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quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Invenção de estudante brasileiro substitui antibiótico por luz

O emissor de luz criado pelo pernambucano Caio Guimarães é capaz de matar até as bactérias mais resistentes

Uma espécie de lanterna com lâmpadas de led, o equipamento já foi testado pelo exército americano.

Ao invés de antibióticos que agridem o estômago, luzes capaz de trata infecções.

 Essa foi a ideia desenvolvida pelo estudante pernambucano Caio Guimarães, que durante um estágio no Wellman Center, laboratório de Harvard e do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), desenvolveu a tecnologia capaz de tratar infecções através da irradiação de luz nos tecidos humanos.

 Em uma frequência que mata até mesmo as bactérias mais resistentes, os equipamentos são capazes de eliminar a infecção em cerca de uma hora. 

Bem mais eficiente que os antibióticos que existem no mercado farmacêutico, o mecanismo já foi testado em uma pesquisa patrocinada pelo exército norte-americano para eliminar uma bactéria encontrada em ferimentos de soldados que foram ao Iraque.

 Como uma lanterna portátil, o equipamento conta com lâmpadas de led calibradas para irradiar uma frequência exata de luz, que é visível a olho humano e não tem efeitos colaterais.

 Uma microagulha guiar a luz da fonte para dentro dos tecidos humanos, atingindo até mesmo áreas mais profundas. 

Em fevereiro de 2015, o trabalho será apresentado no Photonics West, em São Francisco, na Califórnia.



 Veja abaixo o vídeo produzido pelo Diário de Pernambuco.




FONTE: AS BOAS NOVAS



VEJA TAMBÉM UMA ENTREVISTA COM O CAIO GUIMARÃES



domingo, 13 de dezembro de 2015

Uso de agrotóxicos subiu 162% em 12 anos, mostra pesquisa

Akemi Nitahara – Repórter da Agência Brasil


Imagem - ORIGEM

O setor agrícola brasileiro comprou, no ano de 2012, 823.226 toneladas de agrotóxicos – muitos deles, proibidos em outros países. De 2000 a 2012, o aumento em toneladas compradas foi 162,32%. 

Os dados estão no Dossiê Abrasco – Um Alerta sobre os Impactos dos Agrotóxicos na Saúde, lançado hoje (28) pela Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), em evento na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

“Desde 2009, o Brasil assumiu a posição de primeiro consumidor mundial de agrotóxico. O consumo daria 5,5 quilos por brasileiro por ano”, disse o diretor da Associação Brasileira de Agroecologia (ABA), Paulo Petersen.

Veja também : Inca recomenda redução do uso de agrotóxicos para prevenir câncer


Petersen explica que esse aumento está diretamente relacionado à expansão da monocultura e dos transgênicos. “Ao contrário do que vinha sendo propagandadeado quando eles [transgênicos] foram lançados, que permitiriam que o uso de agrotóxico diminuísse, porque seriam resistentes às pragas, o que se verificou foi o oposto. Não só está usando mais, como está usando agrotóxicos mais poderosos, mais fortes. Nós fomos levados a importar em regime de urgência determinados agrotóxicos que sequer eram permitidos no Brasil para combater pragas na soja e no algodão transgênicos, que foram atacados por lagartas.”

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Um gole de surpresa! Estireno presente em copos de isopor pode causar câncer, diz pesquisa

De acordo com cientistas, o estireno, produto químico usado em copos de isopor e outros recipientes descartáveis para alimentos, pode causar câncer.


A conclusão de 10 especialistas em toxicologia, química e medicina do Conselho Nacional de Pesquisa dos EUA, foi que o estireno pode ser um carcinógeno humano de médio potencial.

Jane Henney, que presidiu o comitê do conselho, declarou em entrevista a Newsday, que essa é uma avaliação de riscos e outros fatores podem estar envolvidos. “Há evidências científicas que dizem que o estireno causa câncer, mas podem haver explicações alternativas, como o acaso, a predisposição ou fatores ainda confusos", explicou.

domingo, 29 de novembro de 2015

Reino Unido alerta sobre risco para a saúde associado a alimentos torrados

Do G1, em São Paulo (*)

Relatório científico divulgado por agência do Reino Unido alerta para os riscos do consumo excessivo de acrilamida, presente em torradas, batatas assadas e outros alimentos ricos em amido submetidos a altas temperaturas


Acrilamida se forma em certos alimentos em preparo em altas temperaturas.
Batata assada e pão torrado são alguns dos que contêm substância.

O consumo excessivo de alimentos ricos em amido preparados em altas temperaturas, como torrada ou batata assada, pode trazer riscos para a saúde. Isso porque, durante seu preparo, uma reação química leva à formação da substância acrilamida, que já foi associada ao aumento de risco de câncer e danos ao sistema nervoso e reprodutivo.

domingo, 22 de novembro de 2015

Processo decisivo contra a Monsanto - por propaganda enganosa, é ignorado pela ‘grande mídia’

POR BOSCO CARVALHO  (*)


O que acontece quando um advogado corajoso e alguns cidadãos tentam derrubar a Monsanto? A ‘grande mídia’ não noticia a respeito, para começar…


Esforços para divulgar uma ação coletiva contra a Monsanto por propaganda enganosa relacionado ao agrotóxico Glifosato, comercializado às toneladas no Brasil como ‘Roundup’, que deu entrada no Tribunal de Justiça de Los Angeles no dia 20 de abril de 2015 foram rejeitados por quase todos os meios de comunicação ‘de massa’.

Não diferem em nada entre si, grandes redes de notícias como a Fox, NBC, CNN, ABC ao se recusarem a noticiar que um processo contra a Monsanto foi ajuizado, de uma Globo, do Estadão, da Folha de São Paulo, (só para citar alguns veículos da ‘grande mídia’ do Brasil) deixarem de noticiar o fato de que os Deputados Federais querem retirar a obrigatoriedade da rotulagem dos produtos que contenham transgênicos no Brasil. (Editado em 10/08/2015).

Nos Estados Unidos, a proposta do deputado federal Mike Pompeo, dos Republicanos é chamada de DARK Act (Deny Americans the Right to Know), HR 1599, que iria dar imunidade jurídica à Monsanto e impedir que os Estados exigissem a rotulação dos transgênicos.

Aqui no Brasil, o propositor da retirada da obrigatoriedade da rotulagem transgênica é o deputado federal Luis Carlos Heinze (PP-RS).

sábado, 21 de novembro de 2015

Plantio orgânico da cana garante produtividade maior, diz agrônomo

MAURO ZAFALON COLUNISTA DA FOLHA

Colheita mecanizada da cana-de-açúcar é feita sem a necessidade de queima da palha

O pioneiro na eliminação da queima da cana e na transformação de canaviais em um ambiente propício para a produção de açúcar orgânico está irrequieto.

O avanço foi grande. A produtividade aumentou e houve ganho com a biodiversidade, mas ele acredita que dá para evoluir muito mais.

Leontino Balbo Júnior, que desde 1988 busca novas formas de manejo dos canaviais das fazendas que compõem o grupo Balbo, em Sertãozinho (SP), tem novas ideias.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Cientistas criam grupo para análises independentes da tragédia em Mariana


A lama que corre por Minas Gerais e Espírito Santo é tóxica? Qual o impacto real na fauna e na flora da região? Qual a qualidade da água? Quem deve responder legalmente pelo desastre? São muitas as perguntas em torno da catástrofe provocada pelo rompimento das barragens em Mariana e poucas as fontes confiáveis. Para tentar achar respostas livres de interesses privados ou tendenciosas, um grupo de pesquisadores e cientistas decidiu fazer uma avaliação independente dos impactos ambientais.

As conversas começaram entre amigos --eram dez pesquisadores que acreditaram que precisavam fazer mais do que só comentar sobre a tragédia. Mas logo a iniciativa tomou enormes proporções. Hoje, o projeto conta com uma página no Facebook com mais de 3.500 inscritos e um crowdfunding, financiamento coletivo, que já arrecadou mais de R$ 27 mil.


NOTA DO BLOGUE - NO MOMENTO O VALOR JÁ CHEGOU A 63.770,00 REAIS


Estávamos trocando uma infinidade de posts e surgiu a vontade de fazer um trabalho independente e de fácil acesso, usar nossas habilidades científicas para compreender o que realmente aconteceu. Criamos uma corrente científica


Alexandre Martensen, biólogo que ajuda na coordenação do estudo enquanto faz doutorado na Universidade de Toronto

domingo, 15 de novembro de 2015

Plástico biodegradável criado pela Embrapa se decompõe em 30 dias

Wagner Carvalho



Sabe aquela história de que o plástico leva no mínimo 100 anos para se decompor na natureza? Com um material produzido à base de açúcares e desenvolvido pela Embrapa Instrumentação localizada em São Carlos, a 238 km de São Paulo, esse tempo cai para no máximo 30 dias.

Sem utilizar aditivos químicos, o tempo para a produção desse novo material também foi reduzido. Antes era necessário ao menos 24 horas para a produção do tradicional material sintético, mas com a nova técnica isso acontece em um processo de apenas 6 minutos. São películas finas, resistentes e biodegradáveis feitas à base de substâncias naturais provenientes da agricultura e da agroindústria brasileira.


sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Produção de uva orgânica - Dia de Campo na TV

Há oito anos, a Embrapa Uva e Vinho pesquisa e acompanha o cultivo da uva niágara, visando desenvolver um sistema de produção orgânica sem o uso de agroquímicos, que produza uma fruta mais saudável e saborosa e com rentabilidade para os produtores.

Ao longo do período foi desenvolvido um pacote completo de recomendações técnicas que está baseado em três pilares: manejo do solo, manejo de doenças e pragas e manejo da planta.

As pesquisas para melhorias no sistema de produção orgânica da niágara foram desenvolvidas em parreirais com e sem cobertura plástica, usando apenas produtos permitidos pela norma nacional de produção orgânica.




Produção: Embrapa Informação Tecnológica e Embrapa Uva e Vinho

Responsável pelo conteúdo técnico: George Wellington Bastos de Melo, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho
Jornalista: Viviane Zanella

sábado, 7 de novembro de 2015

Pesquisadores de SC descobrem que flor de hibisco pode inibir câncer

Joana Caldas Do G1 SC
Pesquisa foi apresentada no 13º Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição (Foto: Epagri/Divulgação)


Ratos que tiveram acesso à planta tiveram avanço da doença reduzido.
Pesquisadora sugere que substância poderia ser 'quimioterapia natural'.



Pesquisadores de Itajaí descobriram que uma espécie de hibisco pode inibir o avanço de câncer do colón. O experimento foi feito em ratos e apresentado no Congresso Nacional da Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, em agosto. Os pesquisadores, agora, verificam os resultados de novas experiências, feitas com o chá da planta.

A pesquisa começou no final do ano passado, explica a professora Sandra Soares Melo, responsável pelo Laboratório de Nutrição Experimental (Lanex) da Universidade do Vale do Itajaí (Univali). Os estudantes, do curso de nutrição, trabalham com plantas medicinais e procuravam um novo objeto de estudo.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Profissão Repórter mostra o impacto do uso de agrotóxicos para a saúde

Região agrícola no Ceará tem índice de câncer 38% maior que no Brasil.

Pesquisas também relacionam agrotóxicos à depressão e má formação.

O Brasil é o campeão mundial no uso de agrotóxicos. Os efeitos disso podem ser vistos na saúde da população.

No Brasil, 70% dos alimentos in natura estão contaminados por agrotóxicos.
Espírito Santo é o estado com o maior número de intoxicações do Brasil.

Pesquisas relacionam a exposição aos agrotóxicos com o aumento nos casos de depressão, pânico e distúrbios alimentares.

Veja o vídeo com a reportagem - AQUI


Dos 50 agrotóxicos mais usados no país, 15 são proibidos na Europa.


segunda-feira, 26 de outubro de 2015

OMS coloca bacon, linguiça e salsicha na lista de alimentos cancerígenos

Do G1, em São Paulo

Bacon é um dos produtos que entrou na lista de alimentos cancerígenos (Foto: Marcos Pinto / Divulgação CdBRJ)


Há 'evidência suficiente' de ligação desses alimentos com câncer, diz relatório.
Texto alerta para risco de alto consumo de carne processada.


O consumo de produtos como salsicha, linguiça bacon e presunto, aumenta o risco de câncer do intestino em humanos, afirma um novo relatório da OMS (Organização Mundial da Saúde) publicado nesta segunda-feira (26). De acordo com o documento, a carne processada é um fator de risco certo para a doença, e carnes vermelhas de um modo geral são um fator de risco "provável".

As carnes processadas foram colocadas na lista do grupo 1 de carcinogênicos – que já inclui tabaco, amianto e fumaça de diesel – para os quais já há “evidência suficiente” de ligação com o câncer. O relatório foi feito pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa do Câncer), órgão ligado à OMS.

Risco de câncer

domingo, 25 de outubro de 2015

“Agrotóxicos, Trabalho e Saúde: vulnerabilidade e resistência no contexto da modernização agrícola no Baixo Jaguaribe/CE”

Universidade Federal do Ceará

Colaboração: Mayara Melo



Livro “Agrotóxicos, Trabalho e Saúde: vulnerabilidade e resistência no contexto da modernização agrícola no Baixo Jaguaribe/CE” disponível para download

Faça o download do livro completo clicando no link >> Agrotóxicos, Trabalho e Saúde_Completo ou selecione algumas das quatro partes organizadas abaixo!

A publicação resulta do trabalho de uma comunidade de pesquisa composta por trinta autoras e autores de oito instituições (UFC, UECE, UFMG, UEPE, UNB, Fiocruz/PE, Embrapa e Incra) e quinze formações profissionais diferentes. O livro versa sobre o “Estudo epidemiológico da população da região do Baixo Jaguaribe exposta à contaminação ambiental em área de uso de agrotóxicos” realizado pelo Núcleo Tramas, entre os anos de 2007 e 2011, com apoio do CNPq e do Ministério da Saúde.

AGROTÓXICOS, TRABALHO E SAÚDE: VULNERABILIDADE E RESISTÊNCIA NO CONTEXTO DA MODERNIZAÇÃO AGRÍCOLA NO BAIXO JAGUARIBE/CE

SUMÁRIO

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Comer produtos orgânicos reduz níveis de pesticidas em crianças

Getty Imagens
Crianças que comeram orgânicos tinham menos pesticidas no organismo



Pesquisadores constataram que quando as crianças comem frutas e verduras orgânicas, a quantidade de pesticidas em seus organismos declina significativamente.

A maioria dos pesticidas organofosforados --grupo de compostos químicos amplamente utilizados em agropecuária como inseticidas-- foi proibida para uso residencial, mas continua amplamente utilizada na agricultura. Doses elevadas em operários agrícolas podem ser mortais.

O estudo, publicado na edição de outubro de "Environmental Health Perspectives", incluiu 20 crianças residentes em Oakland, na Califórnia, e 20 na comunidade agrícola de Salinas, 160 quilômetros ao sul. As crianças mantiveram dietas convencionais durante quatro dias e uma dieta orgânica durante sete dias, depois retomaram aos alimentos convencionais por mais cinco dias.

Quase 72% de suas amostras de urina, coletadas diariamente, continham traços de pesticidas. Dos seis pesticidas detectados com maior frequência, dois caíram quase 50% quando as crianças seguiam a dieta orgânica. Os níveis de um herbicida comum caíram 25%. As quantidades de três outros pesticidas não se mostraram significativamente baixas na dieta orgânica. Os índices –em geral– foram maiores nas crianças de Salinas do que nas de Oakland.

"Existem provas de que a dieta é um caminho para a exposição aos pesticidas, e é possível reduzir a exposição escolhendo comida orgânica", afirmou o principal autor, Asa Bradman, diretor associado do Centro para Pesquisa Ambiental de Saúde Infantil da Universidade da Califórnia. "Porém, eu nunca diria que frutas e verduras convencionais são inseguras. Todas são saudáveis."

(*) FONTE: UOL Mulher

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Agricultores com câncer entram na justiça contra a Monsanto

Tradução para o português por Flavio Siqueira Júnior



Por Carey Gillam, da Reuters


Dois agricultores dos Estados Unidos ingressaram com ações judiciais contra a Monsanto Co. alegando que o agrotóxico Roundup lhes causou câncer e que a empresa intencionalmente enganou o público e os agentes reguladores sobre os perigos do herbicida.

As ações são propostas seis meses depois da Organização Mundial de Saúde dizer que o glifosato, substância ativa do agrotóxico Roundup e outros herbicidas como “provavelmente cancerígeno para seres humanos.”

Veja também: 


Califórnia: primeiro estado dos EUA que poderá etiquetar herbicida Roundup como cancerígeno


GLIFOSATO é classificado como provavelmente cancerígeno para humanos pela Organização Mundial da Saúde.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Irlanda do Norte proíbe cultivo de alimentos transgênicos

Irlanda

No início de 2015, a União Europeia aprovou Lei que autoriza qualquer um de seus países a rejeitar o cultivo de alimentos transgênicos em seu território – seja por razões socioeconômicas, ambientais ou de espaço – e, agora, a Irlanda do Norte quer fazer uso desse direito.

A Escócia foi a primeira a requerer o benefício. A Irlanda do Norte curtiu a ideia, entrou no embalo e anunciou que também irá proibir o cultivo de culturas geneticamente modificadas em seu território.

“Continuo sem estar convencido das vantagens dos cultivos geneticamente modificados e, por isso, considero prudente proibi-los”, afirmou Mark Durkan, ministro do Meio Ambiente norte-irlandês, à Agência EFE, em entrevista em que explica o motivo da decisão.

Curtiu o posicionamento do político? Pois prepare-se para adorá-lo ainda mais. “Além disso, estamos muito orgulhosos de nosso entorno natural e nossa rica biodiversidade. Internacionalmente, somos vistos como exemplo de sustentabilidade e não queremos correr o risco de abalar essa imagem por conta da produção de alimentos transgênicos”, completou.

Será que um dia o governo brasileiro também terá essa visão?

domingo, 4 de outubro de 2015

Sem controle, alimentos circulam no país com agrotóxico irregular



O controle dos níveis de agrotóxico nos alimentos está bem aquém do esperado.

É o que diz um documento obtido pela Folha de S. Paulo, que indicam que a fiscalização, quando feita, atinge apenas uma pequena parte dos produtos e reprova até um terço deles.

Como exemplo, a publicação usa uma amostragem da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), cuja análise indica que 31% dos produtos da cesta básica de São Paulo, em 2014, continham agrotóxicos proibidos ou em quantidade acima da permitida.

A situação crítica pode ser constatada na Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais), em São Paulo, também. 

O maior armazém comercial da América Latina, por onde passam cerca de 30% de toda a produção nacional de alimentos atualmente, só coletou duas amostras de bananas para monitoramento durante todo o ano passado, de acordo com documento do Ministério da Agricultura.

 "Não há controle, nunca vi nada. E trabalho aqui há 20 anos", afirma o feirante Cláudio de Jesus, 39, dono de uma banca de legumes na feira que funciona semanalmente dentro da Ceagesp, na zona oeste da capital paulista.

O Brasil é um dos maiores consumidores de agrotóxicos do planeta, segundo a Folha. Entre as substâncias usadas no país, algumas são potencialmente cancerígenas e banidas da União Europeia e de países como China e Índia.



VEJA A NOTÍCIA COMPLETA NO LINK ABAIXO:

Sem controle, alimentos circulam no país com agrotóxico irregular







sábado, 26 de setembro de 2015

Califórnia: primeiro estado dos EUA que poderá etiquetar herbicida Roundup como cancerígeno



A primeira do país, a Agência de Proteção Ambiental da Califórnia (Cal/EPA, por sua sigla em inglês) informou que pensa em reclassificar o glifosato – ingrediente tóxico ativo do herbicida Roundup, da Monsanto – por saber que provoca câncer.

Veja também:

Anvisa vai reavaliar uso do glifosato no Brasil

GLIFOSATO é classificado como provavelmente cancerígeno para humanos pela Organização Mundial da Saúde.


Segundo uma "notícia de intenção”, publicada recentemente pelo Escritório de Avaliação de Risco Sanitário Ambiental (OEHHA, por sua sigla em inglês), pertencente à Cal/EPA, a ação entra no âmbito da Proposta 65, da Califórnia, que obriga o Estado a publicar uma lista de produtos químicos conhecidos por serem causa de câncer, defeitos pré-natais e outros danos reprodutivos.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Crianças estão entre as principais vítimas dos efeitos nocivos dos agrotóxicos no Brasil

Dados inéditos da USP indicam que entre 2007 e 2014 foram notificadas 2.150 intoxicações somente na faixa etária de 0 a 14 anos de idade; número pode ser 50 vezes maior.




São Paulo – Crianças e adolescentes estão entre as principais vítimas dos efeitos nocivos dos agrotóxicos. Um estudo do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP), com base em dados do Ministério da Saúde e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mostra que entre 2007 e 2014 foram notificadas em todo o país 2.150 intoxicações somente na faixa etária entre 0 e 14 anos de idade. O dado, alarmante, não reflete o real, que pode ser 50 vezes maior. Isso porque de cada 50 casos de intoxicação por esses venenos, apenas um é notificado no serviço de saúde.

Os dados, inéditos, foram apresentados pela professora Larissa Mies Bombardi, do Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo (USP) durante o seminário Impacto dos Agrotóxicos na Vida e no Trabalho, realizado quarta-feira (2) na Câmara dos Vereadores de São Paulo.

Promovido pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida e pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, entre outros parceiros que lutam pelo banimento agrotóxicos e das sementes transgênicas no Brasil, o evento integra a programação da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), que está divulgando a atualização de seu Dossiê Impactos dos Agrotóxicos na Saúde.

sábado, 29 de agosto de 2015

CSA quer criar rede em Londrina para ligar produtores e consumidores de orgânicos


Propriedade dedicada a orgânicos na região de Londrina: CSA quer conectar pontas e eliminar atravessadores (Crédito: Roberto Custódio/Arquivo JL)


Reunião marcada para esta sexta-feira servirá para aproximar agricultores de interessados em alimentação saudável, formando uma rede de consumo sustentável que já existe em 30 cidades brasileiras.


Londrina pode se unir a outras dezenas de cidades brasileiras onde consumidores que querem ficar livres dos agrotóxicos na alimentação conseguem obter frutas e verduras diretamente de agricultores orgânicos.

Livrar-se das frutas e verduras que crescem à base de agrotóxicos nem sempre é uma tarefa simples e barata, mas a rede Community Supported Agriculture (CSA Brasil)- sigla em para Comunidade que Sustenta a Agricultura - escolheu Londrina para uma ação estratégica que pode eliminar essa dificuldade.

Nesta sexta-feira (28), a CSA Brasil faz um encontro no Município para “unir as pontas” e conectar diretamente agricultores de orgânicos a consumidores interessados na alimentação saudável. “A intenção é juntar as pontas e eliminar os atravessadores que só prejudicam essa relação”, explica o agroecólogo Ariel Molina, membro do CSA.

Em todo o mundo, o CSA atua colocando frente a frente produtores e interessados. Na concepção do CSA, a atuação de supermercados, por exemplo, é uma das causas pelos quais os orgânicos são considerados alimentos “de grife”, com alto custo para os consumidores.

Exemplo paulista

quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Chapada Diamantina se especializa na produção de alimentos orgânicos

Entrada Gruta do Morro Castelo

Segundo o Ministério da Agricultura, o Brasil já ocupa posição de destaque na produção mundial de orgânicos. Com alimentos de melhor qualidade e, consequentemente, mais nutritivos, esse sistema de cultivo tem sido a melhor opção para garantir a preservação do equilíbrio ambiental e a saúde de produtores e consumidores. Dispensando o uso de fertilizantes sintéticos, agrotóxicos e transgênicos, a agricultura orgânica prioriza a redução do desperdício e ajuda a manter a biodiversidade.

segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Escócia proíbe cultivo de produtos geneticamente modificados

Castelo Durnrobin - Escócia


A Escócia vai proibir o cultivo de organismos geneticamente modificados em seu território, para preservá-lo “verde e limpo”, afirmou neste domingo (9) o ministro dos Assuntos Rurais, Richard Lochhead.

Segundo nota do ministério, o governo escocês tomou como base as novas regras europeias que permitem que os países recusem individualmente “culturas geneticamente modificadas autorizadas pela União Europeia”.

sábado, 8 de agosto de 2015

DINAMARCA – O PRIMEIRO PAÍS QUE, POR LEI, SÓ TERÁ AGRICULTURA ORGÂNICA

Dinamarca

Escrito por Alice Branco

A Dinamarca está se preparando para ter uma agricultura totalmente sustentável. Este é um dos projetos que o atual governo tem intenção de por em prática a de transformar a agricultura dinamarquesa em 100% orgânica.

A primeira meta, a ser alcançada até 2020 é a de se duplicar a quantidade atual de terra cultivada organicamente. Atualmente, a Dinamarca já é o país com maior desenvolvimento e amplitude do comércio de produtos orgânicos. E em 2015 pretende investir mais de 35 milhões de euros para ampliar a agricultura biológica.

Observação do Blogue: na verdade o primeiro país que só permitirá a agricultura orgânica é o BUTÃO;

Butão será o primeiro país do mundo que só permitirá agricultura orgânica

domingo, 2 de agosto de 2015

RJ também vai incluir orgânicos na merenda escolar




Depois do exemplo de São Paulo, que sancionou lei que obriga a inclusão de alimentos orgânicos na merenda de todas as escolas públicas da capital paulista, é a vez do Rio de Janeiro mostrar que também se preocupa com a qualidade da alimentação dos estudantes da rede pública de ensino.

O secretário nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Arnoldo de Campos, anunciou que, em breve, a merenda das escolas públicas que estão localizadas na capital fluminense serão preparadas, apenas, com produtos orgânicos e agroecológicos, provenientes da agricultura familiar.

domingo, 19 de julho de 2015

Veneno à mesa: os alimentos com mais agrotóxicos

Apesar do Brasil ser campeão de uso de agrotóxicos no mundo, a Anvisa fiscaliza o uso de veneno em apenas 13 alimentos.

Nota do blog: a análise desse veneno presente nesses 13 alimentos,  é bastante restrita,  abrange menso de 50% dos agrotóxicos usados no país, veja:

Anvisa analisa menos de 50% dos agrotóxicos e ignora o mais usado no país

‘Coquetel’ de agrotóxicos ingerido no consumo de frutas e verduras pode causar Alzheimer e Parkinson



Por isso, precisamos recorrer a listas internacionais para saber quais são os alimentos com mais agrotóxicos.

Maçã




Na maçã, mais de 45 tipos de pesticidas diferentes foram encontrados nas maçãs pelo Departamento Nacional de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Não surpreendentemente, agrotóxicos também estavam presentes nos sucos de maçãs.


Morango


Sabe aquele morango bonito, vermelho e saudável da feira ou do mercado? Mais de 40 pesticidas diferentes foram encontrados nas diferentes amostras.


Uva


Uvas também entram na lista, com mais de 50 agrotóxicos diferentes identificados. Não surpreendentemente, uva-passa e vinho também contém resíduos do veneno.

Aipo


Mais de 60 pesticidas foram encontrados pelo USDA. A recomendação é sempre procurar uma alternativa orgânica.

Pêssego


O pêssego está sempre presente nas listas de alimentos com mais agrotóxicos. Mais de 60 foram encontrados nas amostras. Sua prima, a nectarina, também é melhor ser evitada.

Espinafre


Liderando na categoria de folhas verdes, as mostras de espinafre continham mais de 50 pesticidas diferentes.

Pimentão


Pelo estudo da USDA, mais de 50 pesticidas foram encontrados. Mas o pimentão está sempre liderando as listas da ANVISA, no Brasil, com mais de 89% das amostras com níveis acima do permitido por lei.

Pepino


Mais de 86 pesticidas diferentes podem ser encontrados no pepino. A maioria deles, no entanto, permanece na casca. Descascando-o antes do consumo, você deve se livrar da maior parte do veneno

Alface


Aquela saladinha saudável que você come todos os dias está na verdade cheia de veneno. Mais de 50 pesticidas foram encontrados nas amostras. Felizmente, hoje em dia está um pouco mais fácil encontrar alface orgânico nos mercados.

Leite


Os pesticidas não estão apenas nas verduras e legumes. Pesticidas e outros químicos foram encontrados no leite materno (certamente graças ao consumo de outros alimentos com agrotóxico). Outros laticínios, como leite de vaca, requeijão e queijo, também possuem sua dose de veneno.

Fonte: UOL Ciências

Imagens - Google Imagens

Veja também : É seguro, ingerir diariamente resíduos de agrotóxicos?


Orientação para Implantação e Implementação da Hora Escolar


quarta-feira, 24 de junho de 2015

Consea apoia posição do INCA sobre os agrotóxicos



O Instituto Nacional do Câncer (INCA), órgão do Ministério da Saúde, divulgou documento nesta quarta-feira (08/03) no qual adota um posicionamento sobre o uso de agrotóxicos no país e seus efeitos sobre a saúde e a segurança alimentar e nutricional dos brasileiros.

O INCA posiciona-se “contra as atuais práticas de uso de agrotóxicos no Brasil e ressalta seus riscos à saúde, em especial nas causas do câncer”. Também defende “iniciativas de regulação e controle destas substâncias, além de incentivos a alternativas agroecológicas”.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Uso de agrotóxicos no Brasil mais que dobra entre 2000 e 2012


O uso de agrotóxicos pelo agronegócio brasileiro mais do que dobrou entre 2000 e 2012. Na média do país, foram comercializados 6,9 quilos por hectare (kg/ha) plantado em 2012, alta de 11% ante o ano anterior, segundo a 6ª edição dos Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) 2015, divulgada nesta sexta-feira (19), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O tema foi alvo de recente polêmica. Em abril, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) divulgou documento no qual afirma que o Brasil se tornou o maior consumidor mundial de agrotóxicos, com consumo médio mensal de 5,2 quilos de veneno agrícola por habitante - uma medição diferente da apresentada pelo IBGE, a partir de dados do Ibama, que avalia o uso por hectare.

O Inca recomendou a "redução progressiva e sustentada" do emprego de agrotóxicos nas plantações, diante de evidências de que a exposição de pesticidas está ligada a casos de câncer.

domingo, 14 de junho de 2015

Mitos midiáticos colocam em risco a saúde do brasileiro


Por Carolina Chagas*

O momento atual pede alerta e urgência. Cada brasileiro, em 2014, consumiu 7,3 litros de agrotóxicos, presentes em dois terços dos alimentos consumidos rotineiramente nas nossas mesas, como: abobrinha, pimentão, maçã, cenoura, arroz e outros alimentos.

Esses dados foram anunciados pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, em seu quarto ano de existência, contando com o apoio de 117 entidades em defesa da causa. Não é para menos que o nosso país se configura mundialmente como recordista no consumo desses venenos.

Nosso mercado interno, tal como aponta o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), não apresenta restrições quanto ao uso de produtos banidos ou com produção suspensa em países mais ricos, devido aos agravos à saúde e ao meio ambiente.

quinta-feira, 28 de maio de 2015

Milho Transgênico Bt não cumpre seu papel



Tecnologia, conforme os produtores de MT, demandou até cinco aplicações de inseticidas e custo elevou


Via: AGROLINK

MARIANNA PERES

Apesar de o clima bom ter feito toda a diferença sobre o desenvolvimento do milho safrinha, em Mato Grosso, elevando as perspectivas de produtividade e de produção, o ciclo vai deixando um peso a mais no orçamento do produtor. 

Quase 70% deles estão realizando elevado número de aplicações de inseticida no milho semeado com a tecnologia Bt, variedade que já embute um valor agregado maior à semente e que, em princípio, deveria dispensar esse tipo de tratamento químico, ainda mais de maneira intensiva.

A constatação feita no Circuito Tecnológico – Etapa Milho, evento organizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) – evidencia, conforme a entidade, que a tecnologia está perdendo sua eficiência e, por isso, demandando maior uso de defensivos para o combate às pragas. O milho é a principal cultura de segunda safra utilizada no Estado.

O resultado foi obtido com a aplicação de questionários quantitativos, além da coleta de amostras de talhões de milho em todo o Estado no mês de abril.

“Esse é um dado que nos serve de alerta. Estão aplicando altas doses de inseticida em um milho que não precisaria disso, e se isso ocorre, é porque a tecnologia de combate já não está mais tão eficiente”, ressaltou Cid Sanches, gerente de planejamento da Aprosoja.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Uso combinado de agrotóxicos não é avaliado na prática. Entrevista com Karen Friedrich


Via: ECO DEBATE

A atualização do Dossiê da Abrasco referente aos alimentos contaminados por agrotóxicos, não só indica que 70% dos alimentos analisados foram cultivados com o uso de inseticidas, como informa que o glifosato, “o agrotóxico mais usado no Brasil”, não foi analisado nos testes e, portanto, a expectativa é de que “a contaminação seja muito maior”, disse Karen Friedrich, em entrevista concedida à IHU On-Line por telefone.

De acordo com a toxicologista, “é possível fazer testes” com o glifosato, inclusive “porque a própria empresa, quando registra um agrotóxico, tem a obrigação de repassar a tecnologia da metodologia para órgãos e laboratórios públicos que irão fazer essa análise”, explica, ao informar que não sabe por quais razões tais testes não foram realizados pela Anvisa.

sábado, 23 de maio de 2015

Anvisa analisa menos de 50% dos agrotóxicos e ignora o mais usado no país






Mais da metade dos agrotóxicos contidos em alimentos no Brasil não têm análise do mal que podem fazer à saúde. A Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária) é o órgão responsável pela análise do uso desses agrotóxicos e possui um programa, o PARA (Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos). 

VEJA:

Porém, a pesquisa feita pela agência é restrita e não contempla sequer metade dos agrotóxicos usados no país - entre eles o principal usado pelo agronegócio, o glifosato.

Os levantamentos concluíram que 64% dos alimentos investigados pela Anvisa em 2013 tinham traços de agrotóxicos. Segundo a doutora em toxicologia da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio) Karen Friedrich, a contaminação pode ser ainda maior. 

Eles coletam alguns gêneros de 18 tipos de alimentos, mas de supermercados apenas de capitais brasileiras, e analisam 230 agrotóxicos. Há uma ressalva, porque temos mais de 500, ou seja, a pesquisa avalia menos da metade. E o glifosato, que é o mais usado, não é pesquisado.

 Será que pesquisando 100% dos tipos não estariam todos contaminados?", questiona.



Segundo Karen, pesquisas mostram que cada brasileiro consome, em média, 7,3 litros de agrotóxicos por ano. Além disso, não há método para investigação do uso combinado desses agrotóxicos. "É um número alarmante", conta. "Todas as estruturas de fiscalização de controle de vigilância são falhos, não têm estrutura, sofrem influência politica e têm incentivo ao uso de agrotóxico. A bancada ruralista no Legislativo sempre os defende", completa.


Outros produtos contaminados


Segundo o Ministério da Saúde, entre 2007 a 2014, 34 mil notificações de intoxicação por agrotóxicos foram registradas no Brasil. Segundo o Dossiê da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), entre 2000 e 2012, o uso de agrotóxicos cresceu 288% no país.

Além dos alimentos in natura contaminados, Karen alerta que outros produtos derivados --até mesmo os industrializados-- também devem estar contaminados. "O resultado deve extrapolar para todos os alimentos, inclusive animal, como leite, ovo, carnes, suco de caixinha, molho de tomate, qualquer produto, que não sejam investigados nesse programa", cita.

A especialista afirma que que estudos mostram também contaminação da água que abastece muitas localidades. "Todos os municípios têm de fazer análise na água, mas nem todos fazem -só 20%. Não temos um dado robusto sobre água potável, mas temos pesquisas individuais mostrando contaminação de água de poço, de escolas, que reforçam isso.


Problemas de saúde


Para a doutora, não há dúvidas da necessidade urgente da redução de consumo de alimentos com agrotóxicos. "Por isso que a gente reforça: com a limitação da ciência, os verdadeiros danos que os agrotóxicos causam não é conhecido.

Cientificamente, toxicologicamente falando, o uso de agrotóxicos deveria ser proibido. Esse seria o mundo ideal, se não totalmente, mas pelo menos até uma transição para prática de não uso", alegou.

Karen alerta que o consumo de agrotóxicos causa, entre outros problemas, alterações hormonais, comprometimento da tireoide, dos hormônios sexuais e até câncer. "Os seres humanos estão expostos a agrotóxicos em toda sua vida, quando ele come cenoura, tomate, leite ou farinha. Ou seja, a gente consome uma mistura de alimentos com agrotóxicos, e isso pode ser danoso."

A professora afirma que não há nenhum tipo de procedimento que limpe um alimento. "Comprovado cientificamente, não tem nenhum método de remover o agrotóxico. Ele fica na superfície, mas muitos outros são usados desde a semente, em que vão sendo incorporados; ou aqueles que são aplicados sobre o alimento e vão chegar até a polpa. Nunca vai remover 100%. 

Você pode até remover da superfície, lavando com sabão neutro, ou detergente e água, mas se deve ter a consciência que não é total a limpeza", alega.

A recomendação seria, portanto, consumir a produção orgânica. "As capitais têm feiras agroecológicas. O produto orgânico é mais caro, mas eu tenho essa experiência e sei que ele dura muito mais que um que se compra em um supermercado. Temos uma perda muito menor. Se botar na ponta do lápis, pode-se perceber que não sai mais caro, fora que vamos ter uma vida muito mais saudável", sugere a doutora.

O Idec (Instituto de Defesa do Consumidor) divulga um mapa das feiras orgânicas e aponta para mais de 400 opções espalhadas por todo o país. 

Anvisa confirma


Segundo a Anvisa, as amostras de alimentos do PARA são encaminhadas aos laboratórios, e a análise é realizada pelo método analítico de "multirresíduos" ou metodologias específicas previamente validadas, que não incluem o glifosato.

"O método consiste em analisar simultaneamente diferentes ingredientes ativos de agrotóxicos em uma mesma amostra, sendo ainda capaz de detectar diversos metabólitos. O método contribui para um monitoramento rápido e eficiente, tendo em vista o aumento da produtividade do laboratório pela diminuição significativa do tempo de análise, implicando na redução de custos. Entretanto, esse método não se aplica a análise de alguns ingredientes ativos como o ditiocarbamatos, glifosato e paraquate, que demandam metodologias específicas para análise. 

Essas metodologias são onerosas e necessitam recursos adicionais para serem executadas", informou o órgão.

Sobre a lista restrita de agrotóxicos pesquisados, a agência informou que está trabalhando para ampliar o número. O critério de escolha hoje leva em conta seis itens: "os agrotóxicos mais comercializados, a toxicidade do ingrediente ativo, o histórico de agrotóxicos detectados em outros programas de monitoramento no Brasil e em outros países, a disponibilidade de padrões analíticos de agrotóxicos necessários para os laboratórios conduzirem as análises, se o resíduo pode ser detectado no método multiresíduo ou em metodologia específica e a ossibilidade de detecção de resíduos."

A Anvisa ainda informou que a análise combinada de agrotóxicos é complexa. "Essa metodologia ainda está insipiente no mundo, pois envolve a compreensão dos mecanismos de ação de centenas de agrotóxicos e os efeitos no ser humano advindos do sinergismo dessas moléculas no organismo. 

O risco é atualmente avaliado considerando a toxicidade e a exposição a cada ingrediente ativo separadamente", conclui o órgão.


domingo, 17 de maio de 2015

Estudo mostra que agrotóxicos podem causar distúrbios reprodutivos

Efeitos dos produtos químicos podem se estender também a problemas neurológicos, respiratórios e hepáticos


Um estudo elaborado pelo aluno de doutorado em Saúde Pública e Meio Ambiente da Ensp/Fiocruz Cleber Cremonese observou que grande parte dos agrotóxicos apresenta capacidade de desregulação do sistema endócrino humano, o que altera os níveis de hormônios sexuais e causa efeitos adversos, principalmente sobre o sistema reprodutor.

Câncer de mama e ovário, desregulação de ciclo menstrual, câncer de testículo e próstata, infertilidade, declínio da qualidade seminal e malformação de órgãos reprodutivos são alguns dos exemplos dessas complicações.

“Hoje é legal contaminar alguém com agrotóxico no Brasil”, critica procurador


“Não existe uso seguro de agrotóxico e seu impacto está longe de permanecer limitado ao campo. Os agrotóxicos hoje estão na nossa mesa”. (Foto: Roberta Fofonka/Sul21)


Marco Weissheimer

Em cerca de dez anos, a produção de agrotóxicos no Brasil cresceu entre 80 e 90% e o consumo aumentou aproximadamente 190%. Hoje é legal no Brasil e em outros países intoxicar ou contaminar alguém com agrotóxico, uma vez que a legislação admite um limite supostamente tolerável para o nosso organismo. A realidade é que as coisas não estão sendo ditas como deveriam. Agrotóxico é veneno e não há um uso seguro do mesmo. A avaliação do coordenador do Fórum Nacional de Combate ao uso abusivo de Agrotóxicos, Pedro Luiz Gonçalves Serafim da Silva, é uma advertência à toda sociedade e, em particular, ao Poder Judiciário e aos meios de comunicação, sobre a maneira que o tema vem sendo tratado no Brasil.

Em entrevista ao Sul21, o procurador regional do Ministério Público do Trabalho de Pernambuco fala sobre a importância de os trabalhadores e a população em geral exercerem o seu direito à informação e exigirem transparência sobre o que está presente nos alimentos e na água que estão consumindo e nos produtos que estão manipulando em seus locais de trabalho. “De 2001 para cá, a mídia está mais aberta a esse tema, mas ainda há problemas. Os meios de comunicação não podem esconder que agrotóxico é veneno, não é defensivo agrícola nem remédio para as plantas como algumas pessoas ainda dizem. É veneno e não existe uso seguro. Deve dizer também que esse não é um problema só do campo, é da cidade, inclusive de quem trabalha na mídia”, diz Pedro Luiz Serafim.

sexta-feira, 15 de maio de 2015

“O Doce Veneno dos Campos do Senhor” é escolhida melhor reportagem televisiva pela Associação Nacional dos Procuradores da República


Incidência de câncer chega a ser 30% maior que a média





Na quarta-feira 18 de junho de 2014, o repórter Roberto Cabrini mostrou algumas das graves consequências do uso dos agrotóxicos no Brasil. Intitulada ‘O doce veneno nos campos do senhor’ a reportagem foi exibida no programa Conexão Repórter e mostra o uso indiscriminado de agrotóxicos: trabalhadores rurais totalmente desprotegidos, e a água contaminada que pode atingir populações inteiras.

 No sertão nordestino, a reportagem revela uma região onde a incidência de câncer chega a ser 30% maior que a média. Com câmeras escondidas, produtores mostram como a venda dessas substâncias ainda pede mais controle.

 A pesquisadora Raquel Rigotto – uma das organizadores do recém-lançado livro Dossiê Abrasco: um alerta sobre o impacto dos agrotóxicos na saúde, é uma das entrevistadas.

Nesta terça-feira 5 de maio, a reportagem se uniu aos outros 13 vencedores do III Prêmio República de Valorização do Ministério Público Federal, em cerimônia promovida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR), no Centro de Eventos e Convenções Brasil 21, em Brasília (DF). O evento reuniu autoridades, procuradores da República, jornalistas e instituições de responsabilidade social.

Esta é a primeira vez que a entidade inclui a categoria Jornalismo na premiação. “Os jornalistas são fundamentais no que diz respeito à conscientização e à divulgação de questões de interesse público que envolvem o MPF. Esse reconhecimento é necessário para selarmos essa atuação conjunta que, ao longo dos anos, vem apresentando o trabalho dos procuradores da República para a sociedade”, justificou o presidente da ANPR, Alexandre Camanho.

Rodrigo Janot, procurador-geral da República e integrante da Comissão Julgadora, ressaltou que o evento coroa a prática do bem fazer do Ministério Público Federal e a ação do dia a dia dos membros da instituição. “Quanto mais difícil é a tarefa, mais somos chamados para ser MPF. O que nos faz forte não é falar, é agir de forma reta e simples”, acrescentou. Entre todos os trabalhos inscritos, foram escolhidos como finalistas ações inovadoras, trabalhos históricos e documentos que garantem os direitos da sociedade e a cidadania.

Assista aqui à reportagem “O Doce Veneno dos Campos do Senhor” – Conexão Repórter (Autores: Roberto Cabrini, José Brito, Daniel Vicente, Nelson de Russi e Bruno Chiarioni)





Nota do blogue:

Trabalhadores desprotegidos que se contaminam todos os dias, não é exclusivo do sertão nordestino, isso acontece também nas regiões mais desenvolvidas do país - principalmente na agricultura familiar, e existe uma omissão muito grande da assistência técnica privada e oficial.

segunda-feira, 11 de maio de 2015

TV Globo exibe reportagem sobre agrotóxicos no Brasil

    FONTE: CONSEA


A reportagem revela dados de um relatório divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Câncer, o Inca. O relatório mostra o Brasil como maior consumidor desses produtos no planeta – mais de 1 milhão de toneladas em 2009, uma proporção de 5,2 kg de veneno agrícola por habitante.

Veja também: Em 2014, cada brasileiro consumiu 7,3 litros de agrotóxicos

De acordo com o Inca, as atuais práticas de uso de produtos químicos sintéticos usados para matar insetos ou plantas no ambiente rural e urbano oferecem risco à saúde. A instituição afirma que essas substâncias geram grandes problemas como poluição ambiental e intoxicação de pessoas, como trabalhadores e moradores dos arredores de plantações e criações.