Húmus líquido

O húmus líquido é também uma excelente opção para adubação de plantas em vasos.

A busca por insumos eficientes para uma agricultura de base ecológica também é um propósito da Embrapa Clima Temperado,

Esse tipo de adubo é uma opção para o cultivo de hortaliças, sendo obtido pela simples dissolução de húmus sólido de minhocas em água. Sua produção é fácil, tem baixo custo e requer pouco tempo do produtor para seu preparo. Em geral, são usados entre 10kg e 20kg de húmus sólido em 100L de água. O sistema de produção usual é o manual, mas também pode ser feito com auxílio de aeradores. Nessa forma de produção o húmus líquido fica pronto em 24 horas, enquanto na forma manual são necessários no máximo três dias, com pelo menos uma agitaçao por dia, para que a maior parte dos nutrientes e microorganismos do húmus seja transferida à água.

O húmus líquido pode ser aplicado com regadores manuais ou através do sistema de irrigação, mas é preciso evitar molhar as folhas de hortaliças ou frutos que são consumidos in natura. "É mais fácil aplicar o húmus líquido que o sólido", fala o pesquisador Gustavo Schiedeck, uma vez que o fertilizante líquido não precisa ser incorporado ao solo como acontece na forma sólida e pode ser aplicado em qualquer lugar da propriedade, que esteja ligado ao sistema de irrigação. "Dependendo de como está organizado o sistema de irrigação do agricultor, ele pode fertilizar uma horta a 500 m, ou mais de distância do ponto, onde ele produziu o húmus líquido", esclareceu. A etapa mais crítica do processo é a filtragem, necessária para evitar o entupimento das mangueiras e aspersores. Quando bem executada, a filtragem também evita a disseminação de sementes invasoras na área.

Segundo o pesquisador é preciso "saber esperar para se ter bons resultados". Diferentemente de um adubo mineral solúvel, o húmus líquido é um fertilizante vivo, que age a longo prazo, melhorando as características químicas, físicas e biológicas do solo.

Quanto aos custos de produção, conforme Gustavo, é praticamente zero. "Uma vez que o húmus pode ser feito com os resíduos que estão disponíveis na propriedade", destaca. O pesquisador diz que deve-se evitar comparações do húmus de minhoca com uma ureia, por exemplo. "São produtos diferentes. O húmus é um fertilizante vivo que, com o passar do tempo vai qualificar o solo, torná-lo mais vivo, menos suscetível às doenças, ao passo que o adubo mineral fará a planta produzir de uma forma mais rápida, porém exaure o solo e fragiliza as defesas das plantas", explica.

Para ele, alguns dados demonstram que poucos agricultores fazem uso do húmus de minhoca na forma líquida. "Isso é o que nós queremos divulgar e avaliar em duas teses de doutorado, que estão em andamento", adianta.

Esse sistema de adubação orgânica, através do uso do húmus líquido, pode ser conhecido pelos produtores, assim como dicas de como utilizá-lo, quais materiais necessários e quantidades de componentes para sua elaboração, durante a Expointer 2013. A exposição dessa tecnologia, acompanhado por técnicos para instruir o público visitante, vai estar disponível no espaço Caminhos da Integração, da Emater/RS-Ascar, localizado na Quadra 37 do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio/RS, de 24 de agosto a 1º de setembro.

Fonte: http://www.midianews.com.br/conteudo.php?sid=4&cid=170550

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