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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Pesquisa aponta aumento de danos no DNA de viticultores


Segundo a pesquisadora Maria da Graça Martino-Roth

A saúde dos indivíduos é influenciada por fatores hereditários, nutrionais e ambientais. Populações de centros industrializados são expostas intensivamente a substâncias químicas, que podem causar mutações, câncer e defeitos congênitos. No ambiente de trabalho, frequentemente são encontrados agentes químicos, físicos e biológicos capazes de causar problemas para os trabalhadores. Os agentes ocupacionais podem induzir vários tipos de câncer, tais como os do trato urinário, da pele, da laringe, do pâncreas e leucemias. A exposição a agentes químicos e físicos pode causar alterações no DNA e nos cromossomos, as quais potencialmente podem levar ao desenvolvimento, a longo prazo, de sérias consequências para a saúde. O câncer, as anomalias congênitas e as doenças genéticas encontram-se entre as mais dramáticas. A exposição a radiação e a químicos contribui significativamente para os problemas de saúde da população global. O risco para uma população específica , a eles exposta, pode ser grande. Desde que a exposição a agentes perigosos possa ser identificada, a diminuição da presença desses agentes no ambiente de trabalho ou a proteção contra os mesmos, pode minimizar as consequências para a saúde. Uma maneira de estudar os efeitos, em uma população exposta, é conduzir estudos de monitoramento, utilizando parâmetros biológicos pertinentes com manifestação a curto prazo, tais como, ensaios citogenéticos, que podem identificar danos no DNA ou nos cromossomos, resultantes da exposição. A informação obtida pode ser usada como um aviso precoce do risco potencial do desenvolvimento, a longo prazo, de problemas de saúde.




O trabalho da geneticista   Juliana da Silva, professora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), parece que veio corroborar a afirmação acima, como podemos ver na reportagem abaixo:

Genotoxicidade ocupacional

O aumento dos danos no DNA dos produtores de uva expostos a agrotóxicos é o principal dado de uma pesquisa apresentada recentemente pela EMBRAPA Uva e Vinho, de Bento Gonçalves.

Um aumento de danos no DNA dos produtores de uva expostos a agrotóxicos, em relação aos que não o estiveram. Do mesmo modo, os que não utilizaram equipamentos de proteção individual (EPIs) de forma correta - e completa -, na aplicação de tratamentos, apresentaram maior número de agressões ao seu organismo do que os que os usaram devidamente.

São estas algumas das conclusões de estudo que acompanhou, nos anos de 2001 e 2002, 108 viticultores de várias localidades de Caxias do Sul. O trabalho foi o tema da palestra Avaliação da genotoxicidade em trabalhadores da vitivinicultura expostos a agrotóxicos, ministrada pela geneticista Juliana da Silva, professora da Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), na tarde de ontem, 22, na Embrapa Uva e Vinho, em Bento Gonçalves. Mais de 70 pessoas, prioritariamente estudantes e técnicos, participaram da atividade.

O organizador da palestra, pesquisador da Embrapa Samar Velho da Silveira, observa que o objetivo da promoção foi conscientizar os produtores de uva sobre os riscos representados à sua saúde como resultado da exposição excessiva a agrotóxicos, o que ficou claro. A ação aconteceu no âmbito do projeto de Produção integrada de uva para processamento da Embrapa Uva e Vinho, o qual tem a redução do uso de agroquímicos entre suas metas, aponta Velho da Silveira, coordenador da ação. Ele assinala, em relação a tais insumos, que o problema não é sua utilização, mas o uso excessivo. "Às vezes, por medo de perder a produção, o viticultor faz mais aplicações do que o necessário, tipo de atitude que queremos mudar", diz


A mutação do DNA humano pode progredir para doenças mais sérias, como o câncer.


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