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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Casca de romã previne o mal de Alzheimer, mostram pesquisas da USP




Uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, em Piracicaba, demonstrou que a casca da romã pode prevenir o surgimento do mal de Alzheimer.

"Isso se deve ao fato de que a quantidade de antioxidante presente na romã é elevada", comenta a autora do trabalho, a pesquisadora Maressa Caldeira Morzelle, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. A pesquisa, uma dissertação de mestrado, foi feita sob a orientação da professora Jocelem Mastrodi Salgado, também da Esalq.

Morzelle identificou uma enzina com atuação específica na prevenção do mal de Alzheimer, doença degenerativa e atualmente incurável que afeta, na maioria dos casos, idosos com idade entre 60 e 70 anos. No Brasil, cerca de 900 mil pessoas já foram diagnosticadas com a doença.

Morzelle elaborou, em sua pesquisa, uma forma de processamento para que o produto seja industrializado em cápsulas. Ela buscou alternativas que pudessem concentrar todo o extrato da casca, em pó, para ser diluído ou adicionado a sucos de outros sabores, levando em consideração os desafios do processamento e armazenagem, e o fato de que a adição do composto bioativo não poderia afetar as propriedades sensoriais do produto final. Segundo ela, os testes já permitem dizer que o produto foi aprovado e estará disponível para uso industrial.

Poder antioxidante


Antioxidantes são essenciais para a prevenção dos radicais livres, substâncias que produzimos em nosso organismo e que contribuem para o envelhecimento e surgimento de doenças. De acordo com a pesquisa, apenas na casca da romã é possível encontrar mais antioxidantes do que no suco e na polpa da fruta.

Segundo Morzelle, a casca da romã, quando industrializada, não teve sua atividade anticolinesterásica (inibidora de enzimas associadas ao Alzheimer) e sua capacidade antioxidante afetadas. "Desta forma, verifica-se o potencial para a indústria no emprego das microcápsulas à base do extrato da casca de romã como um ingrediente a ser incorporado na dieta, sendo um aliado na prevenção do mal de Alzheimer", conclui a pesquisadora.

O poder das frutas

Zilmar de Barros, outro pesquisador da casca da romã, constatou seu benefício na proteção a doenças degenerativas em 2011, quando defendeu sua dissertação de mestrado também na Esalq.

Para ele, não só a romã como outras frutas, especialmente as brasileiras, não recebem a devida atenção quando o assunto é saúde. "Desde a pré-história, as frutas desempenham papel importante na alimentação do homem, mas só agora começamos a prestar mais atenção aos fatores medicinais de seu consumo", comentou em sua dissertação.


Segundo o pesquisador, a romã tem efeito anti-inflamatório e possui elevada quantidade de antioxidante, especialmente na casca. "Elas são subaproveitadas, embora sejam uma excelente fonte de antioxidantes", comentou.

A pesquisa conduzida por ele demonstrou, ainda, que a casca de romã processada pode ser utilizada para fornecer a sucos industriais já comercializados no mercado sua característica antioxidante sem que alterações no sabor sejam registradas. O preparado desenvolvido por Barros, feito à base de um grama de casca de romã desidratada, quando adicionado aos sucos, aumenta em praticamente 30 vezes a capacidade antioxidante do suco ao qual é acrescentado.

Após essa adição, a taxa de antioxidantes manteve-se estável. "Isso é importante, já que, se for utilizado comercialmente, a estocagem não deve tirar as características do produto", informou. Segundo a Esalq, o composto foi aprovado para uso industrial e sua comercialização por empresas do setor está em fase de negociações.

Benefícios

Originária do sudeste asiático, a romã ganhou fama, no Brasil, graças às simpatias de fim de ano. Segundo o dermatologista Claudemir Peixoto, porém, os benefícios da fruta são desconhecidos da maioria das pessoas.


Segundo ele, os antioxidantes atuam no combate aos radicais livres que causam envelhecimento precoce, flacidez da pele, celulite, perda da elasticidade, rugas etc. "Por ter muito antioxidante, a romã também inibe a proliferação de melanócitos, prevenindo manchas na pele causadas pelo sol", comenta.

O chá da casca também é popularmente utilizado contra infecções de garganta, já que as cascas e sementes da fruta possuem propriedades anti-inflamatórias capazes de aderir à mucosa, protegendo-a e aliviando as dores. "Consumir romã, certamente, é um excelente ganho para a saúde", comenta o clínico geral Joaquim Ribeiro.


Veja também:

Os benefícios da Fruta Noni (Morinda citrifolia) 

Atualização: 13 fevereiro 2013

Roma é contra-indicadas na gestação e lactação



Depoimento com o Médico e Cientista Dr. Augusto Vinhólis à respeito do Noni (Morinda citrifolia)



Quem é Dr. Vinholis

O NONI

Morinda citrifolia L, comumente chamado de Noni, é nativa da Polinésia e da Índia, encontrada principalmente nas ilhas Andaman e Nicobar, Austrália, Pacífico Sul e Ilha do Caribe. O Noni contém numerosos fitoquímicos, antioxidantes, vitaminas, micro e macronutrientes que nos ajudam de várias maneiras na auto regeneração celular.
"Investigação contínua sobre a Morinda citrifolia L estabeleceu que Morinda L. é também rica em vitaminas (A, B, B2, B6, , B12 C & K), cálcio, ferro, niacina, ácido fólico ácido pantotênico, fósforo, magnésio, zinco, cobre e outros minerais como cromo, manganês, molibdênio, sódio, potássio, carboidratos como frutose e glicose, e também tem a distinção de ser o único produto natural conhecido por conter mais de 150 Neutracêuticos isolados.


O Fruto Tropical De 101 Aplicações Medicinais

SUCO DE NONI (Morinda Citrifolia) - FRUTO INSULAR

Dr. Neil Solomon, M.D., Ph.D.,
O Noni possui 101 aplicações medicinais, como: Alergias, Depressão, Diabetes, Doenças do Coração, Dores, Envelhecimento, Hipertensão Arterial, Obesidade, Problemas Respiratórios, Sexualidade...
Benefícios da Fruta Noni (Morinda citrifolia)

Descubra os reais benefícios dessa Fruta misteriosa, só encontrados no Noni e que promete maravilhas à saúde.

O Noni (Morinda citrifolia) previne a entrada dos radicais livres na célula. As pesquisas ressaltam que o Noni reforça o sistema imunitário regulando a função celular e a regeneração das células danificadas.

O fato de que o Noni atuar no nível celular mais básico e fundamental pode explicar o porque de tantos benefícios a saúde.

O Noni possue substâncias que ajudam ao corpo humano a regenerar as células danificadas e a incrementar as defesas do mesmo, de forma natural.




Abaixo alguns dos Benefícios do Fruto Noni para a Saúde.

Ômega 6 e óxido nítrico poderiam dilatar os vasos, melhorando a oxigenação e consequentemente a memória.

Especialistas dizem que a fruta contém betacaroteno, precursor da vitamina A, e acubina, que agrega propriedades antibióticas.

Possui escopoletina, substância antibacteriana, antifúngica e antiinflamatória, que também poderiam ajudar a dilatar os vasos sanguíneos — o que faria baixar a pressão arterial.

A fruta é rica em vitamina C.

Interage com a melatonina e a serotonina podendo ajudar a regular o sono, e os estados de ânimo.

Aumenta a energia do organismo.

Possui propriedades anti-bacterianas que podem proteger contra transtornos digestivos.

O Noni emagrece ( o noni possue baixa caloria e como complemento alimentar auxilia em uma dieta de emagrecimento).

Propriedades do Noni (Morinda Citrifolia) ...
Concentra inúmeras propriedades identificadas pela ciência, reunindo nutrientes, vitaminas, sais minerais, aminoácidos, etc., e isto o torna um dos frutos mais completos da natureza. Estas propriedades, cujo conjunto é conhecido genericamente como nutracêuticos (palavra originária de "nutraceuticals", do inglês técnico), estão concentradas na polpa do fruto Noni.

Nutracêuticos identificados no Noni.
Metionina
Ferro
Clororrubina
Nodamnacantal
Glicina
Escopoletina
Alanina
Sitosterol
Asperulosídeo
Proteína
Triptofano
Isoleucina
Fosfato
Precursores da Serotonina
Antraquinonas
Glutamato
Morindadiol
Valina
Proxeronase
Ácido Ursólico
Cofatores
Morindona
Serina
Damnacantal
Felilalanina
Ácido capróico
Activadores de múltiplos receptores
Terpeno
Ácido caprílico
Carbonato
Cisteína
Glucopiranoso
Esteróis Vegetais
Leucina
Carboidratos
Traços de elementos
Treonina

Carotenóides
Tirosina
Rubiadina
Aspartato
Alisarina
Bioflavonóides
Histadina
Serotonina
Lisina
Acetim Gluco P
Enzimas
Morindina
Prolina
Magnésio
Cistina
Arginina
Glicosídeos
Vitaminas
Sódio
Nutracêuticos encontrados na Fruta Noni.

Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=pgH84aevPPo

Veja também:

Noni é novo aliado contra câncer

Casca de romã previne o mal de Alzheimer, mostram pesquisas da USP

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Pelo banimentos dos agrotóxicos já banidos em outros países



A Excelentíssima Senhora Dilma Roussef, Presidenta do Brasil;

Desde 2008 o Brasil assumiu o posto de maior mercado de agrotóxicos do mundo. Em 2009, nada menos do que 1 milhão de toneladas de veneno foram jogados no campo brasileiro, o que representa cerca de 5,2 quilos de agrotóxicos por pessoa no país.

O Brasil permite a utilização de uma série de substâncias e agrotóxicos que foram banidos de diversos países, justamente porque inúmeros estudos lá realizados já demonstraram, comprovadamente, que o seu uso causa terríveis danos ao ser humano e ao meio ambiente. Entre os problemas que afetam a saúde estão má formação de fetos, problemas de reprodução, fertilidade, neurológicos e de fígado, desregulação hormonal, cegueira, paralisia, depressão, contribuição para a formação de cânceres e pode, é claro, levar à morte. Vamos deixar que nos tornemos a “maior lixeira tóxica do mundo”?

As mesmas empresas que aceitam, em seus países de origem, a proibição do veneno que produzem, “empurram” para o Brasil o que não podem vender lá, e aqui ainda lutam para que o produto não seja proibido. Estamos falando, por exemplo, de agrotóxicos que têm na sua formulação princípios ativos como Endosulfan (banido em 45 países!), Cihexatina (proibida na União Européia e em países como a Austrália, Canadá, Estados Unidos, China, Japão, Líbia, Paquistão e Tailândia), e Metamidofós (proibido, por exemplo, na União Européia, China, Índia, e Indonésia), todos altamente tóxicos.

É diante desta triste realidade, que nós, abaixo-assinados, solicitamos da Presidenta Dilma Roussef as providências para o banimento imediato no país de toda importação, produção e comercialização de agrotóxicos e substancias já proibidas no exterior. Afinal, o povo brasileiro está sujeito a sofrer as mesmas consequências da contaminação por estes agrotóxicos que os seres humanos de qualquer lugar do mundo.

PELO BANIMENTO DOS BANIDOS!

Para assinar a petição clique no link abaixo:

Arroz com DNA humano




EUA dão licença a plantio de transgênico para produção de remédio


Uma variedade transgênica de arroz com genes humanos ganhou aprovação preliminar do governo americano para ser plantada. O arroz tem cópias de um dos genes relacionados ao leite materno.

Ele não será usado como alimento e, sim, para produção de proteínas que poderão ser empregadas em medicamentos.

A meta é que o arroz transgênico seja a base de remédios contra a diarréia e a desidratação infantis.

O cultivo é experimental e será realizado no estado americano do Kansas. Ainda assim, já gerou uma onda de protestos de grupos ambientalistas e de defesa dos direitos dos consumidores.

Até agora essas plantas transgênicas — também conhecidas como biorreatores de drogas — estavam confinadas em estufas. Os críticos da autorização temem que uma vez na natureza, os genes do transgênicos possam se espalhar para outras plantas, com efeitos ambientais potencialmente desastrosos. Pior do que isso seria se a planta fosse comida.

A autorização concedida pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, segundo a rede de TV britânica BBC, permite o plantio de 12 quilômetros quadrados com arroz transgênico.

A planta foi desenvolvida pela empresa de biotecnologia americana Ventria Bioscience e poderá começar a ser cultivada em abril.

Em nota, a empresa garantiu que tomará todas as precauções necessárias para que o arroz com genes humanos e suas sementes nunca se misturem com outras culturas. Técnicos do Departamento de Agricultura disseram que o risco da chamada fuga de genes é muito pequeno.

No entanto, os grupos contrários à aprovação disseram que fatores como mau tempo (ventos muito fortes) e erro humano poderiam espalhar as sementes do transgênico.

— Estou realmente preocupado. Em primeiro lugar, essa planta não foi suficientemente testada. Além disso, não existem garantias de fato de que não chegará a ser inadvertidamente consumida como alimento. Estamos lidando com o desconhecido — disse o presidente do Centro de Segurança Alimentar dos EUA, Bill Freese.

Trata-se da primeira variedade de transgênico com genes humanos plantada em maior escala, ainda que experimental.


Veja também:

Conheça 10 transgênicos que já estão na cadeia alimentar

Para aprofundar:

Relatório inédito sobre as sérias implicações para o consumo humano de alimentos geneticamente modificados.

Alimentos transgênicos criam polêmica sobre efeitos à saúde e ao meio ambiente

O Mundo Segundo a Monsanto:





quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O problema das sementes de ervas daninhas resistentes ao glifosato atinge mais espécies vegetais e mais fazendas

Tradução: família Prizendt – comitê paulista da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida
Jan. 29, 2013



Nos Estados Unidos, a área de cultivo infestada com sementes de ervas daninhas resistentes ao glifosato expandiu 61.2 milhões de acres em 2012, de acordo com pesquisa feita pela Stratus Agri-Marketing. Aproximadamente metade (49%) dos fazendeiros estadunidenses entrevistados relataram a presença dessas sementes em suas fazendas em 2012, em comparação com 34% em 2011. A pesquisa também indicou um aumento no ritmo em que essas sementes estão se expandindo; cresceram 21% em 2011 e 51% em 2012.

A pesquisa Stratus sobre a resistência de de ervas daninhas ao Glifosato é feita anualmente. Agora está em seu terceiro ano. Em 2012, a Stratus entrevistou cerca de 3.000 fazendeiros durante o verão e o outono.

“Pedimos aos fazendeiros que compartilhassem conosco suas experiências com a resistência das ervas daninhas ao Glifosato em suas fazendas e constatamos claramente a intensificação do problema” explicou o vice presidente Kent Fraser, da Stratus Agri-Marketing. Os aumentos ocorreram em todos os estados, mas especialmente no Meio Oeste.
A expansão não é apenas geográfica, ocorre também no número de espécies vegetais e em um crescente número de fazendas.

“Há um índice muito grande de resistência nos estados do sul como a Geórgia, onde 92% dos agricultores relataram ter sementes de ervas daninhas resistentes ao glifosato”, afirmou Fraser. “E também estamos constatando esse problema intensificar-se no meio oeste. Em Illinois, em 2012, 43% dos agricultores relataram ter sementes resistentes ao glifosato.”
Marestail (horseweed) foi a espécie de semente de erva daninha mais frequentemente relatada como resistente aos herbicidas de glifosato, seguida pelo amaranto Palmer (pigweed). O estudo também abrangeu outras sementes resistentes ao glifosato.
Em 2012, 27% dos fazendeiros estadunidenses relataram múltiplas espécies de sementes de ervas daninhas resistentes ao glifosato, em comparação a 15% em 2011 e 12% em 2010.    


For more insights from the Stratus Glyphosate Resistance Tracking study visit http://www.stratusresearch.com/blog07.htm.


Sementes resistentes ao glifosato - Intensificação por Kent Fraser

Kent Fraser


Não são apenas as ervas daninhas resistentes ao glifosato que estão se espalhando geograficamente, o problema agora também está se intensificando com múltiplas espécies resistentes em um número crescente de fazendas.
US farmers told us that 61.2 million acres of cropland are infested with glyphosate resistant weeds, almost doubling since 2010. Os agricultores dos EUA nos disseram que 61,2 milhões de hectares de terras cultiváveis ​​estão infestados com plantas daninhas resistentes ao glifosato, esse número mostra que a área quase duplicou desde 2010.
Stratus pesquisou milhares de agricultores norte-americanos sobre a resistência, com pesquisas em 31 estados por mais de três anos.
As tendências são dramáticas: 
Quase metade (49%) de todos os agricultores norte-americanos que entrevistamos disseram que têm ervas daninhas resistentes ao glifosato em sua fazenda em 2012, contra 34% dos agricultores em 2011.
  • A resistência é pior ainda no sul. For example, 92% of growers in Georgia said they have glyphosate resistant weeds. Por exemplo, 92% dos produtores da Geórgia disse que eles têm ervas daninhas resistentes ao glifosato.
  • Mas os estados do Centro-Sul e Centro-Oeste estão piorando também (e poderão alcançar o sul). From 2011 to 2012 the acres with resistance almost doubled in Nebraska, Iowa and Indiana. De 2011 a 2012, os hectares com resistência quase dobraram em Nebraska, Iowa e Indiana.
    Está se espalhando em um ritmo mais rápido a cada ano: o total de hectares resistentes aumentou 25% em 2011 e 51% em 2012.
    E o problema está ficando mais complicado. Mais e mais fazendas têm pelo menos duas espécies resistentes. Em 2010, que foi de apenas 12% das propriedades, mas apenas dois anos mais tarde 27% tinham mais de uma espécie.
    Marestail (buva) foi a planta daninha mais frequentemente relatados com resistência ao glifosato, seguido por Palmer amaranto (caruru). Outra meia dúzia de espécies foram acompanhados no estudo.
    A explosão de resistência certamente aumentou a preocupação, mas os agricultores americanos sempre responderam aos desafios agronômicos! Stratus está realizando um estudo de manejo de resistência para ver como os agricultores americanos estão ajustando suas práticas para lidar com o problema.

    Naturalmente, as ervas daninhas não prestam atenção às fronteiras, de modo que Stratus também vem monitorando a resistência no Canadá.



terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Cheida faz alerta sobre o aumento do consumo de agrotóxicos

O Paraná deverá ter dois novos casos de câncer por minuto este ano e boa parte desses casos está relacionada ao consumo excessivo de venenos. Isso é uma epidemia e precisa ser enfrentada. Acabo de me pronunciar em Plenário sobre uma pesquisa que traz números assustadores: enquanto o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93% nos últimos 10 anos, o brasileiro cresceu 190%.

OUÇA O PRONUNCIAMENTO DO DEPUTADO



Em pronunciamento na sessão plenária desta terça-feira (5), o deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB) comentou o aumento do consumo de agrotóxicos. Segundo um dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), enquanto o mercado mundial de agrotóxicos cresceu 93% nos últimos dez anos, o brasileiro cresceu 190%. “De que adianta levantarmos a taça de maior produtor de grãos se continuamos enchendo nossas lavouras de veneno?”, indagou o deputado, que é presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente na Assembleia Legislativa do Paraná. “A Organização Mundial de Saúde espera que o Paraná tenha dois novos casos de câncer por minuto este ano e boa parte desses casos está relacionada ao consumo excessivo de venenos. Isso é uma epidemia e precisa ser enfrentada”, convocou.

Segundo o levantamento, um terço dos alimentos brasileiros está contaminado. Maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2008, o país plantou 71 milhões de hectares de lavouras em 2011, com cerca de 853 milhões de litros de agrotóxicos pulverizados. Isso significa que cada brasileiro ingeriu 4,5 litros de veneno em um ano.

Dos alimentos analisados durante as pesquisas, 63% das amostras apresentaram contaminação: 28% tem ingredientes não-autorizados para aquele cultivo ou acima do permitido e 35% dentro do permitido. No Brasil, 400 tipos de agrotóxicos são permitidos, vários deles proibidos em outros países. “Isso confirma que o Brasil está atrasado em relação ao controle de agrotóxicos e pior que isso: a nossa legislação está cada vez mais permissiva”, lamentou Cheida.

O relatório também apontou a contaminação da água e da chuva: em Lucas do Rio Verde (MT), por exemplo, foram encontrados agrotóxicos em 83% dos poços de água potável das escolas, em 56% das amostras de chuva e em 25% das amostras de ar. Além disso, todas as amostras de leite materno estavam contaminadas.

O estudo ainda mostrou que aumentaram as intoxicações agudas por agrotóxico: foram 2.071 em 2007 e 3.466 em 2011 – ou seja, um aumento de 68,3%. Em 2009, o Ministério da Saúde registrou 188 mortes em decorrência de intoxicação por agrotóxico.

Em sua conclusão, o dossiê da Abrasco sugere uma série de medidas para diminuir o impacto dos agrotóxicos na saúde e no meio ambiente. Cheida concorda com as propostas: “O Brasil precisa elaborar um plano nacional para enfrentar o problema e tomar medidas como o banimento de agrotóxicos proibidos em outros países, a proibição da pulverização aérea, o fim de isenções fiscais para compra de agrotóxicos, o fim do crédito para agrotóxicos e a reavaliação dos agrotóxicos autorizados; fiscalização das condições de trabalho das populações expostas e dos danos ao meio ambiente”.

Legislação no Paraná

O deputado Cheida trabalha para minimizar os efeitos dos produtos químicos e incentivar o consumo dos alimentos orgânicos. Ele é autor de uma série de projetos de lei nesse sentido, como o projeto de lei 655/11, que determina a inspeção periódica dos pulverizadores que lançam agrotóxicos nas culturas agrícolas paranaenses, e o 651/12, que proíbe a pulverização aérea.

Cheida também é o autor de duas lei sancionadas no mês passado: a 17477/13, que determina que os produtos orgânicos ganhem espaço de visibilidade privilegiado nos supermercados e hipermercados, e a 17476/13, que isenta de punições as pessoas que têm sob guarda agrotóxicos proibidos pela legislação brasileira, como o Hexaclorobenzeno (BHC), desde que apresentem o material para o governo. O parlamentar ainda criou a Lei da Merenda Escolar Orgânica (16751/10), que determina que os alimentos fornecidos nas escolas e colégios da rede pública não poderão mais conter agrotóxicos em toda a cadeia produtiva de todos os seus itens e componentes.


VEJA TAMBÉM :


domingo, 3 de fevereiro de 2013

Pesquisadores investigam a relação entre os agrotóxicos e a saúde



Os agrotóxicos fazem parte hoje do pacote tecnológico usado na maioria das propriedades rurais brasileiras. Com o crescimento da agricultura, na última década, a venda destes produtos no país cresceu 190%, situação que vem preocupando os profissionais da saúde.

A Abrasco, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, publicou um dossiê que reúne os resultados de diversas pesquisas feitas em diversas regiões do Brasil avaliando os efeitos dos agrotóxicos sobre o meio ambiente e a saúde das pessoas.

"Nós identificamos agrotóxico em leite materno, em água de chuva, nas urinas dos professores das escolas rurais. De um modo geral, em torno de 30% dos alimentos que o brasileiro consome não estão adequados para consumo humano", explica o biólogo Fernando Carneiro, professor de saúde coletiva da Universidade de Brasília e membro da Abrasco, que reuniu as informações do dossiê.
O dossiê aponta que 14 agrotóxicos vendidos no Brasil já estão proibidos em outros países porque são suspeitos de causar danos neurológicos, mutação de gens e câncer.

Assista ao vídeo com a reportagem completa e conheça uma das pesquisas que fazem parte do dossiê, um trabalho que relaciona o uso de agrotóxicos com a contaminação da água e o aumento do número de casos de câncer realizado na Chapada do Apodi, Ceará.


Para ter acesso ao vídeo clique no link abaixo:
Relação entre os agrotóxicos e a saúde


Fonte: G1 Agronegócios


Noticia relacionada:
Uso de agrotóxicos oferece riscos à saúde e ao meio-ambiente, alerta pesquisa

Veja também:

DOSSIÊ DA ABRASCO PARTE 1, 2 e 3 - AGROTÓXICOS e SEUS IMPACTOS Este dossiê é um alerta da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrascp) à sociedade e ao Estado brasileiro. Registra e difunde a preocupação de pesquisadores, professores e profissionais com a escalada ascendente de uso de agrotóxicos no país e a contaminação do ambiente e das pessoas dela resultante, com severos impactos sobre a saúde pública e a segurança alimentar e nutricional da população.