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domingo, 31 de julho de 2016

Brasileiros colocam a mão na terra e produzem alimentos que consomem

Hortas se multiplicam no meio do concreto. Volta às raízes tem ligação muito forte com uma maior preocupação com a alimentação.



Fonte: Globo Repórter

No século passado, São Paulo ganhou fama como a cidade mais urbanizada do Brasil. Um gigantesco emaranhado de prédios e avenidas. Mas neste século o cinza do concreto passou a ser salpicado de pontos verdes. No centro nervoso da cidade, na avenida mais famosa de São Paulo, tem uma horta comunitária. Em plena Avenida Paulista, é uma semente germinando ideias, cultivando a resistência. É um chamado de volta para algo que fomos esquecendo.


“A minha família veio do interior. Os meus pais trabalharam em fazenda, trabalharam na terra. Depois o tempo passa, você vem morar em apartamento e acaba abandonando isso. Então isso é como retomar uma história da vida onde você tem essa relação com a terra”, conta o advogado Luciano Santos.

Veja o vídeo completo com a reportagem : AQUI




Essa volta não é só do Luciano. É de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. E tem uma ligação muito forte com uma maior preocupação com o que comemos. Em São Paulo, essa revolução brota no concreto mesmo. Em postes, calçadas, vitrines de lojas, praças.

No horizonte de prédios, a varanda da arquiteta Luciana Cury virou um micro-oásis orgânico por causa de uma rúcula.

“Comprei sementes de rúcula porque senti um cheiro estranho nas rúculas de supermercado, isso era no comecinho dos anos 2000, final da década de 90. Falei, nossa é estranho porque eu sinto um cheiro que parece um veneno”, lembra.

E por causa de uma rúcula, um vasinho de plantas na varanda, um monte de sentimentos, de lembranças invadiram a vida da Luciana.

“Eu lembro da minha avó plantando, pegando hortelã fresca para pôr na comida. Eles eram libaneses, então tem toda uma tradição de tempero em família libanesa”, conta.

E quando a Luciana abriu os olhos, não tinha mais varanda.

“Eu me lembro que eu plantei salsa, e a salsa bombou. Eu falei: ‘uau, que delicia, eu vou comer salsa fresca e tal’. E aí a partir da salsa eu comecei a experimentar um monte de outras coisas”, diz.

domingo, 24 de julho de 2016

Resíduos de herbicidas na água diminui imunidade de peixes

Publicada em: O Nacional
Cuidado com a contaminação da água por defensivos agrícolas é de extrema importância para evitar redução da produtividade
Crédito: Divulgação

Pesquisa realizada na UPF mostrou que o herbicida atrazina prejudica a saúde dos peixes, deixando-os menos resistentes a infecções.

O jundiá é um peixe nativo da América do Sul com presença significativa na alimentação da população. No sul do Brasil, as áreas vizinhas à piscicultura são frequentemente agrícolas, onde ocorre o uso de defensivos, como herbicidas, que contaminam as águas. 

Os efeitos de um desses produtos na saúde dos peixes foi analisado pela mestranda Karina Kirsten, do Programa de Pós-Graduação em Bioexperimentação da Universidade de Passo Fundo (PPGBioexp/UPF). O trabalho, intitulado “Atrazina reduz a expressão de genes imunológicos em peixes”, mostrou que o herbicida atrazina prejudica a saúde dos peixes, deixando-os menos resistentes a infecções.

sábado, 16 de julho de 2016

ANVISA divulga lista dos alimentos com maior nível de contaminação


do Site Saúde Popular

Se você acha que frutas e legumes eram saudáveis, é melhor rever seus conceitos. Ao invés de nutrientes, você pode estar ingerindo produtos tóxicos que fazem muito mal para sua saúde

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) liberou uma lista com alimentos considerados saudáveis por todos, mas que em testes exibiram alto nível de contaminação por agrotóxicos.

Para fazer o levantamento, a Anvisa levou em consideração dois pontos fundamentais:

quinta-feira, 14 de julho de 2016

Pesquisadora da USP monta mapa da contaminação por agrotóxico no Brasil

Os mapas produzidos por Larissa Mies Bombardi são chocantes. Quando você acha que já chegou ao fundo do poço, a professora de Geografia Agrária da USP passa para o mapa seguinte. E, acredite, o que era ruim fica pior. Mortes por intoxicação, mortes por suicídio, outras intoxicações causadas pelos agrotóxicos no Brasil. A pesquisadora reuniu os dados sobre os venenos agrícolas em uma sequência cartográfica que dá dimensão complexa a um problema pouco debatido no país.

Ver os mapas, porém, não é enxergar o todo: o Brasil tem um antigo problema de subnotificação de intoxicação por agrotóxicos. Muitas pessoas não chegam a procurar o Sistema Único de Saúde (SUS); muitos profissionais ignoram os sintomas provocados pelos venenos, que muitas vezes se confundem com doenças corriqueiras. Nos cálculos de quem atua na área, se tivemos 25 mil pessoas atingidas entre 2007 e 2014, multiplica-se o número por 50 e chega-se mais próximo da realidade: 1,25 milhão de casos em sete anos.

Além disso, Larissa leva em conta os registros do Ministério da Saúde para enfermidades agudas, ou seja, aquelas direta e imediatamente conectadas aos agrotóxicos. As doenças crônicas, aquelas provocadas por anos e anos de exposição aos venenos, entre as quais o câncer, ficam de fora dos cálculos. “Esses dados mostram apenas a ponta do iceberg”, diz ela.

terça-feira, 12 de julho de 2016

Resíduos de agrotóxicos ficam acima do limite



Trinta e cinco por cento dos alimentos avaliados pela vigilância sanitária no Rio Grande do Sul apresentam resíduos de agrotóxicos ou níveis de defensivos acima do permitido. O dado foi apresentado pela sanitarista Vanda Garibotti, do Centro Estadual de Vigilância em Saúde, na audiência pública promovida pelo Fórum Gaúcho de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos.

Durante o encontro também foi lançada nota de repúdio contra o Projeto de Lei (PL) nº 3.200/2015, que tramita na Câmara dos Deputados. Segundo o documento, o PL, de autoria do deputado federal Covatti Filho, enfraquece o controle de registros de agrotóxicos pelo poder público, concentrando-o no Ministério da Agricultura e Abastecimento por meio da criação da Comissão Técnica Nacional de Fitossanitários (CTNFito). Tal Comissão disporá de uma série de competências, em especial, para avaliar e emitir pareceres conclusivos sobre os registros de agrotóxicos, consequentemente retirando do processo de aprovação Ibama e a Anvisa, por exemplo.

sexta-feira, 1 de julho de 2016

A cooperativa que transformou o Brasil no maior produtor de arroz orgânico da América Latina



Dentro da cidade, formou-se o assentamento Lagoa do Junco do MST, em 1995. Hoje moram cerca de 90 pessoas numa vila muito bem organizada, decorada com flores e som de pássaros. A cooperativa surgiu logo depois, em 1998. A importância de trabalhar coletivamente está enraizado na cultura local.


Com o passar dos anos, eles tiveram uma experiência bem assustadora com o uso de agrotóxicos. Um dos agricultores caiu no chão, tonto, escorrendo sangue pela boca e então começou uma nova era na cidade. Acabou essa história de veneno! Agora 100% da lavoura é orgânica. Hoje a Coopat trabalha com 400 famílias assentadas do Rio Grande do Sul que formam a maior marca de arroz orgânico da América Latina: a Terra Livre. Totalmente produzida em assentamentos de reforma agrária!

Veja a reportagem completa no link abaixo: