A documentarista francesa Marie-Monique Robin, autora do O Mundo Segundo a Monsanto, dedicou-se três anos de sua vida para desvendar como uma indústria de químicos virou a maior companhia mundial de sementes geneticamente modificadas (transgênicas) e uma das empresas mais influentes do planeta, segundo a revista Business Week.
Marie trabalha há 25 anos com matérias investigativas e recebeu prêmios como o Albert Londres, em 1995, concedido a um documentário sobre o tráfico internacional de órgãos.
Em 2004, ela foi aclamada na Europa ao produzir o também premiado Esquadrões da Morte: a escola francesa, sobre a relação do governo francês com ditaduras da América latina, nos anos 70.
Para escrever a história da Monsato, Marie analisou 500 mil páginas de documentos e viajou à Grã-Bretanha, Estados Unidos, Índia, México, Vietnã e Noruega.
Para ler uma entrevista com Marie-Monique acesse: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI20603-15254,00.html
Segue abaixo um resumo do documentário e em seguida o filme completo.
Muitos estudos científicos provaram que o roundup é altamente tóxico, por exemplo, ele provoca disfunções na divisão celular como mostra o estudo do professor Robert Bellé , PhD The French National Center for Scientific Reserarch (CNRS).
Segundo o professor – esta foi a primeira disfunção que observamos no roundup e por isso acreditamos que ele provoca os primeiros estágios que levam ao câncer.
O professor recebeu a ordem para ficar calado pois o resultados do estudo poderia provocar ainda mais polêmica sobre os alimentos trangênicos.
A toxicidade do roundup foi ocultada para não prejudicar o desenvolvimento dos transgênicos.
A pergunta que a documentarista fez e foi em busca de resposta foi:
“Estes grãos de soja, “fabricados para resistir a um herbicida poderoso vão acabar em nossos pratos devem ter sido rigorosamente testados antes de seu lançamento no mercado”
A documentarista foi atrás do ministro da agricultura da época no governo Bill Clinton, de1995 a 2000 – Dan Glick e uma pequena parte que ela obteve dele segue abaixo:
“Estes grãos de soja, “fabricados para resistir a um herbicida poderoso vão acabar em nossos pratos devem ter sido rigorosamente testados antes de seu lançamento no mercado”
A documentarista foi atrás do ministro da agricultura da época no governo Bill Clinton, de
“ Percebi nos primeiros anos que estive envolvido com a regulamentação da bioctenologia é que houve um sentimento geral no nosso governo e no setor de agronegócios que se você não atendesse efetivamente a favor da aprovação rápida de produtos bioctenológicos de cultivos transgênicos então você seria de certa forma antiprogresso e anticiência.
(...) uma porção de gente no setor de agronegócios a quem não interessava as análises e testes que provavelmente deveríamos ter efetuado porque tinha muito dinheiro investido nos produtos.
Isto mostra que nos EUA o ministro da agricultura não tem a menor chance contra as multinacionais.
E no Brasil?
Mas como foi a regulamentação dos transgênicos nos EUA?
A documentarista foi conversar com James Maryanski que chefiava o departamento de bioctenologia da FDA naquela época – 1985-2006.
James Maryanski admitiu que a regulamentação dos transgênicos foi uma decisão política e não científica.
Jeremy Rifkin – President of the Foundation for Economic Trends coloca que “equivalências substancial” foi uma estratagema para atender às necessidades daquelas empresas, principalmente a Monsanto.
O documentários também abordou a aprovação do hormônio de crescimento bovino que aumenta em 20% a produção de leite.
A Monsanto começou a vender para os produtores de leite em 1994 sob o nome comercial Posilac.
Em 1984 a Monsato solicitou ao FDA a autorização para o lançamento do Posilac.
Os Peritos do Centro de Medicina Veterinária da FDA revisaram os textes que a empresa havia realizados com seus rebanhos experimentais.
O veterinário responsável pela revisão desses testes era Richards Burroughs e ele afirmou que funcionários da agência regulatória omitiram e suprimiram dados.
Segundo o Veterinário os dados que Monsanto apresentou não estavam completos e faltavam várias informações importantes e ao solicitar as informações ele foi afastado do projeto - “ Quando você esta no caminho deles , eles simplesmente te afastam. Jogaram-me para escanteio e depois me demitiram”
Apard Pusztai cientista reconhecido mundialmente perdeu seu emprego quando alertou sobre os alimentos transgênicos.
Em seus testes com ratos alimentados com batata transgênica na Escócia - as batatas transgênicas foram reconhecidas como um organismo estranho havendo um aumento no estimulo reprodutivo e uma aceleração do sistema imunológico dado que contradizia até então tudo que a FDA vinha dizendo em relação a tecnologia.
Um dia após a publicação de uma entrevista e divulgação dos dados o Dr. Apard Pusztai foi demitido e a equipe de pesquisa desfeita.
O documentário também coloca as pressões e impactos que tem ocorridos com os produtores em diferentes países:
O Centro para Segurança Alimentarem Washington DC publicou um estudo sobre produtores processados pela Monsanto por não respeitarem a patente das sementes e descobriu pelo menos 100 processos e muitas falências.
O Centro para Segurança Alimentar
A contaminação mesmo não intencional de uma lavoura de soja por soja transgênica tem sido motivo de ação da Monsanto contra os produtores para receber os royalties.
A semente convencionais registradas são compradas e plantadas como convencionais, mas já vem contaminadas. O produtor prejudicado é alvo de processo que coloca em risco sua propriedade porque a empresa cobra o royalty.
Quem vende a semente não sofre penalização por vender sementes contaminadas, o agricultor sim e o documentário mostra um caso deste.
Quem vende a semente não sofre penalização por vender sementes contaminadas, o agricultor sim e o documentário mostra um caso deste.
A Índia o terceiro produtor mundial de algodão foi introduzido o algodão BT.
Em 2006 a safra foi destruída por uma doença que atinge o algodão transgênico e que a propaganda da Monsanto que há uma redução em 78% aplicação de herbicida e produz melhores safras não é verdadeira.
Mesmo que os produtores queiram comprar sementes convencionais eles não as encontram para comprar.
Atualmente na Índia a Monsanto controla praticamente todo o mercado de sementes de algodão e força os agricultores a comprar as sementes a preços 4 vezes superiores das sementes convencionais e os produtores são obrigados a recorrer a agiotas e quando a safra é ruim vão a falência.
Kishor Tiwari mostra o mapa do algodão cultivado na Índia. No primeiro ano tiveram 600 suicídios e no segundo ano que ainda não havia terminado já tiveram 680 suicídios.
Eles colocam que todas estas biotecnologias estão deixando os produtores na total dependência o mercado porque você tem pagar muito mais pelas sementes e também tem que comprar o herbicida.
(Você acha que no Brasil é diferente? Acesse: http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com/2011/11/desabafo-de-um-produtor-transgenicos.html
Ignácio Chapela, PhD University of Califórnia , Berkeley trabalhou durante 15 anos com comunidades indígenas em Oaxaca, México.
O México por ser o centro de origem do milho tem uma enorme biodiversidade e para preservá-la proibiu o plantio do milho transgênico, mas devido ao um acordo assinado não pode proibir a importação do milho americano;
Segundo estudo realizado pelo professor Dr. Ignácio Chapela os transgênicos já contaminaram o milho mexicano.
Espécies locais mantidas e cuidadas pelas populações indígenas há milhares de anos já tinha sido atingidas por contaminação transgênicas principalmente dos EUA.
O trabalho de Ignácio Chapela provocou uma reação violenta no México.
Aldo Gonzáles President of na organization for the indigenous population - diz: nós andamos perguntando se esta contaminação não seria intencional se o centro de origem do milho for contaminado , o resto do mundo virá atrás . A contaminação beneficia apenas as multinacionais como a Monsanto
E qual foi a reação da Monsanto?
A Monsato consegui a demissão do professor Dr. Ignácio Chapela.
Jonathan Matthews President of GM Watcn coloca: “trata-se de uma organização que esta determinada a forçar a entrada de seus produtos, no mundo inteiro e determinada a acabar com a reputação de quem quer que se coloque em seu caminho.
O documentário também coloca que a partir da Argentina a semente transgênica se espalha misteriosamente para os países vizinhos como o Brasil e o Paraguai.
Em 2005 o Paraguai legalizou os plantios contrabandeados.
Roberto Franco Secretário da Agricultura do Paraguai coloca: vimo-nos forçado a autorizar as sementes transgênicas porque elas já haviam entrado no pais de uma forma não ortodoxa.
Parece que vimos este mesmo filme se repetir no Brasil?
Parece que vimos este mesmo filme se repetir no Brasil?
O documentário trás o impacto sócio-ambiental que a soja transgênica trouxe para os agricultores do Paraguai.
No Brasil não esta sendo diferente.
Veja o filme completo e tire suas conclusões...
Nenhum comentário:
Postar um comentário