Um governo sério deveria no mínimo pedir estudo independente e não simplesmente aceitar o estudo da empresa que desenvolveu determinada tecnologia - e nesse sentido o governo alemão esta de parabéns.
E no Brasil?
Sobre a liberação dos transgênicos
no Brasil o jornalista Washington de Novaes colocou que o
Ministério do Meio Ambiente chegou a anunciar que iria votar pela exigência do
estudo de impacto ambiental antes do plantio da soja transgênica.
Mas
quando foi a votação na comissão o Ministério do Meio Ambiente foi a favor da
liberação da soja transgênica e ao ir atrás da informação foi informado que a
decisão veio da Presidência da República da época - que pediu ao
Ministério que não fizesse essa exigência.
O
cientista representante do Ministério do Meio Ambiente se recusou a votar a
favor e foi substituído e
o jornalista foi conversar com o suplente que diz que havia recebido
a determinação de votar a favor mas que não queria discutir questões políticas.
Segundo a informação no Ministério
do Meio Ambiente foi que a Presidência da República tomou esta decisão porque a
empresa que produz o glifosato no Brasil ameaçava a
cancelar investimento de 600 milhões de dólares se não
fosse autorizado o plantio.
Fonte:http://muralvirtual-educaoambiental.blogspot.com.br/2011/12/programa-roda-viva-debate-sobre-os.htmlVeja a reportagem:
“É surpreendente que as autoridades europeias, após implementarem a legislação de biossegurança, que é baseada no Princípio da Precaução e que demanda pesquisas de avaliação de risco ecológico cientificamente robustas e acompanhamento por duas décadas, ainda se fiem em protocolos sistematicamente falhos e em dados produzidos e promovidos pela indústria de biotecnologia e seus cientistas colaboradores”, declarou o Prof. Brian Wynne, do Centro de Estudos dos Aspectos Econômicos e Sociais da Genômica (Cesagen), da Universidade de Lancaster, no Reino Unido.
Pesquisadores do
Instituto Federal de Tecnologia da Suíça (ETH), em Zurique, confirmaram a
descoberta anterior de que a toxina Bt Cry1Ab produzida por plantas de milho
transgênico aumenta a mortalidade de larvas jovens de joaninha de duas pintas (Adalia bipunctata L.) em testes de laboratório. Esses
insetos são típicos “organismos não alvo” que supostamente não seriam afetados
pelo milho transgênico. Além disso, são insetos benéficos, que promovem o
controle biológico de outras pragas.
Em 2009 a equipe de pesquisadores
liderados pela Dra. Angelika Hilbeck publicou o estudo original,
que foi incluído, juntamente com muitas outras pesquisas, entre as provas
utilizadas pelo governo alemão para justificar o banimento do plantio comercial
de milho transgênico que expressa a toxina testada.
Não demorou
para que a pesquisa começasse a ser atacada pelos defensores dos transgênicos,
que em fevereiro de 2010 publicaram um conjunto de artigos na revista “Transgenic
Research” acusando o estudo de ser baseado em
“pseudo-ciência” e apresentando pesquisas próprias com o objetivo de desmentir
o trabalho de Hilbeck.
Agora, em 15
de fevereiro de 2012, a
equipe da Dra. Hilbeck publicou os resultados de testes complementares
que confirmam as descobertas publicadas em 2009.
Os
pesquisadores suíços também investigaram porque as pesquisas que buscavam
desmentir as descobertas não puderam repetir os primeiros resultados, e
chegaram a uma simples conclusão: “Mostramos que os protocolos aplicados por Alvarez-Alfageme et al. 2011 eram significativamente diferentes
daqueles usados em nossos primeiros estudos, e muito menos propensos a detectar
efeitos adversos de toxinas do que o estudo de 2009, assim como dos nossos
experimentos complementares”, explicou Hilbeck. “Quando testamos os protocolos
de Alvarez-Alfageme et al. 2011 com organismos alvo susceptíveis ao
Bt, no caso a lagarta do cartucho, eles também não foram afetados pela toxina
Bt – isso claramente desqualifica o método para avaliar efeitos negativos do Bt
em organismos não alvo”.
Os autores da
nova pesquisa destacaram ainda que as pesquisas que apresentam resultados que
aparentemente sustentam os argumentos da ausência de riscos dos transgênicos
recebem muito pouco escrutínio, aceitando-se, comumente, ciência de baixa
qualidade. Por exemplo, crítica comparável à que atacou a pesquisa da Dra.
Hilbeck não foi difundida em casos em que o organismo selecionado para testes
foram larvas de Chrysopidae, que sem dúvida não eram capazes de
ingerir a toxina Bt oferecida – portanto, fornecendo resultados do tipo “falso
negativo”.
Embora o
Departamento de Proteção Ambiental do governo dos EUA (EPA, na sigla em inglês)
tenha reconhecido há alguns anos a inadequação da Chrysopidae para experimentos de avaliação de
riscos de lavouras transgênicas, estudos com o inseto ainda constituem a base
para a aprovação de lavouras transgênica Bt e são considerados “ciência
rigorosa” por autoridades europeias.
“É
surpreendente que as autoridades europeias, após implementarem a legislação de
biossegurança, que é baseada no Princípio da Precaução e que demanda pesquisas
de avaliação de risco ecológico cientificamente robustas e acompanhamento por
duas décadas, ainda se fiem em protocolos sistematicamente falhos e em dados
produzidos e promovidos pela indústria de biotecnologia e seus cientistas
colaboradores”, declarou o Prof. Brian Wynne, do Centro de Estudos dos Aspectos
Econômicos e Sociais da Genômica (Cesagen), da Universidade de Lancaster, no Reino
Unido.
“A inútil
controvérsia a respeito dos experimentos com a joaninha chama atenção para a
necessidade do estabelecimento de protocolos e de pesquisas de avaliação de
riscos ambientais relevantes. Instamos as autoridades europeias a superar sua
confiança na expertise de
apenas um setor – dominado pela indústria – ao estabelecer padrões para a
aprovação de organismos transgênicos.
Além disso, é necessária uma revisão das
autorizações comerciais vigentes para o cultivo de plantas transgênicas.”, concluiu
o Dr. Hartmut Meyer, coordenador da Rede Europeia de Cientistas para a
Responsabilidade Social e Ambiental (ENSSER).
Extraído de:
Swiss researchers confirm
lethal effects of genetically modified Bt toxin on young ladybird larvae –
Counter-research based on flawed methodology. ENSSER, 27.02.2012. (Via Genet)
Para saber mais:
É e tem gente esperando o apocalipse!!!!!
ResponderExcluirTODO este assunto de agrotóxicos AGORA é que vai começar a aparecer! mais de uma década, as deformações começam a aparecer!
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