Seguidores

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Nova pesquisa comprova que transgênicos aumentaram uso de agrotóxicos


Número 610 – 30 de novembro de 2012

Car@s Amig@s,

Em outubro último a revista científica Environmental Sciences Europe publicou a primeira pesquisa revisada por pares analisando o impacto das lavouras transgênicas sobre o uso de agrotóxicos, utilizando dados do Serviço Nacional de Estatística Agrícola (NASS, na sigla em inglês) do Departamento de Agricultura do governo dos EUA (USDA).

A pesquisa é assinada pelo Professor Charles Benbrook, da Washington State University, nos EUA. Para analisar os dados, Benbrook desenvolveu um modelo capaz de quantificar, por cultura e por ano, os impactos sobre o uso de agrotóxicos das seis maiores culturas transgênicas do país durante o período de 16 anos: milho, soja e algodão tolerantes à aplicação do herbicida glifosato; milho Bt tóxico à lagarta-do-cartucho; milho Bt tóxico à lagarta-da-raiz-do-milho; e algodão Bt tóxico a insetos da ordem Lepidoptera.

Os dados oficiais mostraram que as lavouras tolerantes à aplicação de herbicida levaram a um aumento de 239 milhões de kg no uso de herbicidas nos EUA entre 1996 e 2011, enquanto as lavouras tóxicas a insetos (Bt) reduziram a aplicação de inseticidas em 56 milhões de kg.

No cômputo geral, constatou-se um aumento no uso de agrotóxicos aplicados da ordem de 183 milhões de kg entre 1996 e 2011 (cerca de 7%). O uso geral de agrotóxicos em 2011 foi cerca de 20% maior em cada hectare plantado com uma variedade transgênica, em comparação ao uso de agrotóxicos em áreas plantadas com sementes convencionais. Especificamente sobre lavouras tolerantes a herbicidas, os números indicam que, em 2011, o volume de herbicidas aplicados foi 24% maior nas lavouras transgênicas do que nas áreas onde são plantados cultivos não transgênicos.

Em declaração publicada pelo jornal New York Times, Benbrook afirmou que “o motivo pelo qual os agricultores adotaram a tecnologia tão rapidamente foi que, nos primeiros anos, ela funcionou muito bem”. Segundo o pesquisador, os dados do USDA mostram que nos primeiros seis anos de uso comercial as lavouras transgênicas tolerantes a herbicidas ou tóxicas a insetos reduziram o uso de agrotóxicos em cerca de 2%.

Entretanto, como era previsto (e foi exaustivamente alertado), após esses primeiros anos, duas dúzias de espécies de plantas invasoras tornaram-se resistentes ao glifosato, e muitas delas estão se espalhando rapidamente, o que tem levado os agricultores a aumentar as quantidades, tanto de glifosato, como de outros herbicidas utilizados para controlar as chamadas “super-ervas-daninhas” – incluindo venenos antigos e mais tóxicos que a tecnologia de tolerância a herbicidas prometia substituir. Milhões de hectares nos EUA estão infestados com mais de uma planta invasora resistente ao glifosato, o que tem elevado o uso de herbicidas em 25% a 50%, aumentando, ao menos na mesma proporção, os custos com o controle do mato.

Para Benbrook, a magnitude do aumento no uso de herbicidas nas lavouras transgênicas anulou a redução do uso de inseticidas nas lavoras Bt nos últimos 16 anos, e isso continuará a acontecer no futuro.

Em suas conclusões, o autor da pesquisa ressalta que a realidade contraria a repetida afirmação de que as lavouras transgênicas reduzem o uso de agrotóxicos, relembrando que a solução proposta pelas indústrias de biotecnologia-sementes-agrotóxicos para responder à disseminação de ervas invasoras resistentes ao glifosato é o desenvolvimento de novas variedades transgênicas tolerantes a múltiplos herbicidas, incluindo o 2,4-D e o dicamba (para quem não se lembra, o 2,4-D era um dos componentes do Agente Laranja, desfolhante utilizado pelo exército americano na Guerra do Vietnam que provocou milhares de mortes e malformações em mais de 500 mil crianças; no Brasil, a CTNBio já autorizou o plantio experimental de soja tolerante ao 2,4-D).

Benbrook afirma que esses herbicidas antigos representam riscos ambientais e à saúde notavelmente maiores do que o glifosato. Nos EUA, o milho tolerante ao 2,4-D aguarda autorização. Segundo Benbrook, sua aprovação poderá levar a um aumento adicional de 50% no uso do herbicida nas lavouras de milho.

Com relação às lavouras tóxicas a insetos cabe ressaltar que, de acordo com dados citados no estudo, o volume de toxinas Bt produzidas por hectare por plantas de milho e algodão transgênicas excede, em quase todos os casos, o volume de inseticidas substituído pelo plantio da variedade Bt. Por exemplo, o milho Bt desenvolvido para eliminar a lagarta-da-raiz-do-milho e outros insetos próximos expressa de 0,6 a 2,8 kg de toxinas Bt por hectare, ao passo que dispensou apenas cerca de 0,2 kg de inseticida por hectare. O milho transgênico chamadoSmartStax, que sintetiza três proteínas tóxicas à lagarta-do-cartucho e três proteínas tóxicas à lagarta-da-raiz-do-milho, produz cerca de 4,2 kg de toxinas Bt por hectare, 19 vezes mais que a taxa média convencional de aplicação de inseticidas e m 2010.

O pesquisador alerta ainda que as lavouras de milho e algodão Bt tóxicas a insetos estão também provocando o aumento de insetos resistentes e começam a reverter a tendência de queda no uso de inseticidas. À agência de notícias Reuters, Benbrook declarou que “a relativamente recente emergência e dispersão de populações de insetos resistentes às toxinas Bt expressas no milho e no algodão transgênicos já começaram a provocar aumento no uso de inseticidas, e continuarão a fazê-lo”. Em entrevista, ele explicou que, “para que os insetos que atacam o milho e o algod&atilde ;o parem de desenvolver resistência à toxina Bt, agricultores que plantam variedades transgênicas estão sendo orientados a pulverizar os inseticidas que o milho e o algodão Bt foram projetados para substituir”.

Entre as conclusões da pesquisa, o autor alerta que os níveis de glifosato e de toxina Bt no ambiente, na alimentação animal e nos alimentos destinados ao consumo humano aumentaram substancialmente, criando uma miríade de novas vias de exposição. Para ele, muitas novas pesquisas serão necessárias para traduzir essa maior exposição aos venenos em riscos para os humanos, os animais e o meio ambiente.

Com informações de:


- Major US Study Shows that GM Crops Have Caused Increase in Pesticide Use – Third World Network Biosafety Information Service, 29/10/2012.


- Superweeds, Superpests: The Legacy of Pesticides – New York Times website, 05/10/2012.


Reuters, 02/10/2012.


- Summary of Major Findings and Definitions of Important Terms – “Impacts of genetically engineered crops on pesticide use in the U.S. – the first sixteen years” by Charles M. Benbrook – Washington State University, 01/10/2012.


O artigo “Impacts of genetically engineered crops on pesticide use in the U.S. – the first sixteen years” (Published in Environmental Sciences Europe, Vol. 24:24 doi:10.1186/2190-4715-24-24, 28 September 2012.) está disponível na íntegra no site da revista Environmental Sciences Europe: http://www.enveurope.com/content/pdf/2190-4715-24-24.pdf

Fonte: AS . PTA

Para saber mais:

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Um refrigerante por dia aumenta risco de câncer de próstata, revela estudo


Homens que consomem o equivalente a uma lata de refrigerante por dia estão sujeitos a um risco maior de desenvolver câncer de próstata, segundo um estudo sueco anunciado nesta segunda-feira (26).

"Entre os homens que consomem uma grande quantidade de refrigerantes ou outras bebidas com adição de açúcar, constatamos um risco de câncer de próstata aproximadamente 40% maior", disse à AFP uma das autoras do estudo, Isabel Drake.

O estudo, que será publicado na próxima edição do American Journal of Clinical Nutrition, baseia-se no acompanhamento de mais de 8.000 homens da região do sul da Suécia, com idade entre 45 e 73 anos, durante uma média de 15 anos. Todos anotaram minuciosamente os alimentos e bebidas que ingeriram.

Aqueles que beberam um refrigerante (330 ml) por dia estiveram 40% mais propensos a desenvolver câncer de próstata, necessitando de tratamento.

Além disso, aqueles que tiveram uma dieta rica em arroz e massas apresentaram 31% mais chances de desenvolver formas mais benignas do câncer. Este risco foi aumentado em 38% para aqueles que ingeriram grandes quantidades de açúcar no café da manhã, relatou a pesquisadora.

Estudos anteriores já haviam indicado que os chineses e os japoneses que viviam nos Estados Unidos, o maior consumidor de refrigerantes do mundo, desenvolveram câncer de próstata com mais frequência do que os compatriotas que permaneceram em seu país.

Uma pesquisa aprofundada sobre a resposta a diferentes dietas de acordo com a genética torna possível "adaptar as recomendações em termos de comida e bebida para certos grupos de alto risco", considerou Drake.

Fonte: UOL SAÚDE

VEJA TAMBÉM:

Coca-Cola vendida no Brasil tem maior concentração de substância potencialmente cancerígena

Consumo diário de refrigerantes cola eleva risco de osteoporose em mulheres

domingo, 25 de novembro de 2012

Horta Urbana

Um bom exemplo, de Horta Urbana, além de alimentar a visão, também alimenta o corpo e a alma.







Um antigo ônibus transformado em horta
Horta na escola
Modelo de estufa para agricultura urbana


Transformando um quintal em horta urbana





HORTA URBANA EM CUBA. QUASE 80% DOS ALIMENTOS SÃO PRODUZIDOS NA PRÓPRIA CIDADE


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Agrotóxicos: dúvidas, evidências e desafios



Ciência Hoje (*)

O Instituto Nacional de Câncer abre suas portas para discutir grave problema de saúde pública: a relação entre agroquímicos e carcinogênese.

Falar mal de agrotóxicos soa um tanto clichê. Mas, se você acha que isso é coisa de natureba, bicho-grilo ou eco-chato, talvez seja hora de rever sua posição.

Afinal, não foram apenas ambientalistas impertinentes os que declararam guerra ao uso indiscriminado – e por vezes irresponsável – de agroquímicos em nossas lavouras. Instituições públicas de peso, a exemplo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), já afinaram os seus discursos para dizer à sociedade que agrotóxicos são, de fato, uma ameaça real ao equilíbrio dos ecossistemas e, principalmente, à saúde humana.

Eis que uma nova voz soma-se ao coro dos ‘insatisfeitos’. Dessa vez, foi o Instituto Nacional de Câncer (Inca) que, além de aderir à ‘Campanha permanente contra os agrotóxicos e pela vida’, abriu suas portas para o 1º Seminário Agrotóxicos e Câncer, realizado no Rio de Janeiro nos dias 7 e 8 de novembro.

A CH On-line esteve por lá e registrou na vídeo-reportagem abaixo alguns momentos e reflexões do encontro. O vídeo dá sequência à reportagem de capa publicada na Ciência Hoje em setembro passado, que trouxe à baila a generosidade do mercado brasileiro em relação a produtos tóxicos já banidos em diversos países.



Fatos recentes
Os últimos meses foram movimentados para os que acompanham a problemática dos agrotóxicos no Brasil e no mundo. Aproveitamos o ensejo para noticiar algumas atualizações:

1. Foi exonerado o ex-diretor geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cláudio Meirelles. Ele vinha sendo um dos responsáveis pelo aprimoramento dos mecanismos de registro e controle dos agrotóxicos no país – e foi, aliás, um dos organizadores do seminário do Inca que apresentamos no vídeo acima. "Meirelles era uma pedra no sapato da indústria agroquímica", comentou um dos pesquisadores durante o evento. "É óbvio que sua exoneração foi motivada por interesses políticos e econômicos vinculados ao lobby dos agrotóxicos e do agronegócio", rumoravam os participantes. Aos fatos: ele teve sua assinatura falsificada – dentro da própria Anvisa – para facilitar a liberação de venenos agrícolas sem a necessária avaliação toxicológica. Denunciou a irregularidade, mas o imbróglio custou-lhe o cargo. Em carta aberta, Meirelles explica as tensões que contextualizam sua exoneração, dando a entender que a problemática dos agrotóxicos no Brasil é não apenas um alerta à saúde pública, mas também um assunto deveras distante da transparência.

2. A Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) lançou no dia 16 de novembro, em Porto Alegre (RS), a terceira parte do Dossiê Abrasco: um alerta sobre os impactos dos agrotóxicos na saúde. A publicação, agora focada na interface entre os conhecimentos científico e popular, finaliza o ciclo dos outros dois dossiês lançados pela entidade este ano – o primeiro em abril, sobre o impacto dos agrotóxicos na segurança alimentar; o segundo em junho, analisando a relação entre agrotóxicos e saúde, ambiente e sustentabilidade.

3. O Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público do Trabalho (MPT) já se posicionaram em relação ao tema. Devido à avalanche de problemas trabalhistas e casos de intoxicação ocupacional, ambos os órgãos manifestam preocupações quanto às políticas de uso e comercialização de agrotóxicos no Brasil. Por isso, o MPT lançou em 2009 o Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, dedicado à discussão de estratégias para encarar os problemas ocupacionais e ambientais decorrentes do uso de tais produtos. Em tempo: nos dias 6 e 7 de dezembro, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro sediará o primeiro encontro anual do Fórum Estadual de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos do Rio de Janeiro.


5. O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) lançou em setembro um relatório alertando para os perigos da contaminação química nos países em desenvolvimento. A questão agrária é uma das preocupações do Pnuma, já que, segundo a Organização Mundial da Saúde, pelo menos três milhões de pessoas são intoxicadas, anualmente, em decorrência do uso de agrotóxicos.

(*) Fonte: CIÊNCIA HOJE

Parabéns a revista pela reportagem e contribuição a informação e ao debate.






sábado, 17 de novembro de 2012

Antibióticos dados a animais chegam ao solo e podem contaminar vegetais



Os antibióticos que são dados a animais chegam ao solo e podem se concentrar em legumes e vegetais comidos pelas pessoas, mostra pesquisa da USP (Universidade de São Paulo).

O engenheiro agrônomo Rafael Leal, pesquisador do Centro de Energia Nuclear na Agricultura da USP em Piracicaba, no interior de São Paulo, afirma que os resíduos atingem o ambiente de forma direta, nas fezes e na urina dos animais tratados, ou indireta, com o uso de esterco animal na adubação de propriedades rurais. Como o Brasil ainda não possui legislação sobre limites de resíduos no ambiente, Leal recomenda o controle e o monitoramento das substâncias na criação de animais.

A pesquisa avaliou quatro tipos de antibióticos, as fluoroquinolonas (norfloxacina, ciprofloxacina, danofloxacina e enrofloxacina), aplicadas em amostras de solo, de cama de frango (revestimento sobre o qual ficam os animais no criadouro) e solo fertilizado com cama de frango – foram usadas 46 amostras de cama de frango e 11 de solo, coletadas em granjas e áreas agrícolas de Piracicaba e outras sete cidades próximas.

Leal diz que verificou, ainda, “o potencial dos resíduos de serem absorvidos e eliminados dos solos representativos do Estado de São Paulo”. “Nos dois casos [cama de frango e solo], os valores foram compatíveis com os níveis relatados em outros países, podendo-se citar levantamentos conduzidos na Áustria, China e Turquia”, explica.

O engeheiro agrônomo afirma que, além de impactar negativamente organismos aquáticos e terrestres, a ocorrência dos resíduos pode aumentar a resistência de micro-organismos aos antibióticos. “As implicações da presença dos resíduos ainda são pouco conhecidas, pois começaram a ser investigadas somente a partir do ano 2000, e o Brasil carece de pesquisas na área, ignorando possíveis efeitos no ecossistema local”.

Embora não haja uma relação direta entre os efeitos dos resíduos com a saúde das pessoas, Leal observa que as concentrações transferidas ao solo pela aplicação de esterco animal podem favorecer a seleção de populações de micro-organismos resistentes. “Os resíduos também poderiam ser absorvidos e acumulados nos tecidos vegetais, causando riscos quando da colheita e consumo de alimentos de origem vegetal.”

Fonte: UOL Notícias


Noticia relacionada:



Gerente-Geral de Toxicologia da ANVISA é exonerado por denunciar corrupção


luisclaudio

O gerente-geral de toxicologia da ANVISA, Luís Cláudio Meirelles, foi exonerado do cargo nesta quarta-feira (14). Segundo carta divulgada hoje, o pesquisador que trabalhava há 12 anos na ANVISA, denunciou irregularidades graves na liberação de agrotóxicos. "As graves irregularidades envolveram o deferimento de produtos sem a necessária avaliação toxicológica, falsificação de minha assinatura e desaparecimento de processos em situação irregular."

Ao constatar as irregularidades, Meirelles tomou as atitudes esperados de um funcionário público: "Em seguida, solicitei ao Diretor-presidente o afastamento do Gerente da GAVRI, pois os problemas estavam relacionados às atividades de sua Gerência, assinalando que houve rompimento da relação de confiança exigida para o cargo.". Entretanto, a medida contrariou interesses maiores dentro da instituição, e na relação com o Ibama e MAPA.

"As razões para a exoneração me foram transmitidas pelo Diretor-Presidente da ANVISA. Após elogiar o trabalho, a lisura e o reconhecimento externo que conferi à GGTOX, ele me informou que, na sua visão, o encaminhamento das irregularidades foi confuso e inadequado, e que faltou diálogo prévio (..). Afirmou, ainda, que o processo de afastamento do gerente da GAVRI não fora apropriado, e que a indagação do Ministério Público sobre esse fato, que antecedeu às investigações internas, não deveria ter ocorrido."

Segundo informações, os agrotóxicos liberados com assinatura falsa de Meirelles seriam utilizados para ferrugem da soja, ou seja, estão ligados aos grandes interesses do agronegócio brasileiro. Ele ainda detalha na carta as pressões que a ANVISA tem sofrido para liberar cada vez mais agrotóxicos, sem a devida preocupação com a saúde da população. Confira a integra da carta de Luís Cláudio:

"Comunico que, no dia 14 de novembro de 2012, deixei o cargo de Gerente Geral de Toxicologia da ANVISA, após ter trabalhado por 12 anos e 9 meses na agência, cedido pela Fundação Oswaldo Cruz-FIOCRUZ, para onde retorno.

Durante estes anos, tive a oportunidade de interagir com muitos colegas e amigos, que muito me ensinaram. Levo da ANVISA riquíssima bagagem sobre a importância da prevenção e controle que a Vigilância Sanitária desenvolve para produzir saúde e bem-estar para a população.

Agradeço sinceramente a todos que colaboraram com a minha gestão e, ao final deste texto, segue meu novo endereço profissional na FIOCRUZ, Rio de Janeiro, onde estarei à disposição para o desenvolvimento de trabalhos de interesse público na área da saúde.

Em seguida apresento informações sobre a minha saída da ANVISA e destaco algumas questões preocupantes sobre o contexto atual, que poderão afetar a atuação do setor Saúde no controle de agrotóxicos do Brasil.

Sobre os fatos

No início do mês de agosto, identificamos irregularidades na concessão dos Informes de Avaliação Toxicológica de produtos formulados, que autorizam o Ministério da Agricultura a registrar os agrotóxicos no país. Frente aos primeiros fatos, solicitei aos gerentes que levantassem as informações para a imediata adoção de providências. Os levantamentos foram realizados e contaram com a colaboração dos responsáveis pela Gerência de Análise Toxicológica – GEATO e da Gerência de Normatização e Avaliação – GENAV. A Gerência de Avaliação do Risco – GAVRI não colaborou com qualquer informação.

As graves irregularidades envolveram o deferimento de produtos sem a necessária avaliação toxicológica, falsificação de minha assinatura e desaparecimento de processos em situação irregular.

Primeiramente identificamos irregularidade em um produto, posteriormente em mais cinco, e recentemente em mais um, com problemas de mesma natureza. Para cada um deles foi instruído um dossiê com a identificação da irregularidade e a anexação de todas as provas que mostram que o Informe de Avaliação Toxicológica foi submetido para liberação sem a devida análise toxicológica.

Por ocasião da primeira irregularidade observada, comuniquei de imediato os fatos ao Chefe da Coordenação de Segurança Institucional – CSEGI, que também é Diretor-adjunto do Diretor-Presidente, e ao Diretor da Diretoria de Monitoramento – DIMON. Informei a ambos que estava enviando os processos à CSEGI para adoção de providências e cancelando os documentos de deferimento. Não recebi qualquer orientação adicional ao que propus.

Em seguida, solicitei ao Diretor-presidente o afastamento do Gerente da GAVRI, pois os problemas estavam relacionados às atividades de sua Gerência, assinalando que houve rompimento da relação de confiança exigida para o cargo.

Todos os procedimentos e medidas foram previamente apresentados às instâncias superiores da ANVISA, na busca de auxílio e orientação. As medidas que me cabiam, enquanto gestor da área, foram adotadas para garantir a segurança dos servidores, dos documentos e dos sistemas acessados pelos técnicos da GGTOX, bem como a imprescindível visibilidade institucional.

Sobre as medidas adotadas

Para todos os produtos que apresentaram suspeita de irregularidade na avaliação toxicológica, emiti ofícios às empresas, suspendendo o Informe de Avaliação Toxicológica concedido pela GGTOX/ANVISA, bem como determinando, em alguns casos, que se abstivessem de comercializar o produto até que as irregularidades fossem apuradas e sanadas. Também encaminhei os ofícios ao Ministério da Agricultura, com cópia para o IBAMA, notificando as decisões e solicitando as medidas adequadas.
Solicitei à Gerência Geral de Tecnologia da Informação-GGTIN, cópia do backup de todos os documentos da pasta da GGTOX que ficam no servidor da ANVISA. A cópia está disponível na GGTIN e para o Gerente Geral de Toxicologia, no modo leitura.

Encaminhei à CSEGI o relato de todas as medidas adotadas, a descrição detalhada dos fatos e os documentos juntados, para a adoção das providências cabíveis. Informei ainda, em todos os memorandos, que seguíamos na busca de outras possíveis irregularidades, o que poderia resultar no envio de novos processos àquela Coordenação.

Por último, comuniquei os fatos e providências ao conjunto dos servidores, e discutimos a natureza grave do problema. Enfatizei, ainda, a importância de garantir o prestígio da GGTOX-ANVISA e de quem nela trabalha, afastando as estratégias destrutivas que buscam desqualificar a ação reguladora das instituições públicas em episódios com este.

Sobre a exoneração

As razões para a exoneração me foram transmitidas pelo Diretor-Presidente da ANVISA. Após elogiar o trabalho, a lisura e o reconhecimento externo que conferi à GGTOX, ele me informou que, na sua visão, o encaminhamento das irregularidades foi confuso e inadequado, e que faltou diálogo prévio, o que gerou dificuldades na relação de confiança entre minha pessoa e a Diretoria. Afirmou, ainda, que o processo de afastamento do gerente da GAVRI não fora apropriado, e que a indagação do Ministério Público sobre esse fato, que antecedeu às investigações internas, não deveria ter ocorrido.

Em resposta, discordei dos argumentos apresentados, pois, como dito por ele, não havia críticas à minha gestão, e a solicitação de investigação das irregularidades era de minha obrigação enquanto gestor e servidor público. Também destaquei que respeitei a hierarquia e os encaminhamentos formais.
Disse ainda que sempre estive à disposição da Diretoria para informá-la dos fatos, e busquei diálogo e orientação junto à CSEGI e à DIMON. Lembrei que, durante o episódio, as gerentes da GEATO e da GENAV não foram chamadas sequer uma vez para informar ou confrontar alguma afirmação que por ventura não tivesse sido clara o suficiente para suscitar uma rápida tomada de providências.

Também esclareci ao Diretor-Presidente que as manifestações externas sobre a minha exoneração não deveriam ser interpretadas como pressão para me manter nesse cargo, pois eu tampouco desejava continuar a trabalhar sob sua direção. No entanto, zelaria para que a apuração das irregularidades fosse levada até a última instância.

Sobre o futuro

Frente ao exposto, considero importante compreender que o episódio das irregularidades deve ser tratado com a firmeza necessária, sem que isto venha denegrir a qualidade do trabalho realizado pela Gerência de Toxicologia ou ocultar a tentativa de desregulamentação do controle dos agrotóxicos no Brasil.

Nesse contexto, destaco alguns fatos que vêm ocorrendo e cujo objetivo é o de retirar competências da Saúde ou “flexibilizar” sua atuação. Eles têm sido debatidos e repudiados pela Gerência, pelo retrocesso que representam para a sociedade:

- O Projeto de Lei - PL n˚ 6299/2002, ao qual foram apensados outros PLs (PL 3125/2000, PL 5852/2001, PL 5884/2005, PL 6189/2005, PL 2495/2000, PL 1567/2011; PL 4166/2012; PL 1779/2011, PL 3063/2011 e PL 1567/2011), que estão tramitando na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, e que retiram competências da ANVISA e do IBAMA nas avaliações de agrotóxicos.
- A criação de uma “Agência nacional de Agroquímicos”, veiculada pela mídia, e cujo conteúdo informa que um dos fatores impeditivos da implementação da nova Agência seria a “resistência dos técnicos da ANVISA”(sic).
- As tentativas de desqualificação da Consulta Pública 02, de 2011, oriunda da revisão da Portaria 03, de 1992, e que estabelece critérios cientificamente atualizados para a avaliação e classificação toxicológica de agrotóxicos. Durante o período da consulta pública, o setor regulado chegou a propor que esta revisão fosse suspensa.
- As tentativas permanentes de impedimento da reavaliação de agrotóxicos ou de reversão das decisões já adotadas, através das constantes pressões políticas e demandas judiciais. Tais procedimentos tem sufocado o trabalho da Gerência. Oito produtos ainda estão pendentes de conclusão; a proibição do metamidofós foi emblemática, pelo tanto que onerou as atividades da equipe.
- As tentativas de flexibilização da legislação, com o intuito de permitir a criação de normas que autorizem as alterações de composição e o reprocessamento de produtos, sem critérios técnicos fundamentados.

Abraços.

Luiz Cláudio Meirelles
Pesquisador em Saúde Pública
meirelles@ensp.fiocruz.br
(21) 2598-2681/2682
Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana – CESTEH
Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca – ENSP
Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ
Rua Leopoldo Bulhões, 1480, Manguinhos.
CEP 21041-210 Rio de Janeiro, RJ.

Fonte: Agrotóxicos Mata

Atualização em 23/11/2012

Veja a reportagem que saiu no Jornal Nacional com o posicionamento da ANVISA.

ANVISA DEMITE GERENTE - GERAL QUE DENUNCIOU FRAUDE EM AUTORIZAÇÕES

Atualização em 25/11/12

Procurador considera ‘gravíssima’ denúncia contra Anvisa




sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Efeitos dos Agrotóxicos na Saúde


Raquel Rigotto, professora e pesquisadora da Universidade Federal do Ceará, alerta para os efeitos dos agrotóxicos na saúde humana.

Dra Raquel coloca sobre os efeitos dos agrotóxicos nos rins, pulmões, pele e muitos deles são disruptores endócrinos, ou seja, eles entram em nosso corpo e se comportam como fosse hormônios sexual masculino ou feminino e eles alteram o mecanismo hormonal do ser humano.

Em estudo realizados nos EUA em jacarés observou a feminilização dos machos e no Brasil a pesquisadoras chama a atenção sobre a antecipação da puberdade nas meninas.

Dra Raquel Rigotto relata uma pesquisa em que um trabalhador morreu e o caso foi investigado com 04 professores da faculdade de medicinal da universidade do Ceará por um 1,5 anos e provou-se que ele teve hepatopatia crônica tóxica - doença do fígado provocado por agrotóxico.

Veja o vídeo:



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Perigo Oculto


Entre maio e julho, o Idec enviou para análise em laboratório 53 amostras de alimentos semiprocessados ou pouco processados (sucos integrais, geleias, caldas e conservas) à base de morango, uva, abacaxi e pepino. O objetivo era verificar a presença de resíduos agrotóxicos nesses produtos industrializados, uma vez
que o PARA, da Anvisa, avalia só limentos in natura. A pesquisa observou também se os rótulos dos produtos estão de acordo com a legislação

Fonte: IDEC

domingo, 11 de novembro de 2012

Soluções locais para uma desordem global

Excelente documentário que mostra que a revolução verde nada mais foi do que aproveitar os produtos químicos que sobraram da II Guerra.

"A revolução verde contaminou o solo, a água e ar e destruiu a biodiversidade; a Índia tinha 200.000 variedade de arroz antes da revolução verde e  hoje apenas 50."

Num cenário onde as grandes corporações expulsam o homem do campo para a cidade, gerando miséria, contaminação e incrível dependência de petróleo, certos agricultores baniram os químicos de suas lavouras conseguindo finalmente se livrar desta dependência e obtiveram ao mesmo crescimento econômico.

O veneno aplicado na agricultura pode seguir por 3 caminhos, "para a água, para a terra ou para seu estômago"


Soluciones Locales para un desastre global-Solutions Locales pour un Désordre Global-Coline Serreau from Partido Pirata Argentino on Vimeo.

Fonte: Doc Verdade

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Venenos na Lavoura - Série especial TV Gazeta



A segunda série especial da reportagem - Veneno na Lavoura comenta a pesquisa realizada  pelo Instituto Nacional do Câncer - INCA, que revela que exposição a produtos químicos e a falta de equipamentos de segurança adequados esta entre os causadores de mais de 19 tipos de câncer e entre eles os de  pulmão, pele, fígado, laringe, bexiga e diversas leucemias.

A reportagem também mostra a desinformação  e a falta de preparo do homem do campo que não usam equipamentos de segurança e coloca em risco a sua vida.

Veja a reportagem completa acessando o link abaixo


A terceira série da reportagem abrange os riscos á  saúde  que vai desde pequenas alterações sensoriais e /ou psiquiatras,  a impotência, separação familiar, problemas na gravidez, alterações cromossômicas nos recém nascidos etc.
De 170 crianças que são atendidas na APAE  de Muniz Freire - ES, cerca de 80% são filhos ou filhas de trabalhadores rurais.

Veja a reportagem no link abaixo:



A primeira série da reportagem mostra a facilidade em comprar agrotóxicos sem documentos, veja:



Como podemos notar que uma das ênfases da reportagem é que os trabalhadores não usam o EPIs - mas, os EPIs, protegem totalmente o trabalhador?



Vamos ver o que dizem alguns especialistas...

Os EPIs por mais eficientes que sejam, podem reduz a exposição do trabalhador ao produto químico, mas não elimina totalmente a exposição ao agente químico e pesquisadores já alertam “na maioria das vezes, parece que os EPIs agrícolas não conseguem evitar a contaminação, o acidente ou a lesão” (VEIGA et al., 2007. p.9).

Discutiu-se ainda a possibilidade dos EPIs apresentarem lacunas funcionais no projeto (VEIGA, 2007), no que diz respeito a sua permeabilidade, conforto térmico, máscaras e protetores faciais que embaçam com a respiração e outros acessórios que não foram projetados para uso integrado e que nos casos analisados além de não neutralizar a insalubridade aumentam a probabilidade de contaminação dos trabalhadores em algumas atividades.

Corraborando o foi colocado por (Veiga, 2007) o médico do trabalho e doutor em toxicologia Wanderlei Pignati em entrevista ao Portal Viomundo (AZENHA, 2011) coloca:

O uso seguro do agrotóxico é altamente questionável. Pode ser seguro para o trabalhador, isso se ele usar todos os EPI. Mesmo assim, tem toda uma questão da eficiência e eficácia desses EPI. Sou também médico do trabalho e a gente vê isso. A eficiência e eficácia do EPI é de 90%, se [os trabalhadores] usarem máscara com o filtro químico adequado. E o resto do vestimento? Agrotóxico penetra até pelo olho! Pela mucosa, pela pele. Então teria que ter até um cilindro de oxigênio para respirar igual a um astronauta. O filtro pega 80% ou 90% dos tipos de agrotóxico. Hoje, você tem mais de 600 tipos de princípios ativos e são 1.500 tipos de produtos formulados. Tem agrotóxicos novos com moléculas muito pequenas que passam pelo filtro. Então, com toda a proteção ideal, você protege o trabalhador. Mas, e o ambiente?

Referências



VEIGA, Marcelo Motta; DUARTE, Francisco José de Castro Moura; MEIRELLES, Luiz Antonio; GARRIGOU, Alain; BALDI, Isabelle; A contaminação por agrotóxicos e os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) . Rev. bras. Saúde ocup., São Paulo, 32 (116): 57-68, 2007. Disponível em: . Acesso em: 10 outubro de 2012. 


AZENHA, M. Exclusivo: A pesquisadora que descobriu veneno no leite materno.VIOMUNDO, 2011. Disponível em: < http://www.viomundo.com.br/denuncias/exclusivo-a-pesquisadora-que-descobriu-veneno-no-leite-materno.html> Acesso em : 01julho de 2012.


Mas estes agrotóxicos chegam até ao consumidor?

Veja:









quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Anvisa retira agrotóxico utilizado como chumbinho do mercado



Daniele Bragança*
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) baniu do mercado brasileiro o agrotóxico aldicarbe, que tinha permissão de uso em plantações como feijão, mas utilizado irregularmente como chumbinho, um raticida doméstico conhecido por ser letal. Os dados dos envenenamentos relacionados a chumbinho no país mostram que, das 8 mil ocorrências anuais, 4. 800 está relacionado ao uso do aldicarbe como principal substância tóxica.

“O chumbinho é um produto ilegal e perigoso para a saúde da população, sendo o uso e comércio deste agrotóxico como raticida doméstico enquadrado como uma atividade ilícita e criminosa”, afirma Agenor Álvares, diretor de Controle e Monitoramento Sanitário da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O chumbinho é feito de agrotóxicos de uso exclusivo da lavoura que são desviados do campo para as cidades e comercializados ilegalmente como raticida. O principal defensivo é o aldicarbe, que corresponde a 50% dos chumbinhos analisados e possui a mais elevada toxicidade aguda entre todos os ingredientes ativos de agrotóxicos até então autorizados para uso no Brasil. A escolha da substância varia de região para região do país. Outros agrotóxicos encontrados em amostras analisadas de ‘chumbinho’ são o carbofurano (carbamato), terbufós (organofosforado), forato (organofosforado), monocrotofós (organofosforado) e metomil (carbamato).

O aldicarbe só era permitido para uso agrícola nas culturas de algodão, batata, café, cana-de-açúcar, citros e feijão.

Além do perigo para a saúde, segundo a Anvisa, o uso do chumbinho é ineficaz para combater roedores. Funciona assim: como ele mata de imediato o rato que o ingere, os demais observam e não consomem o alimento envenenado. Já os raticidas legalizados agem como anticoagulantes, provocando envenenamento lento. Dessa forma, a morte do animal não fica associada ao alimento ingerido, o que faz com que todos os ratos da colônia ingiram o veneno.

Segundo nota divulgada pela Anvisa, o Temik 150 era o único produto à base aldicarbe que possuía autorização de uso no Brasil. O órgão afirmou ainda que o cancelamento do registro dos produtos segue recomendação feita durante reunião da Comissão de Reavaliação Toxicológica, em 2006, quando estabeleceu-se medidas que restringiram o seu uso. Por exemplo, a venda do produto em estados como Bahia, Minas Gerais e São Paulo foi limitada a agricultores certificados e propriedades cadastradas. Outra medida foi a inclusão de agente amargante e de emético (substância que induz ao vômito) na formulação do produto.

Após o processo de reavaliação, a Bayer S/A apresentou ano passado um cronograma de descontinuidade de comercialização e distribuição do produto. A empresa se comprometeu a recolher qualquer sobra em posse de agricultores.

Em junho de 2012, a Anvisa cancelou o informe de avaliação toxicológica dos agrotóxicos a base de aldicarbe. Em outubro de 2012, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou no Diário Oficial o cancelamento do registro do Temik 150, o que torna, oficialmente, proibido a produção e venda de qualquer agrotóxico à base de aldicarbe.

“Os motivos do banimento do aldicarbe do mercado nacional estão relacionados à alta incidência de intoxicações humanas e de envenenamento de animais, devido ao desvio de uso do referido agrotóxico”, explica Álvares.

Os sintomas típicos de intoxicação são registrados em menos de uma hora após a ingestão e incluem náuseas, vômito, sudorese, salivação excessiva, visão borrada, contração da pupila, dor abdominal, diarreia, tremores e taquicardia.

Em caso de intoxicação, a orientação da Anvisa é que a pessoa ligue para o Disque-Intoxicação: 0800-722-6001. O serviço é gratuito e está disponível para todo o país.*Com informações da Assessoria de Imprensa da Anvisa.

* Fonte: Eco notícias

Veja também: