Ele revela que uma prática comum tem sido a compra de insumos na forma de ''pacote''. ''No momento em que o produtor adquire as sementes e o fertilizante, já lhe são oferecidos, a um menor custo, o herbicida, o fungicida e o inseticida, com base em experiências de anos anteriores. Quer dizer, os produtos são indicados com base em probabilidade e não em realidade. É uma forma de as empresas garantirem a venda.'' Com os produtos em mãos, várias situações podem induzir o agricultor ao uso exagerado ou mesmo desnecessário do produto.
Uma das possibilidades apontadas pelo pesquisador é a baixa infestação por determinado tipo de praga, como lagarta, em apenas uma área da lavoura, que não compensaria o uso de veneno. ''Mas o produtor, prevendo que em determinada época pode acontecer uma grande infestação, ou temendo períodos de chuva, que invibializam a aplicação de defensivos, opta pela utilização preventiva'', explica Odenath. Outra situação é o uso de sementes melhoradas, mais produtivas, porém com menos mecanismos de defesa. ''Por isso trabalhamos para desenvolver variedades mais produtivas, mas que também tenham boa resistência e tolerância às doenças'', observa o agrônomo.
A luta para diminuir o uso de agrotóxicos também esbarra em questões culturais ligadas ao manejo da propriedade. ''Quando não há rotação de culturas, o risco da ocorrência de pragas e doenças é potencializado. Como os produtores 'se especializam' em determinadas culturas tradicionais e têm toda a estrutura montada para produzi-las, não se arriscam em outras. Além disso, há a questão comercial. Os preços superiores de determinados produtos fazem com que o produtor aposte sempre nas mesmas culturas.''
Fonte: http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2000-13/05/2012
Para saber mais:
PR é 3º maior consumidor de defensivos químicos do País
http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/2012/05/pr-e-3-maior-consumidor-de-defensivos.html
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