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quarta-feira, 6 de março de 2013
Monsanto paga para produtores usarem mais veneno

Nada como um dia após o outro para se derrubar um a um os embustes promovidos pela Monsanto e suas congêneres. Na sua terra natal, a empresa está pagando até 50 dólares por hectares para os produtores usarem dois outros herbicidas sobre as plantações transgênicas. Tamanho o estrago causado pela adoção massiva das sementes resistentes ao Roundup que a empresa agora tem que pagar o mico de subsidiar venenos de suas concorrentes.
As diferentes espécies de mato que ganharam resistência ao glifosato (Roundup) já se espalharam por 22 estados norteamericanos, onde outros produtos mais tóxicos são necessários para controlá-las. No Brasil, são pelo menos 4 milhões de hectares com o mesmo problema.
A Monsanto anunciou que está oferecendo abatimentos de 15 dólares por hectare para os herbicidas para a soja e aumentou para até 50 dólares os descontos para o algodão Roundup Ready, cultura onde o problema é maior. Com a medida a empresa espera conter o aumento da área com mato resistente e seguir vendendo seu Roundup. O subsídio vai para um produto da própria Monsanto, chamado de Warrant, e para um da Syngenta.
Mesmo diante do fiasco a empresa e seus especialistas segues alimentando ilusões. Tentam minimizar o problema alegando que o pacote “semente Roundup Ready + herbicida Roundup” permite que os produtores controlem o mato sem ter de arar a terra, evitando assim perdas de solo por erosão. Em 2007, relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (National Resource Inventory) informou que “não houve progesso na redução da erosão do solo no cinturão do milho desde 1997”. É nessa região no meio-oeste que se cultiva o grosso do milho e soja resistentes ao Roundup no país. E o relatório ainda informa que uma propriedade média de Iowa perde cerca de duas toneladas de solo por hectare/ano.
Onde estão os experts do CIB, da CTNBio, do governo e os ruralistas que sempre defenderam a liberação dos transgênicos alegando que eles iriam reduzir o uso de venenos e ajudar o meio ambiente? Houve até quem dissesse que os produtores estavam tendo mais tempo para pescar e ficar com a família depois que passaram adotaram as milagrosas sementes da Monsanto. De que lado afinal de contas está o obscurantismo?
segunda-feira, 4 de março de 2013
Agrotóxicos e Parkinson: pesquisadores desvelam mais provas da conexão
4 de março de 2013
Por Mark Wheeler
Do UCLA Newsroom*
Por vários anos, os neurologistas da UCLA (nt.: Universidade da Califórnia, Los Angeles) vêm conjeturando uma percepção de que há um vínculo entre agrotóxicos e a doença do Mal de Parkinson. Até agora, os venenos agrícolas paraquat, maneb e ziram — comumente asperguidos no Vale Central da Califórnia e outros lugares — vêm sendo conectados aos aumentos da doença, não somente entre os trabalhadores, mas também nos indivíduos que simplesmente vivem ou trabalham próximos aos campos cultivados ou que provavelmente venha inalando as partículas da deriva.
Agora os pesquisadores da UCLA descobriram a conexão entre o Parkinson e um outro agrotóxico, o benomil (nt.: fungicida usado no Brasil), cujos efeitos toxicológicos ainda permanecem mesmo depois de 10 anos de ter sido banido pela agência ambiental dos EUA (nt.: U.S. Environmental Protection Agency).
Ainda mais significativo é que a pesquisa sugere que a série de eventos danosos postos pelo agrotóxico benomil, podem também ocorrer em pessoas com a doença de Parkinson que nunca foram expostas ao veneno, de acordo com Jeff Bronstein, autor e coordenador do estudo e professor de neurologia na UCLA, e seus colegas.
A exposição ao benomil, dizem eles, inicia uma série de eventos celulares que podem levar à doença de Parkinson. O agrotóxico impede que a enzima chamada aldeido desidrogenase/ALDH se mantenha como uma tampa sobre a DOPAL (nt.: 3-4-dihidroxifenilacetaldeido), uma toxina que naturalmente ocorre no cérebro. Quando fica sem ser controlada pela ALDH, a DOPAL se acumula, danifica neurônios e aumenta o risco individual para o desenvolvimento da doença de Parkinson.
Os investigadores acreditam que suas descobertas a respeito do benomil podem ser generalizadas a todos os pacientes com Parkinson. O desenvolvimento de novos medicamentos para proteger as atividades da ALDH, dizem eles, pode eventualmente auxiliar a retardar a progressão da doença, tenha sido ou não o indivíduo exposto aos agrotóxicos. A pesquisa está publicada na edição atual ‘on line‘ do periódico Proceedings of the National Academy of Sciences.
A doença de Parkinson é uma desordem debilitante neurodegenerativa que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Seus sintomas — incluindo tremor, rigidez e movimentos e fala arrastados — aumentam com a degeneração progressiva dos neurônios, fundamentalmente na parte do mesencefálico chamada de substância nigra. Esta área normalmente produz dopamina, um neurotransmissor que permite a comunicação das células e danos a esta parte cerebral têm sido conectados a doença. Geralmente, antes que os sintomas de Parkinson manifestam-se, mais da metade destes neurônios, conhecidos como neurônios dopaminérgicos, já foram perdidos.


Enquanto os pesquisadores têm identificado uma certa variação genética que causa uma certa forma de herança de Parkinson, somente uma pequena fração da doença pode ser responsabilizada aos genes, diz o principal autor de uma pesquisa, Arthur G. Fitzmaurice, um aluno do pós-doutorado no laboratório de Bronstein.
“Como resultado, fatores ambientais quase que certo que também desempenham um papel importante nesta desordem”, disse Fitzmaurice. “Compreender os mecanismos relevantes — particularmente o que provoca a perda seletiva de neurônios dopaminérgicos — pode fornecer pistas importantes para explicar como se desenvolve a doença”.
O fungicida benomil foi largamente empregado nos EUA por três décadas até as evidências toxicológicas revelarem que ele poderia potencialmente desenvolver tumores de fígado, malformações cerebrais e efeitos reprodutivos além de ser carcinogênico. Foi banido nos EUA em 2001.
Os pesquisadores queriam explorar se havia uma relação entre o benomil e o Parkinson, que pudesse demonstrar a possibilidade de efeitos toxicológicos de longo prazo pelo uso do agrotóxico, mesmo uma década depois de sua exposição crônica. Em razão de não se poder estabelecer uma relação causal direta entre agrotóxicos e a Parkinson testando com seres humanos, os pesquisadores procuraram determinar se a exposição em modelos experimentais poderia replicar algumas das características patológicas da doença. Testaram em primeiro os efeitos do benomil em culturas de células e confirmaram que o agrotóxico danificou ou destruiu os neurônios dopominérgicos.
Depois eles testaram o agrotóxico com o modelo experimental empregando o modelo do peixe ‘paulistinha ou zebrafish’ da doença. Este peixe de água fresca é comumente utilizado em pesquisas porque é facil para ser manipulado geneticamente, desenolve-se rapidamente e é transparente, tornando a observação e a medição biológica muito mais fácil. Pelo uso de um corante fluorescente e contando os neurônios os pesquisadores descobriram que havia uma significantiva perda de neurônios no peixe – mas somente os dopaminérgicos. Os outros neurônios não foram afetados.
Até agora, evidências tinham apontado um culpado particular — a proteina chamada α-synuclein — no desenvolvimento do Parkinson. A proteina, comum nos pacientes de Parkinson, é avaliada de que é quem cria a via para a doença quando conecta conjuntamente nos ‘aglomerados’, tornando-se tóxica e matando os neurônios do cérebro.
A identificação da atividade desta enzima ‘ALDH’ agora dá aos pesquisadores outro alvo para focar sobe uma tentativa de estancar esta doença.
“Sabíamos que nos modelos de pesquisa com animais e em culturas de células, os agrotóxicos provocam um processo neurodegenerativo que leva à doença de Parkinson”, diz Bronstein, que dirige o Programa de Movimento de Desordens da UCLA. “E estudos epidemiológicos têm mostrado consistentemente que a doença ocorre em altos níveis entre os agricultores e a população rural. Nosso trabalho reforça a hipótese de que os agrotóxicos podem ser parcialmente os responsáveis e a descoberta desta nova via pode ser uma nova trilha para o desenvolvimento de fármacos”.
Outros autores deste estudo inclui Lisa Barnhill, Hoa A. Lam, Aaron Lulla, Nigel T. Maidment, Niall P. Murphy, Kelley C. O’Donnell, Shannon L. Rhodes, Beate Ritz, Alvaro Sagastig e Mark C. Stahl, todos da UCLA; John E. Casida da UC em Berkeley; e Myles Cockburn da Universidade Sulista da California. Os autores declaram não haver conflito de interesse.
Este trabalho foi financiado pelo National Institute of Environmental Health Sciences pelas concessões P01ES016732, R01ES010544, 5R21ES16446-2 e U54ES012078; concessão do National Institute of Neurological Disorders and Stroke NS038367; e pelo Veterans Affairs Healthcare System (Southwest Parkinson’s Disease Research, Education, and Clinical Center); e a Fundação Michael J. Fox Foundation; a Fundação Levine; e a Aliança Parkinson.
The UCLA Department of Neurology - Departamento de Neurologia da UCLA, com mais de 100 membros do corpo docente, abrange mais de 20 programas de investigação relacionada com a doença, juntamente com grandes programas de ensino e de clínica. Esses programas abrangem mapeamento cerebral e neuroimagem, distúrbios do movimento, doença de Alzheimer, esclerose múltipla, neurogenética, desordens nervo e musculares, epilepsia, neuro-oncologia, neurotologia, neuropsicologia, dores de cabeça e enxaquecas, neuro-reabilitação e distúrbios neurovasculares. O departamento classifica no alto dois de seus pares no financiamento do National Institutes of Health.
* Reproduzido pelo sítio Nosso futuro roubado. A tradução é de Luiz Jacques Saldanha.
Fonte: Nosso Futuro Roubado
Fonte: Nosso Futuro Roubado
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Ligação entre o Mal de Parkinson e pesticidas é oficialmente reconhecida na França
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Tio Tonico - Crônica da vida moderna

Meu Tio Tonico (*)
PARA meu amigos aposentados, pensionistas ou apenas em posição de descanso, leiam com atenção, meditem e apliquem se acharem conveniente
Meu tio Tonico estava bem de saúde,até que sua esposa, minha tia Marocas, a pedido de sua filha, minha prima Totinha, disse:
-Tonico, você vai fazer 70 anos, está na hora de fazer um check-up com o médico.
- Para quê, estou me sentindo muito bem!
-Porque a prevenção deve ser feito agora, quando você ainda se sente jovem, disse minha tia.
Então meu tio Tonico foi ver um médico. O médico, sabiamente, mandou-o fazer testes e análises de tudo o que poderia ser feito e que o plano de saúde cobrisse.
Duas semanas mais tarde, o médico disse que os resultados estavam muito bons, mas tinha algumas coisas que podiam melhorar. Então receitou:
Comprimidos Atorvastatina para o colesterol
Losartan para o coração e hipertensão,
Metformina para evitar diabetes,
Polivitaminas para aumentar as defesas.
Norvastatina para a pressão,
Desloratadina em alergia.
Como eram muitos medicamentos, tinha que proteger o estômago, então ele indicou Omeprazol e um diurético para os inchaços.
Meu tio Tonico foi à farmácia e gastou boa parte da sua aposentadoria em várias caixas requintadas de cores sortidas.
Nessas alturas, como ele não conseguia se lembrar se os comprimidos verdes para a alergia deviam ser tomadas antes ou depois das cápsulas para o estômago e se devia tomar as amarelas para o coração antes ou depois das refeições, voltou ao médico. Este lhe deu uma caixinha com várias divisões, mas achou que titio estava tenso e algo contrariado.
Receitou-lhe, então, Alprazolam e Sucedal para dormir.
Naquela tarde, quando ele entrou na farmácia com as receitas, o farmacêutico e seus funcionários fizeram uma fila dupla para ele passar através do meio, enquanto eles aplaudiam.
Meu tio, em vez de melhorar, foi piorando.
Ele tinha todos os remédios num armário da cozinha e quase já não saia mais de casa, porque passava praticamente todo o dia a tomar as pílulas.
Dias depois, o laboratório fabricante de vários dos remédios que ele usava, deu-lhe um cartão de “Cliente Preferencial”, um termômetro, um frasco estéril para análise de urina e lápis com o logotipo da farmácia.
Meu tio deu azar e pegou um resfriado. Minha tia Marocas, como de costume, fez ele ir para a cama, mas, desta vez, além do chá com mel, chamou também o médico.
Ele disse que não era nada, mas prescreveu Tapsin para tomar durante o dia e Sanigrip com Efedrina para tomar à noite. Como estava com uma pequena taquicardia, receitou Atenolol e um antibiótico, 1 g de Amoxicilina. A cada 12 horas, durante 10 días. Apareceram fungos e herpes, e ele receitou Fluconol com Zovirax.
Para piorar a situação, Tio Tonico começou a ler as bulas de todos os medicamentos que tomava, e ele ficou sabendo todas as contra-indicações, advertências, precauções, reações adversas, efeitos colaterais e interacções médicas.
Leu coisas terríveis. Não só poderia morrer mas poderia ter também arritmias ventriculares, sangramento anormal, náuseas, hipertensão, insuficiência renal, paralisia, cólicas abdominais, alterações do estado mental e um monte de coisas terríveis.
Com medo de morrer, chamou o médico, que disse para não se preocupar com essas coisas, porque os laboratórios só colocavam para se isentar de culpa.
- Calma, seu Tonico, não fique aflito, disse médico, enquanto prescrevia uma nova receita com um antidepressivo Sertralina com Rivotril 100 mg. E como titio estava com dor nas articulações deu Diclofenac.
Nessa altura, sempre que o meu tio recebia a aposentadoria, ia direto para a farmácia, onde já tinha sido eleito cliente VIP.
Chegou um momento em que o dia do pobre do meu tio Tonico não tinha horas suficientes para tomar todas as pílulas, portanto, já não dormia, apesar das cápsulas para a insônia que haviam sido prescritas.
Ficou tão ruim que um dia, conforme já advertido nas bulas dos remédios, morreu.
No funeral tinha muita gente mas quem mais chorava era o farmaceutico.
Agora tia Marocas diz que felizmente mandou titio para o médico bem na hora, porque se não, com certeza, ele teria morrido antes.
Este e-mail é dedicado a todos os meus amigos, sejam eles médicos ou pacientes ..!
Qualquer semelhança com fatos reais será “pura coincidência”
(*) Texto de autoria desconhecida. Colaboração Susana Prizendt
domingo, 3 de março de 2013
Transgênicos encarecem produção e deixam agricultores reféns

Por Roberto Requião, via e-mail
No Vi o Mundo
Agricultores brasileiros e a multinacional Monsanto não conseguem chegar a um acordo sobre a cobrança de royalties das sementes de soja geneticamente modificadas. Colocadas como a grande solução para o aumento da produtividade, as sementes encarecem o custo da produção e deixam os agricultores reféns da Monsanto já que no Brasil a soja RR1 é protegida por vários direitos de propriedade intelectual, inclusive patentes.
A Federação da agricultura do Estado do Paraná – Faep – afirmou para a imprensa que as negociações com a Monsanto “foram duras”. De acordo com o texto distribuído, a Faep, juntamente com a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e outras federações haviam fechado um acordo com a Monsanto pelo qual os produtores rurais poderiam deixar de pagar royalties pelo uso de semente de soja transgênica RR1, cuja patente está sendo discutida judicialmente.
A Monsanto, contudo, ao invés de utilizar a minuta acordada, conforme as tratativas, optou por outro texto no qual, além da renúncia a qualquer ação judicial em relação à RR1, o produtor rural aceitava as condições que a empresa queria impor a uma nova semente transgênica, a ser lançada brevemente. De acordo com a legislação brasileira, a Monsanto busca corrigir o prazo de uma de suas patentes brasileiras para essa tecnologia até 2014.
“Ao lançar mão desta manobra, a Monsanto desonrou o acordo feito com as federações de agricultura para tentar fazer com que produtores convalidassem previamente as condições que a empresa desejava para nova semente transgênica”, disse o presidente da Faep, Ágide Meneguette.
No último dia 26, a Monsanto anunciou que adiará a cobrança de royalties da soja RR1 no Brasil, até que haja decisão final da justiça. No entanto, alerta: a companhia pretende continuar documentando e mantendo as informações comerciais relativas àqueles que usam a soja RR1 durante este período de adiamento na cobrança.
Roberto Requião é senador (PMDB-PR)
Fonte: http://www.mst.org.br/content/requi%C3%A3o-transg%C3%AAnicos-encarecem-produ%C3%A7%C3%A3o-e-deixam-agricultores-ref%C3%A9ns-da-monsanto
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Equipe de Séralini rebate criticas
Grãos trangênicos voltam a assustar a Europa
Relatório inédito sobre as sérias implicações para o consumo humano de alimentos geneticamente modificados.
Artigos diversos sobre os transgênicos
Veja também:
Agricultores assentados no RS produzem sementes agroecológicas
Toda a produção é agroecológica. Orgânica. Eles não usam agrotóxicos e nem adubos químicos. Sérgio e Loreni de Almeida vivem num lote de vinte hectares no assentamento Santa Elmira, que fica no município de Hulha Negra. Desde 1998, o casal produz sementes em duas safras anuais, principalmente de couve. O agricultor diz que vende o quilo por R$20.
Produzir e vender semente orgânica de hortaliça com alguma escala parecia negócio inviável. Ainda hoje, no Brasil, grande parte dos cultivos orgânicos se utiliza de sementes convencionais - tratadas com fungicidas e outros defensivos químicos. O mercado nunca dispôs de sementes orgânicas de qualidade e em quantidade para atender a demanda.
Não basta reproduzir as sementes híbridas disponíveis hoje. É preciso buscar junto a empresas de pesquisa variedades mais resistentes e adaptadas a esse tipo de cultivo.
Veja a reportagem completa com o vídeo acessando o link abaixo:
Globo Rural
Veja também:
PRODUÇÃO DE SEMENTES ORGÂNICAS Produzindo sua própria semente com garantia de qualidade
sábado, 2 de março de 2013
Interação de resíduos de agrotóxicos em banana, maçã e tomate é prejudicial à saúde
Uma pesquisa realizada na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP analisou a interação de resíduos de agrotóxicos permitidos pela legislação, em banana, na maçã e no tomate. Os resultados apontaram riscos de efeitos tóxicos à saúde humana.
A engenheira agrônoma Rita de Cássia Lourenço escolheu esses três alimentos por serem relevantes na dieta do brasileiro. Em geral, são consumidos in natura, ou seja, não sofrem nenhum tipo de processamento - como o cozimento, que pode degradar os resíduos.
Em sua dissertação de mestrado apresentada à FSP, Rita utilizou dados do consumo levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) em nove regiões metropolitanas: São Paulo, Curitiba, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Salvador, Porto Alegre, Belém, Fortaleza e Recife. Em seguida, verificou os agrotóxicos autorizados para cada cultura, a quantidade aceitável para os resíduos e para a ingestão diária. O estudo também utilizou dados da Organização Mundial de Saúde e não foram realizados testes em laboratório.
Grupos de agrotóxicos
Os agrotóxicos foram divididos em dois grupos, segundo os efeitos que têm na saúde: o de organoclorados e piretróides, e o de organofosforados e carbamatos. Os primeiros afetam o equilíbrio da bomba Sódio/Potássio, podendo causar danos no sistema nervoso, por exemplo. Já os organofosforados e os carbamatos inibem a ação da enzima acetilcolinesterase, com prejuízo para a transmissão dos impulsos nervosos.
O estudo tem como diferencial o agrupamento das substâncias segundo os efeitos tóxicos. "As análises, geralmente, são feitas com moléculas isoladas. A idéia é chamar a atenção para as interações entre agrotóxicos e para os efeitos que elas podem ter", explica a pesquisadora.
Rita teve que lidar com uma variedade de moléculas nos dois grupos de defensivos. Para a análise ela selecionou as de maior toxicidade e de menor toxicidade.
"Os tomates têm maior risco de interações do que o aceitável, tanto para as moléculas mais tóxicas, do grupo organofosforados e carbamatos, quanto para as menos tóxicas, do grupo organoclorados e piretróides", descreve Rita. "A banana-prata apresentou risco para todas as moléculas dos dois grupos. E a maçã mostrou risco não tolerável para as moléculas menos tóxicas do grupo organoclorados e piretróides. Na banana-d?água e na banana-prata o risco foi aceitável."
Segundo a pesquisadora, os efeitos da interação entre agrotóxicos ainda são pouco mencionados. "Há a necessidade de novos estudos com equipes multidisciplinares envolvendo toxicologistas, nutricionistas, processadores de dados, para que as pessoas tenham o direito de saber o que vão consumir", recomenda. "Os dados gerados devem nortear as decisões das autoridades competentes."
Problemas da legislação
Rita de Cássia verificou ainda que a legislação não considera as diferenças de consumo entre regiões e não prevê variações da quantidade de resíduos permitida para as variedades de alimentos, ou seja, a existência de diferentes tipos de bananas (banana-prata, banana-maçã, banana-d?água), por exemplo, é descartada. Já para o cálculo da ingestão diária aceitável, o problema é que ele é feito com base em um adulto que pese 70kg, não havendo adaptação para crianças, idosos ou convalescentes.
Fonte: Brasil notícias
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Um estudo realizado na Universidade de Aston – Inglaterra , procurou estudar o efeito isolado e o efeito combinado, sobre células de nosso sistema nervoso central, de três fungicidas encontrados com frequência nas prateleiras de hortifrúti: o pirimetanil, o ciprodinil e o fludioxonil.
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