta o processo de biossegurança no país, e conclui que houve retrocessos na Política Nacional de Biossegurança. Veja a íntegra da nota:

NOTA DE REPÚDIO

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Pesticidas podem contribuir para surgimento da endometriose, sugere estudo



As razões pelas quais algumas mulheres têm endometriose e outras não são desconhecidas. 

Entretanto, pesquisadores propõem que um possível fator contribuidor seja a intoxicação por pesticidas.

Os cientistas estudaram 248 mulheres com endometriose confirmada por cirurgia e 538 participantes saudáveis de controle.

Eles avaliaram os níveis sanguíneos de dois pesticidas, o mirex e o beta-hexaclorociclohexano, que permanecem em alguns peixes e laticínios, embora seu uso tenha sido proibido nos Estados Unidos há várias décadas.

O estudo foi publicado online no periódico Environmental Health Perspectives.

Os pesquisadores descobriram que o risco de ter endometriose aumentava 50% nas mulheres com níveis mais altos de exposição ao mirex e de 30 a 70% para as que tinham sido expostas a níveis altos de beta-hexaclorociclohexano.

A associação continuou mesmo após serem levados em conta fatores como idade, lipídios séricos, nível de escolaridade, raça, etnia, tabagismo e consumo de álcool, entre outros.

Kristen Upson, principal autora do estudo e que estava em fase de pré-doutorado no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson quando o estudo foi realizado, afirmou que as razões para a associação não estão claras.

No entanto, essas substâncias químicas demonstraram interferir na ação natural do estrogênio em estudos realizados em animais e tecidos, afirmou a autora, o que talvez explique o aparecimento da doença em humanos.

"As substâncias químicas que permanecem no ambiente", afirmou, "mesmo as substâncias que foram utilizadas no passado podem ter efeitos na saúde da geração atual de mulheres em idade reprodutiva".

Fonte:UOL Saúde