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segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Brasil libera quantidade até 5.000 vezes maior de agrotóxicos do que Europa




O debate sobre o uso de agrotóxicos ganhou um novo capítulo, e ele não é bom para o Brasil. Estudo inédito revelou o abismo que existe entre a legislação brasileira e a da União Europeia sobre o limite aceitável de resíduos na água e nos alimentos.

A contaminação da água é o que mais chama a atenção, com a lei brasileira permitindo limite 5.000 vezes superior ao máximo que é permitido na água potável da Europa.

No caso do feijão e da soja, a lei brasileira permite, respectivamente, o uso no cultivo de quantidade 400 e 200 vezes superior ao permitido na Europa. Esses são os resultados do estudo "Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil ...

Esses são os resultados do estudo "Geografia do Uso de Agrotóxicos no Brasil e Conexões com a União Europeia", da pesquisadora Larissa Mies Bombardi, do Laboratório de Geografia Agrária da USP (Universidade de São Paulo). ...


"Infelizmente, ainda não é possível banir os agrotóxicos. Por isso, é importante questionar por que o governo brasileiro não usa parâmetros observados no exterior", afirma Bombardi, para quem a permissividade em relação à água "é "é uma barbárie".

Enquanto a União Europeia limita a quantidade máxima que pode ser encontrada do herbicida glifosato na água potável em 0,1 miligramas por litro, o Brasil permite até 500 vezes mais. O Brasil tem, segundo o estudo, 504 agrotóxicos de uso permitido. Desses, 30% são proibidos na União Europeia --alguns há mais de uma década.

Esses mesmos itens vetados estão no ranking dos mais vendidos. O acefato, tipo de inseticida usado para plantações de cítricos, é o terceiro da lista.


Uma nota técnica da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) citada no estudo de Lombardi mostra que o acefato causa a chamada "síndrome intermediária". Entre os danos à saúde estão fraqueza muscular dos pulmões e do do pescoço. Em crianças, o risco é mais acentuado. "A nossa legislação é frouxa no que diz respeito aos resíduos e à quantidade permitidos na União Europeia", diz Bombardi.

Veja a reportagem completa no link abaixo:





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